Pra você que não tem preguiça de ler =)

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Música

Fala pessoal, tudo em paz?


Vou tenta retornar ao ritmo habitual de postagens, tenho boas histórias para concluir e outras melhores para contar.

Agora, fiquem com um clipe excelente de uma música fabulosa para animar sua segunda-feira! Vem aí a excepcional Janelle Monáe, com Erykah Badu, cantando seu single "Q.U.E.E.N.". Boa semana, até mais!







Em breve, capítulo de "Histórias da Mansão".
(continuação, cap 31)





Tarcísio (espantado)- Sua filha que teria morrido?

Renata (estranhando)- Como voc...

Natália (culpando-se)- Eu contei toda sua história pra ele amiga, foi mal...

E olhando de um para o outro, Natália sai sorrateiramente e vai para trás de um arbusto.

Renata (após suspirar)- Enfim... - ela encara o ex. - Eu não sei o que fazer, simplesmente.

Tarcísio (sorrindo)- Você, que sempre foi decidida...

Renata (sorrindo levemente)- Você sempre soube me colocar pra cima...

Os olhares se cruzam e eles sorriem entre si.

Renata- O quê eu faço agora?

Tarcísio- Bem... o que posso dizer é que você deve se acalmar, e ir pra casa.

Renata assente, respirando fundo.

Tarcísio (continuando)- Durma e... bem, amanhã pense no que fazer.

Natália (abruptamente)- Isso amigona! Vamos, eu deixo você lá... você vem, Tatá?

Tarcísio olha de Natália para Renata mas balança a cabeça.

Tarcísio- Melhor não... vão vocês... apenas pense no que lhe falei.

Renata acena para ele, mas parece ligeiramente decepcionada quando vira o rosto.


(intervalo)


No dia seguinte...

Renata está sentada com Zaíra, e a nova governanta fica abismada com tudo que a morena lhe conta.

Renata (falando)- ... e, resumindo é isso.

Zaíra- Menina! Que mulherzinha vagabunda! Como ela pode ter feito isso contigo?!

Renata- Ela nunca gostou de mim, Zaíra. Eu só não imaginava que ela fosse uma psicopata.

Zaíra- Menina, cuidado, o quê você tá pensando  fazer?

Renata- Ainda não sei direito, mas eu vou procurá-la agora. - e se ergue. - Tentarei me conter, mas eu preciso ouvir isso da boca dela.

Zaíra- Eu tô com vontade de encher a cara dela de porrada! - e dá uma risadinha. - Mas faça isso por mim!

Renata (virando-se, ao sair) - Quem sabe...

Longe dali, Jardel e Leonor encontram com Laís no carro da primeira-dama, perto da prefeitura.

Laís (ligeiramente apreensiva)- E então, tudo certo?

Leonor (radiante)- Tuuudo certo, queridinha. A Telminha fofa vai cair como um patinho na armadilha!

Jardel- Pronto, amanhã a gente pode agir.

Laís (após respirar fundo)- Certo, agora garantam q ela esteja bem guardada. Eu preciso ir pra prefeitura, o Paulo quer me ver. Nos vemos depois.


(intervalo)


Dirigindo o próprio carro, Renata sai da Mansão dos Viscaia em direção à casa de Laís e Paulo, mas vê o carro da primeira-dama passar e resolve segui-la. Pouco depois, o chofer abre a porta para Laís em frente à prefeitura e a primeira-dama manda ele sair e pegá-la mais tarde. Enquanto Laís se demora procurando algo na calçada, Renata para e desliga o motor, saindo do carro num pulo.

Renata (furiosa)- Laís!

Laís (assutada, mas com desdém)- Você...? O quê quer comigo?

Renata (caminhando e falando)- Você é a criatura mais baixa que eu já conheci na minha vida!

E ao chegar perto da irmã, vira um tapa no rosto dela. Laís larga a bolsa e os óculos escuros voam longe do seu rosto. Ela se vira, espantada.

Laís (possessa)- Tá fazendo o quê, sua louca!

Renata- Eu sei de tudo sobre a Telma! A Telma é minha filha! Você roubou ela de mim!

Laís (irritada)- Você tá comendo cocô pra falar merda, sua vagabunda? Que mentira é essa? E toma isso!

Ela devolve o tapa, deixando Renata furiosa.

Renata- Não bate em mim, sua vaca! - e torna a bater na irmã, que tenta se defender. - Você roubou minha filha da maternidade! Você roubou! Você destruiu a minha vida! Agora eu vou te dar o troco!

