Capítulo 30 - A Grande Falha
Laís para de rir e vira-se com uma cara cínica para o pai.
Laís- E será mesmo que eu vou tirar meu pai da cadeia, só porque ele é um velho nojento e que bate na mulher? Depois da minha filha ter o denunciado? Nunca irei bater contra ela! Que absurdo, pai, batendo na mamãe!
E ela se levanta, rindo, logo depois fazendo cara de indignação. Romero parece possesso.
Romero- Você tá zoando com a minha cara? Tá estranhando, Laís? É comigo, seu pai, que você está falando!
Laís- Eu sei, não sou imbecil.
Romero- Então ME TIRE JÁ DAQUI!
Laís (com simplicidade)- Não. - ela sorri. - Você já não manda em nada, muito menos em mim. É só um velho cachaceiro e decrépito que só faz comer dinheiro da prefeitura...
Romero - Grande dinheiro que você me dá!
Laís (interrompendo)- Dinheiro que mantém a casa de vocês de pé!
Romero- Eu ganho mais com minhas pescarias!
Laís (batendo palmas)- Ótimo, menos um gasto pra mim! Então... - ela apanha a bolsa e os óculos. - eu vou indo.
Romero (se erguendo)- Espera, Laís... ESPERA!
Mas nessa hora o guarda fecha a porta da sala na cara dele.
(intervalo)
Ao sair da delegacia, Laís cruza com Leonor e Jardel, que estão à espreita e vieram seguindo a primeira-dama desde a casa dela.
Laís- Ótimo, estão aqui. Precisamos conversar.
Leonor- Foi seu papai, queridinha?
Laís (ignorando-a)- Entrem no carro, vamos dar uma volta. Precisamos refazer os planos.
Um tempo depois, Jardel e Leonor estão rindo com Laís.
Jardel- Mas... vossa senhoria não acha que terá retaliação?
Laís (pensativa)- Pode ser... mas agora, não posso sujar minha imagem, e ficar contra minha filha. E você... - ela aponta para Leonor. - Loira, já pensou em algo para o seu filho.
Leonor (abanando-se com um leque)- Coooom certeza, meu amor... mas, preciso de sua autorização pra isso...
Laís- Que autorização?
Leonor- Jardel e eu já conseguimos tudo com uns capangas dele... - ela lança um olhar lascivo para o advogado. - e só precisamos do seu aval.
Laís- Digam logo, do que se trata,
Leonor- Pensei em sequestrar a sua filha.
Laís arregala os olhos. Depois dá um rugido de tenta avançar sobre Leonor, que guincha de surpresa. Jardel intervém e acalma os ânimos da primeira-dama, que recua, hesitante. Após uns minutos, eles passam na frente da mansão Viscaia, e é o suficiente para Laís virar-se cheia de ódio para Leonor.
Laís- Façam o quê quiser. Minha irmã é uma praga e merece pagar por existir.
Leonor e Jardel se olham, surpresos, mas satisfeitos.
(intervalo)