Pra você que não tem preguiça de ler =)

domingo, 10 de novembro de 2013

Homem ao Chão

Capítulo 32 - A verdade torta





Telma caminhou até bem perto de onde estavam Renata e Laís. A mais nova a encarava de pé, ofegante e nervosa. A primeira dama arfava, choramingando, no chão.

Telma- Como assim, a minha mãe me roubou de você, tia? Que brincadeira de mal gosto é essa? Porque você tá batendo nela?

Laís (furiosa)- Ela é maluca, filha! Ela é doida de pedra, ela tá me batendo por diversão!

Renata- Nada disso!

Laís (cortando)- Ela inventou tudo isso, ela quer tirar você de perto de mim, minha filha!

Renata- Não, Telma, é mentira! Eu tô batendo porque sua mãezinha merece!

E ela dá mais um chute em Laís, que geme. Telma passa por Renata, esbarrando nela, que se choca, e se ajoelha ao lado de Laís, para ajudá-la. A primeira dama discretamente sorri para Renata, que se desarma e chora. Muitos ao redor começam a olhar a cena.

Laís (chorando)- Ob-obrigado, filha. Me ajude...

Telma- Sim, mãe... levante. - e ela olha para Renata. - Você vai me explicar isso muito bem, tia! Eu estava até gostando de você! Mas já tô arrependida.

Renata (calmamente)- Eu vou explicar tudo isso.

Laís (rapidamente)- Não, sua louca! Saia daqui, saia!

Renata- Eu sou sua mãe, Telma.

A menina gela, e arregala os olhos. Laís contrai as feições de ódio e medo.


(intervalo)


Telma parece sem ar, mas olha da mãe para Renata tentando absorver a bomba.

Laís (possessa)- Saia daqui, sua cobra! Pare de falar bobagem! Pare de blasfemar! Pare de mentir!

Renata apenas sorri de Laís para Telma, que parece mortificada, mas leva a mãe para dentro da prefeitura. Renata olha em volta, onde os presentes mostram-se desaprovadores, mas ela põe os óculos escuros e vai até seu carro, saindo em disparada.

Dentro da prefeitura, Laís é amparada até o gabinete de Paulo, que está estarrecido, e junta-se à Telma, ao lado da mulher.

Paulo- Que confusão toda foi essa? - e ele puxa um lenço de papel da mesa e limpa o sangue de um ferimento da bochecha da esposa. - Que a doida da sua irmã fez?

Telma (antes que Laís possa responder)- Ela falou que é a minha mãe.

Laís arregala os olhos e encara a filha, que mantém a cara dura e contém lágrimas nos olhos. Paulo se assusta e encara a mulher.

Paulo- Que loucura é essa? Hein, Laís?

Laís (fazendo-se de ultrajada)- O quê, tá achando que isso é verdade, Paulo? Tá duvidando de mim?!

Paulo- Estou fazendo uma pergunta, Laís!

Telma olha para a mãe, com lágrimas nos olhos, e Laís gela quando Paulo também a encara.


(intervalo)  

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Picture It!

Uma nova sessão do blog!



(foto: Breno Leite Brito)




Praia de Coqueirinho, Conde (Paraíba - Brasil)

Histórias da Mansão

Capítulo 21 - Uma Nova Esperança







No domingo seguinte, toda a família, os primos e velhos amigos foram convidados por Ana Paula e Ronaldo para a casa dos Oliveira para comemorar a nova conquista de Wagner. A freira estava radiante e abraçou o filho, quando ele desceu para a área da festa, ao lado da piscina.

- Ah, meu filho, eu estou tão feliz... - ela sorri, para um Wagner sem palavras. - Eu faria uma festa dessas todo fim de semana pra você!

Wagner sorri, nervoso.

- Relaxa... mãe, eu nem conheço todo esse pessoal, você sabe que eu sou tímido.
- Ah, filho... - ela sorri, acariciando o rosto dele. - Apenas sorria e acene, se ficar com vergonha. Mas você sabe, todos eles gostam de mim e automaticamente, todos gostam de você.
- Será mesmo? - diz Wagner para si mesmo, enquanto Ana Paula vai acertar tudo com a organizadora do bufê.

