Pra você que não tem preguiça de ler =)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

(continuação, cap 18)





Zaíra olha espantada para Renata, enquanto a outra fica esperando, ansiosa.

Zaíra- Quer que eu vá com você?

Renata (pesarosa)- É... pra ser sincera... não tem muita gente em que eu confie hoje em dia. Não sei... (ela gesticula, insegura), quero dizer... ficamos algum tempo juntas, nos correspondemos... e eu estou aqui. E quero que você vá comigo sim.

Zaíra parece hesitante.

Renata- Você parece que não quer... o quê está achando de mim? Tá achando que estou esnobando?

Zaíra (contrariada)- Não, nunca, amiga! Que é isso! Não, não pense assim. Mas é que... eu fico pensativa.

Renata- Sobre o quê?

Zaíra (após um segundo)- Você... não quer dar uma de doida e sair se vingando de quem te fez mal, não é?

Renata (após suspirar; se levantando)- Ai, ai... Zaíra. A única pessoa que me fez mal... eu matei, com um tiro, já tem dezoito anos. E... meu pai... - Zaíra a olha de cima à baixo. - Bem, nada vou fazer contra ele. Apenas, vou tentar contato com minha mãe... mesmo ela tendo me abandonado como todas as outras pessoas.

Zaíra tem lágrimas nos olhos, mas Renata sacode a cabeça.

Renata- Deixa de choro. Nada disso. Vamos, se levanta, vou te ajudar a fazer uma mala.

Zaíra- Já? E a minha casinha?

Renata- Você não disse que mora com sua irmã? Então... eu vou esnobar um pouco agora, e você vai ter uma casinha que eu vou te dar. Aceita, por favor.

Zaíra dá uma gargalhada e vai andando.

Zaíra- De você, amiga, pode deixar que eu aceito!

(intervalo)

Na casa  do prefeito...


Laís está no telefone, enquanto Paulo lê o jornal, com um olhar tenso.

Laís (no telefone)- ... e diga ao assessor que ele que arranje um jeito de me botar na capa do jornal... sei lá! Ele que dê seus pulos! A Suzana Borges é uma vagabunda mesmo, eu darei um jeito nela... (Paulo a observa)... muito bem, querida, boa noite!

Ela desliga e se ergue, parecendo muitíssimo irritada.

Paulo- Que jeito você vai dar na Suzana Borges, querida?

Laís- Tenho meus meios, amor. Deixe comigo, ela dará a você e a mim o devido destaque com as obras de carida...

Paulo- Nossa, amor, será que nós só conversamos acerca da Prefeitura?

Laís- Claro que não, amor... nós, nós nos falamos bem! Falamos de tudo! Da nossa filha...

Paulo- Não, Laís... e muito menos a Telma fala com a gente. Quando quiser conversar decentemente, me procura, Ok?

Laís tenta argumentar, mas o marido ergue uma mão para silenciá-la. Paulo sobe a escada, ao mesmo tempo que Telma entra pela porta da frente, parecendo revoltada.

Laís (pomposa)- Filha querida, venha cá! - ela agarra a filha e abraça. - Como meu anjinho vai?

Telma- Revoltada, mãe! Tô com uma suspeita terrível! E quero ver se você me ajuda nisso!

Laís- O quê foi agora, amorzinho?

Telma- Acabei de voltar da casa da vovó, mãe. Ela me parece abaladíssima, ainda mais perto do vô. Ele parece furioso. Quero que me responda uma coisa.

Laís- Diga lá.

Telma- Você acha que o vovó seria capaz de bater na vó?

(intervalo)

Laís tenta contornar a situação.

Laís- Queridinha... seu avô pode ser incrivelmente rude, aquele velho... (ela mantém um olhar cheio de desdém), mas ele não é disso. Ora essa, você achar que seu avó bate na mulher? Isso dá cadeia, queridinha! E você acha que eu não o denunciaria se fosse verdade?

Telma fica em silêncio. Laís parece triunfante.

Laís- Agora... deixe de aborrecimentos. Vá logo tomar seu banho, você ficou o dia inteiro naquele posto médico...

Telma (subindo, irônica)- É, alguém tem que ficar lá, não é?

Laís, porém, não encontra tempo para retrucar, mas se limita a fazer cara feia. Ela corre para a sala de estar, procurando a chave do carro.

Laís- O quê aquele velho brucutu tá fazendo?

Acha a chave e vai para a porta.

Pouco depois, houve-se batidas na porta da casa de Olívia. A dona de casa vai, vacilante, à porta. Abre e dá de cara com a filha.

Olívia- Você... o quê você quer?

Laís (direta)- A Telma acha que você anda apanhando mas, é claro, que eu desmenti. 

Olívia fecha os olhos, no desespero.

Laís- Agora... se ele voltou a bater em você, mamãe... quero saber o porquê. Anda, me diz o motivo, e eu digo se ele tá com razão ou não?

(fim do capítulo 18)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Homem ao Chão

Capítulo 18 - Acertando as Coisas





Natália e Olívia ficaram conversando até tardinha, quando a mais jovem levantou-se de um pulo, sobressaltando dona Olívia.