Ela agarra o topo da cabeça de Laís, que grita, e gira o corpo para a direita, jogando a irmã no chão. Laís berra de dor e tenta se defender, mas Renata está descontrolada e chuta a irmã na boca do estômago, deixando-a sem ar.

Laís (num fiapo de voz)- Ar... por favo...!

Renata (montando em cima dela)- Por favor coisa nenhuma! Cala essa boca!

E vira mais um tapa no rosto da irmã. Continua estapeando seu rosto por mais uns momentos. Um pouco distante, Telma vai chegando na Prefeitura e, vendo a briga, corre para lá.

Renata (batendo)- Toma seu monstro, sua vadia! Toma!

Telma (correndo, chegando)- Tia! Tia Renata! Pare, pare, pare com isso!

Renata (gritando, sem ouvir Telma)- Toma, apanha! Você vai pagar por ter me roubado a Telma! Toma!

Telma (chocada)- TIA! O quê é isso?!

Ela consegue puxar Renata de cima de Laís, que só choraminga, ao ver que Telma chegou.

Telma (atônita)- Como assim, a minha mãe me roubou de você?


(fim do capítulo 31)

Homem ao Chão

Capítulo 31 - Cai o Desespero





Renata se ergue, sacudindo a cabeça.

Renata (desesperada)- O senhor tá avariando. Só tá falando bosta!

Romero (tranquilo)- Eu nunca estive tão bem em toda minha vida.

Renata- Ela não pode ser minha filha! A minha filha era Vitória! A minha filha morreu!

E ela cai aos prantos, agarrando o encosto da cadeira. Romero cruza os braços, vitorioso.

Romero- Mas a Telma é sua filha. Cabou-se. Coloque logo isso na sua cabeça.

Renata (furiosa)- Como ela pode ser minha filha se ela é filha da Laís?

Romero- Não acha estranho a Telma ter a mesma idade que a sua filha? Não acha estranho a Laís ter engravidado na mesma época que você?

Renata- Sim, mas...

Romero (impaciente)- "Mas" nada, imbecil, a Laís te passou a perna! Ela roubou a sua filha da maternidade quando nasceu e pagou para dizerem que ela tinha morrido!

Renata fica sem ar. Encara o pai, arfante, estranhando o jeito tranquilo e cínico disso.

Renata- Você fez parte disso tudo.

Romero (cínico)- Claro que sim. Você acha que sua irmã ia conseguir bolar tudo e levar tudo na surdina sem a nossa ajuda?

Renata (estranhando)- Nossa? Como assim, nossa ajuda?

Romero- Bem, além da sua ajuda natural... - ele ri. - você acha que sua mãe não sabia o tempo todo?

Renata não consegue acreditar. Ela apanha a bolsa e, arrastando-se, sai da saleta, onde Romero dá uma gargalhada.


(intervalo)


Após meia hora de gritos, coisas arremessadas pela janela e mais meia hora catando os pertences espalhados pela rua, Tarcísio e Natália descansam sorridentes na praça central sob o luar.

Tarcísio (sorrindo)- Nossa, não aguentava mais aquela vida.

Natália- E já sabe o quê vai fazer? Você pode ficar lá no sofá de casa, mas seria bom você trabalhar.

Tarcísio- Claro, Nati, eu vou trabalhar, eu posso arrumar alguma coisa na Associação. E muito obrigado por ceder o sofá.

Natália- Que é isso, o Juvêncio é teu amigo também, ele nem ligou.

Tarcísio ri e vira-se para a rua. Estranha ver Renata correndo, desnorteada, no caminho de volta para a Mansão Viscaia.

Tarcísio- Ó... olha, Natália...

Natália- É a minha amigona... AMIGAAAAAAAAAA! Aqui eu!

Natália sobe no banquinho de alvenaria e começa a pular e acenar, animada.

Natália (mais para si do que para Tarcísio)- O pessoal deve achar que eu sou louca, né? - para Renata. - Vem cá amiguinha, vamos debater! Que cara é essa?

Renata, após hesitar um pouco, vai até os dois, estranhando um pouco a presença de Tarcísio.

Renata (limpando as lágrimas)- Oi.

Natália (espantada)- Nossa, quem morreu? Eu aqui toda animada...

Renata- Ninguém morreu, muito pelo contrário...

Tarcísio (timidamente)- E... e porque está chorando?

Renata o olha por longos dez segundos, avaliando se ele merecia sua atenção. Natália aguarda a resposta, ansiosa e com um sorriso de orelha a orelha.

Renata- Descobri que minha filha está viva.

Natália (quase que imediatamente)- UOU! - e ergue os punhos, vitoriosa.


(intervalo)