Pra você que não tem preguiça de ler =)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

(continuação, cap 27)





Telma- Ahn... - ela está tímida, mas segue em frente. - Você é a Renata, não é?

Renata (reparando melhor nela)- Sim... sou eu.

Telma- Eu... vim aqui lhe visitar porque queria muito te conhecer... eu sou sua... sobrinha! Telma!

A garota abre um sorriso radiante e sincero, tímida. Renata se identifica com ela, curiosamente, e sorri levemente. Renata indica o hall e as duas entram.

Renata- Filha da... Laís?

Telma- Sou... sim. - ela sorri amarelo. - Parece que minha mãe não gosta muito de você.

Renata (irônica)- Ah, é mesmo? E ela disse algo?

Telma (tímida)- Diz basicamente... que a senhora não presta.

Renata para e olha condescendente para a sobrinha.

Renata- E você, o que é que acha?

Telma (após hesitar)- Eu precisava... conhecê-la de verdade.

Renata fica emocionada e, com os olhos marejados, sorri e aperta a mão da sobrinha.

Renata- Que bom que você é sensata, querida. Obrigada pela consideração.

Telma- De nada... tia!

As duas sorriem e vão ao encontro de Zaíra, que está na varanda, servindo um lanche. A negra olha para a jovem e se espanta.

Zaíra- Menina, é sua parente?!

Renata- Zaíra, é minha sobrinha, filha da... Laís...

Zaíra- É? Mas parece contigo...

Renata e Telma se olham e sorrindo, se sentam à mesa.


(intervalo)


Após uma longa conversa e algumas risadas, Telma resolve ir com Renata no terreno da Associação, e lá encontram o arquiteto, Tiago. Ele sorri ao ver a milionária, que retribui o gesto.

Tiago- Opa, boa tarde... veio bem acompanhada hoje. Quem é, sua filha?

Telma (rindo)- Porque todos acham isso?

Renata (rindo)- Não... é minha sobrinha! Telma, esse é o arquiteto, Tiago... ele quem projetou o meu hotel... como estamos, querido?

Tiago- Muito bem! Acabamos de construir o abrigo provisório... podemos começar a construir quando a senhora quiser! Precisamos apenas do tempo para o transporte de maquinário e materiais, mas é o mínimo. A senhora tem tudo a seu favor.

Renata / Telma (juntas) - Nem tudo...

Elas se olham e sorriem.

Telma- Tem a minha mãe... a primeira-dama, e meu avô, líder dos pescadores. Eles ainda tentam impedir o hotel da minha tia...

Renata- Não será problema, querida...

Tiago- Pode ter tanta certeza, sra. Vasconcelos? Seria prejuízo comprar material e afins para a obra ficar parada.

Renata- Claro que sim, Tiago, mas... - ela olha para Telma e a abraça. - Eu ganhei uma boa aliada na luta.

Telma sorri para a tia, sem graça. Se solta e após um adeusinho, vai saindo do canteiro, onde Renata e Tiago continuam discutindo alguns detalhes. Ao dobrar após os tapumes, quase tromba com Leonor, que parecia estar vigiando, escondida, embora seu enorme leque vermelho denunciasse sua posição.


(intervalo)


Leonor- Ai! Cuidado onde anda, garota! Ei... é você!

Telma- Ah... boa tarde, dona Leonor, como vai?

Leonor- Lembra de mim, não é? Vou bem, queridinha... no possível... e sua família, seus pais...?

Telma (cansada)- Muito bem. Enfim... tem algo mais a dizer?

Leonor (apressada)- Sim, sim, espere... - ela faz Telma parar - Porque não sai um dia desses com o Angelo, ele vive falando de você... e está tão cansadinho do trabalho, coitado... ele trabalha demais, e quer muito fazer amiz...

No momento, o carro de Laís para próximo da construção, e a primeira-dama salta dele impassível, Leonor esconde-se atrás do seu leque e Telma revira os olhos.

Laís (para a filha; seca)- Entre no carro, por favor, discutimos depois. Seu pai tem assuntos para lhe tratar. Não discuta.

Telma, indiferente, acena para Leonor e vai para o carro.

Laís (para Leonor)- Boa tarde. - E vai, mas vira-se quando a reconhece. - Espera aí... já vi uma foto sua numa coluna social...

Ela dá dois tapinhas no para brisa do veículo e o chofer sai. Laís sorri e faz um gesto para Leonor caminhar com ela. As duas seguem para um canto da rua onde pode-se ver Renata e Tiago juntos discutindo perto de uns desenhos numa barraca.

Laís- Você... é a ex-mulher de Donato Scholatzo, não é mesmo? Vi sua foto no enterro dele, quando fui procurar o paradeiro da vagabundinha ali...

Leonor (olhando-a, interessada)- Olha, mais uma que a odeia. Que lindo!

Laís- Exato. Bom saber que está aqui. Precisamos nos aliar.

Leonor- Eu acho ótimo, queridinha. - e abana-se com o leque. - Quero o que tenho de direito de volta, a herança daquele corno! E ela vai me pagar!

Laís- E eu apenas quero que ela se exploda, querida. Não se preocupe, teremos nossos objetivos concluídos!

E, sorrindo, apertam as mãos.


(fim do capítulo 27)

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