Ele sai andando a esmo, cumprimentando alguns dos já presentes, e parando à uma certa distância da piscina, olhando para a entrada, de onde via Luana, que mandava beijinhos.

- Aqui, querido, olha pra cá... - e sorria. - Vem cá depois...

Wagner riu, mas virou-se e andou para conversar com Ronaldo.

Ana Paula, recepcionando as pessoas para a festa, encontra Bernardo chegando com Juliana, ela ligeiramente desconexa, mas com olhares lânguidos à todos os lados. Ana Paula murmura um "oi" para o sobrinho, que passa para um lado e encara o pai, que igualmente vira o rosto.

Ana Paula anda em direção ao portão e no caminho, encontra Daniel, espiando a festa por detrás de uma árvore. Ele se assusta ao ver a freira e ela fica irritada.

- Você, aqui? - ela se irrita. - O quê você quer, Daniel?
- Eu... queria conversar contigo, Ana Paula... - ele tenta sorrir. - Ali, pode ser? - aponta para a estufa.


- - - - -


- Então, diga... o quê tem de tão importante pra me falar? - pergunta a religiosa, impaciente.
- Ah... nada demais. - ele fica nervoso. - Eu queria saber... como você tá? Está bem? Está feliz?
- Eu... que pergunta mais sem cabimento, Daniel. - ela se espanta, ficando nervosa e vermelha. - Eu tô bem, muito feliz, não pode ver a festa que eu estou dando? Há quanto tempo eu não dava uma festa dessas aqui em casa...

Daniel sorri, finalmente um sorriso sincero.

- Que tá rindo? - ela estranha.
- Nada, não estou rindo. Estou sorrindo. - e continua. - Estava com saudade desse seu jeito marrento. -
- Como foi? - ela ergue uma sobrancelha.
- Eu tenho saudades de você, Ana Paula. Muitas. - ele baixa os olhos, triste. - Eu sinto muita sua falta.

Daniel apanha as mãos dela, que tenta se soltar, mas não consegue.

- Eu queria te perguntar se está realmente feliz... porque até agora, que achou seu filho... nunca pareceu feliz.
- Pois está enganado. - ela diz, revoltada, tentando se soltar. - Eu... eu, eu sempre estive feliz. Só nunca saí gritando aos quatro cantos do mundo.
- Mas era exatamente assim que você fazia, antigamente. - continua Daniel, galante. - Quando ainda éramos casados...

Ela solta a mão dele, histérica.

- Isso é passado!

Chegando atrasado, Vítor passa pela entrada da estufa e para ao ver a cena.

- Você estragou toda chance de felicidade que poderíamos ter, Daniel!
- Eu estou disposto a reparar isso! - ele diz, desesperado. - Eu ainda te...
- Não! - ela tapa a boca dele, que cambaleia - Não complete! Eu te odeio!

E vira um tapa no rosto dele, que fica chocado. Vítor cai na risada, sobressaltando os outros dois e chamando a atenção dos presentes.

- Hahaha, tomou o que você merece, seu drogado idiota!


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Daniel, humilhado, vira-se lentamente para Vítor, que começa a caminhar. Ana Paula sai pela outra saída e Daniel começa a perseguir Vítor à passos largos. Danilo pressente o pior, e grita "Vítor!".

O vilão vê, se vira e se assusta ao ver Daniel correndo atrás dele.

- Sai, seu doido! - e corre, fugindo dele.

Daniel corre atrás do menino, e muitos dos presentes riem da cena. Ana Paula se recolhe à um canto e chora. Ronaldo manda os seguranças pararem Daniel, mas o ex de Ana Paula alcança Vítor e o empurra contra um grande jarro de plantas, que se despedaça e corta o menino no braço.

