Capítulo 16 - O Casamento
Leonor não parecia nada animada, no dia seguinte, quando ela e Angelo saíram com Renata para o shopping. A morena, por sua vez, não conseguiu disfarçar seu ânimo diante do centro de compras. Parava à cada vitrine, com um sorriso tímido, e pedia opinião aos outros dois (Leonor virava o rosto).
Renata- Nossa... é caro esse. Não, vamos pra outra.
Angelo- O pai disse que você podia gastar o quê quiser, Renata.
Leonor (se intrometendo)- Deixa, filinho... se ela quer gastar o dinheiro do seu pai todo, deixa ela gastar, não é a mulher dele?
Renata- Eu não poderia fazer isso, nem se fosse você.
As duas se olham, azedas. Renata anda para outra loja e vê um terninho na cor vinho, muito bonito. Estende os braços fazendo pose, e resolve entrar na loja, animada. Angelo acompanha-a, e Leonor, de má vontade, abana-se com seu leque e vai entrando junto.
Pouco depois, Renata já está vestindo outro conjunto. A vendedora está animada e não para de conversar com a morena.
Renata (para os outros dois)- Ficou bom?
Angelo- Ficou... sim. Você é bem bonita, Renata.
Ele fica ligeiramente vermelho e se vira. Renata vira para Leonor e sorri, provocativa.
Renata- Tô bem, amiga?
Leonor (com o mais profundo desprezo)- Uma desgraça.
Renata (após uma risadinha)- Adorei! Vou levar.
Após algum tempo...
Vendedora- Você é tão bonita... porque não dá um trato no seu cabelo? Ia ficar ótimo.
Renata- Ah é? - ela se olha no espelho. - Não tinha pensado nisso. Bem... obrigada! Vamos, loirinha... (ela empurra Leonor na sua frente)- Me indique um salão de beleza.
(intervalo)
Enquanto vários profissionais fazem o cabelo e unhas de Renata, no salão, Leonor conversa com a gerente sua amiga. Parece furiosa.
Gerente (entregando um copo d'água)- Toma, se acalma. Então, loira, conta tudo.
Leonor (com raiva)- Isso é humilhação demais! O Donato não podia ter feito isso comigo!
Gerente- Mas, Leonor, você botava chifre atrás de chifre no italiano!
Leonor (se defendendo)- Nunca mandei ele ser um marido ausente...
Gerente (sorrindo)- Ai ai... mas, de onde surgiu essa aí?
Leonor- Sei lá de que buraco ele tirou essa piranha... - ela balança a cabeça. - E a vendedora da loja ainda disse que ela é bonita!
Gerente (olhando)- Bem, queridinha... sinto lhe informar que a moça... é bonita sim.
Leonor- Obrigado por quebrar o meu barato.
Leonor abana-se com seu leque, entediada.
Leonor- O quê eu poderia fazer pra me livrar dessa mulher?
Gerente- Vai atrás do passado dela, bonita! Infernize a vida dela! Toma de volta o quê é teu!
Leonor olha furiosa para Renata.
Leonor- Pode deixar!
(intervalo)
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