Natália- Meu Deus, tá tarde! Os meninos estão saindo agora da escola!

Olívia- Mas não disse mais cedo que eles já estão bem grandinhos?

Natália- Não é isso, dona Olívia... - ela apanha a bolsa pra sair. - É porque hoje tem reunião de pais e mestres e a diretora me conhece, acha que sou desastrada e sem juízo. - ela amarrou a cara e Olívia sorriu. - Enfim... vou indo.

Olívia- Eu acompanho você até a porta. - e se levanta.

Natália- Eu apareço aqui essa semana, talvez na quarta. - ela olha a senhora, sorridente. - A senhora é a mãe que eu não tive, dona Olívia!

Olívia- Ô, menina, que é isso! - diz ela com lágrimas nos olhos. - Também gosto muito de você!

Natália- Já vou. Depois trago os meninos pra conhecer a "avó" deles!

Mas ela abre a porta e dá de cara com Romero.

Romero (secamente)- Tá esperando o quê?

Um clima tenso paira no ar na fração de segundo que Natália olha de relance para Olívia e sai. A dona de casa fica parada, tensa, enquanto Romero bate a porta com um estrondo, assustando a esposa.

Romero- Que é que essa desocupada está fazendo aqui?

(intervalo)

Já era noite quando, no meio de uma chuva, num bairro pobre e afastado, um carro prateado e reluzente apareceu na porta da casa de Zaíra. A ex-presidiária olhou assustada, da pequena janelinha da porta, uma bonita mulher descer do carro e puxar um guarda-chuva.

Admirada com uma visão incomum naquele lugar, Zaíra tirou os olhos da televisão e correu para a porta, abrindo-a devagar, mas sorrindo em seguinte ao verificar quem era a morena.

Zaíra- Menina! Você está deslumbrante! O quê aconteceu com sua vida??!

Renata (ofegante)- Cara... deixa de perguntas complicadas! É uma história muito longa...

Zaíra- Entra, menina, entra! Saia dessa chuva!

Meia hora depois, as explicações dadas e várias risadas seguidas, Zaíra voltava à sala com duas xícaras de café.

Zaíra- E a mala tá morando na sua casa?

Renata- Ainda está, mas só até amanhã. Nem que eu tenha que pagar uma diária de hotel pra ela.

Zaíra- E ela não herdou um dinheiro?

Renata- Deixa... eu quero parecer piedosa.

Zaíra (olhando com censura)- Ah, desculpa, querida... mas isso seria ser esnobe!

Renata (travessa)- É... eu sei!

As duas desatam a rir, espantando o cachorro de Zaíra. Ela faz uns gestos pro canino e ele silencia.

Zaíra- Então... você tá rica! O quê você vai fazer agora?

Renata (séria)- É por causa disso que eu vim aqui conversar.

Zaíra se espanta com o tom e olha a amiga com atenção.

(intervalo) 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

(Em Breve) 8 ou 80 - Vol. 2 - Sinopse

Rapidamente o tempo passa!





Em 80 E 80, vol. 2, passou-se um ano desde o casamento de Márcia e Otávio, e a filha dela, Laila, acabara de se formar, bem como seu atual noivo, Tiago. Mas o noivado não vai nada bem,  por influência principal de dona Letícia, uma típica mãe superprotetora que nunca engoliu os "chacras" de Laila. Junto de uma antiga namorada de Tiago, Daniele, essa quarentona vai tentar fazer o namoro dos dois um inferno.

Quem também está cheia de novidades é Alice. Após retomar a herança de seus pais, a jovem modelo fecha contrato atrás de contrato e agora quer abrir uma loja em parceria com sua fiel escudeira e antiga empregada, Cleide. Ela praticamente obriga seu namorado, o pescador Davi, para ser o garoto-propaganda da nova marca, mas não contava com o assédio que o aspirante à modelo iria sofrer das novíssimas fãs.

O "amigo velho" de Alice, Ricardo, após assumir a cozinha do mais requintado restaurante da cidade, está novamente com o ego inflado e não percebe as investidas de Yago, outro aluno seu do curso em seu "namorido", o estudante Alexandre. Mas o quê o chef não esperava é que os pais do garoto finalmente se dão bem com ele, e agora querem conhecer o amado do filho. Poderá ele lidar com isso.

Ao contrário do filho, Wallace está com a consciência tranquila após a reconciliação com Fiona. Os dois passam a acompanhar mais a vida dos filhos, que inclui também Renata, a filha fotógrafa dos dois e irmã de Ricardo. A moça está de volta, com vontade de chacoalhar a sua vida, após um tempo sozinha e sem ninguém.

Outra que está de volta à cidade é Melina. Após um tempo estudando na Áustria, ela volta para casa e conhece Renata. As duas logo viram amigas e resolvem montar uma galeria de arte. Mas elas tem apenas uma desfeita: resolvem ficar afim do mesmo homem, Henrique, o jovem e tímido funcionário da galeria.

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