- Meu bebezinho! - diz Luana, correndo pra ajudá-lo. Danilo vai atrás dela, enquanto os seguranças levam Daniel para fora da mansão.
- Sai, sai, estou bem! - diz Vítor, impaciente, estancando o pequeno corte com a outra mão, e indicando com a cabeça, manda Danilo segui-lo. Luana se irrita e procura Arthur com o olhar, indo em direção à ele, depois.

Ronaldo estranha os olhares dos dois e decide segui-los.

- Fecha a porta. - diz Vítor, assim que os dois entram em seu quarto. - Tranca, imbecil!
- Tá, certo, que foi? Tá tudo ok?
- Tá sim, apanha aquela caixinha pra mim, por favor. - diz Vítor apontando para uma caixa numa prateleira. Tira de lá gaze e esparadrapo, e faz nele mesmo um curativo enquanto conversa.
- Desculpa pelo meu pai, Vítor... - começa Danilo.
- Esquece, nós dois sabemos que seu pai não bate bem da cabeça, você mesmo o chamou de idiota um dia desses... - responde Vítor, irônico.

Danilo fecha a cara, mas não responde.

- Enfim, tá na hora de deixar de brincadeira e continuar a minha vingança... - Vítor começa.
- Pelo amor de Deus, você continua com isso?
- Eu nunca vou parar, querido. - Vítor sorri, um olhar sinistro. - E olha o quê eu consegui...

Ele se abaixa e tira uma arma debaixo da cama. Danilo se espanta, mas os dois se sobressaltam quando ouvem várias batidas na porta. Vítor se assusta e deixa a arma cair. Ele derruba a caixinha de primeiros-socorros junto e manda Danilo abrir a porta.

- Pelo visto assustei vocês. - diz Ronaldo, um certo tom irônico e olhar direcionado para Vítor.


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- Claro, estava concentrado fazendo um curativo. - responde Vítor veemente.
- Não era melhor pedir ajuda? - pergunta Ronaldo, fazendo menção de entrar no quarto.
- Não quero você dentro do meu quarto! - grita Vítor, escandalosamente.

Danilo se assusta e vira-se para Ronaldo, que sorri, parado. Segundos depois, Bernardo aparece atrás do pai.

- Tá tudo certo aqui? - pergunta ele sobressaltado.
- Tá sim, sai daqui! - ele apanha um jarro com água e atira contra a porta. Bernardo puxa o pai e a maçaneta e o vaso se espatifa contra a madeira.
- Imbecis. - diz Vítor com absoluto desprezo.

Ronaldo e Bernardo saem de perto dali.

- Precisam internar esse menino. - comenta Bernardo com um sorriso no rosto.
- É, pois é... - diz Ronaldo, pensativo.

Danilo, no quarto, começa a juntar os cacos de vidro do jarrinho, enquanto Vítor guarda meticulosamente a arma embaixo do seu colchão.

- Não faz isso de novo! - grita Danilo. - Você quase acertou minha cabeça.
- Você se abaixou, não é tão burro. - diz Vítor, distraído, finalizando o curativo e apanhando as coisas.

Danilo suspira, e anda até o primo, sentando ao lado dele.

- Você precisa parar com isso. Esse negócio de vingança não vai dar em nada. Você nem motivos tem pra isso!
- E você acha que humilhação pública não é motivo suficiente?! - vociferou Vítor, possesso. - Você acha que caçoarem de você, durante todo o resto de sua vida escolar, não é demais? - ele se ergue enquanto fala. - Você acha que eu fui feliz até agora, em minha vida? Não!

Danilo se assusta e recua. Vítor lança-lhe um ohar sombrio.

- Nosso tio sempre se fez de bonzinho e pai-dos-pobres, mas eu conheço o caráter dele. Você acha o quê, que ele não tem ganância nem soberba? Ele vai é cair, eu vou fazer ele sofrer, vou tirar tudo e todos que fazem ele feliz até ele ficar sozinho nessa merda dessa casa!
- Tá! Tá! Tá bom! - Danilo ergue-se, batendo palmas. - Tá certo, gênio, agora acho melhor a gente descer, senão vão ficar irritados conosco.
- Tá, certo... vamos... mas tomara que seu pai não esteja lá embaixo, senão o primeiro da fila é ele. - diz Vítor, ameaçador, enquanto abre a porta.


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- Ah, que festa entediante, que pessoal maluco... - começa Luana, irritada, empurrando o jardineiro para dentro da casa dos empregados. - Só você mesmo pra me tirar desse stress, meu querido.
- Querido é? - Arthur faz jogo. - Você acha que eu não vi você toda interessada pro lado do meu irmão bastardo?
- Ah seu bobo, aquilo é passado. - ela sorri, alisando-o. - Aquilo é só um franguinho, eu gosto mesmo é de macho forte feito você...

Ela o empurra na cama e desabotoa as alças do vestido, ficando só de lingerie. Arthur sorri, safado, enquanto tira a camisa.

- A senhora é muito gostosa mesmo, dona Luana... - começa ele.
- Senhora tá no céu, meu gostoso. Vem cá! - ela pula em cima dele, aos risos.

Pouco depois, ainda meio tonta e extasiada, Luana volta para a festa, ajeitando a maquiagem e andando meio cambaleante. Ronaldo está fazendo um discurso motivacional para Wagner, que ruboriza e é apoiado por Bernardo, que parece sinceramente gostar do primo.

Juliana, fora da atenção de Bernardo, começa a circular um pouco mais longe da festa, pelos jardins. Após o discurso de Ronaldo, Bernardo a vê e vai atrás dela. A médica vira para um lado e vê Ana Paula, meio escondida por uma samambaia, chorando copiosamente, e parecendo sem saber o que fazer.

Juliana observa atentamente a freira, com certo sorriso sádico e um olhar penetrante. Ana Paula não percebe a presença da médica até ouvir o chamado de Bernardo, "Juliana?", e ergue a cabeça.

- Madre, não a vi aí. - começa Juliana falsamente.

Ana Paula se ergue, irritadíssima.

- "Madre", é? - ironiza ela. - Já virou boazinha, sua rapariga?


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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Música

Fala pessoal, tudo em paz?


Vou tenta retornar ao ritmo habitual de postagens, tenho boas histórias para concluir e outras melhores para contar.

Agora, fiquem com um clipe excelente de uma música fabulosa para animar sua segunda-feira! Vem aí a excepcional Janelle Monáe, com Erykah Badu, cantando seu single "Q.U.E.E.N.". Boa semana, até mais!







Em breve, capítulo de "Histórias da Mansão".
(continuação, cap 31)





Tarcísio (espantado)- Sua filha que teria morrido?

Renata (estranhando)- Como voc...

Natália (culpando-se)- Eu contei toda sua história pra ele amiga, foi mal...

E olhando de um para o outro, Natália sai sorrateiramente e vai para trás de um arbusto.

Renata (após suspirar)- Enfim... - ela encara o ex. - Eu não sei o que fazer, simplesmente.

Tarcísio (sorrindo)- Você, que sempre foi decidida...

Renata (sorrindo levemente)- Você sempre soube me colocar pra cima...

Os olhares se cruzam e eles sorriem entre si.

Renata- O quê eu faço agora?

Tarcísio- Bem... o que posso dizer é que você deve se acalmar, e ir pra casa.

Renata assente, respirando fundo.

Tarcísio (continuando)- Durma e... bem, amanhã pense no que fazer.

Natália (abruptamente)- Isso amigona! Vamos, eu deixo você lá... você vem, Tatá?

Tarcísio olha de Natália para Renata mas balança a cabeça.

Tarcísio- Melhor não... vão vocês... apenas pense no que lhe falei.

Renata acena para ele, mas parece ligeiramente decepcionada quando vira o rosto.


(intervalo)


No dia seguinte...

Renata está sentada com Zaíra, e a nova governanta fica abismada com tudo que a morena lhe conta.

Renata (falando)- ... e, resumindo é isso.

Zaíra- Menina! Que mulherzinha vagabunda! Como ela pode ter feito isso contigo?!

Renata- Ela nunca gostou de mim, Zaíra. Eu só não imaginava que ela fosse uma psicopata.

Zaíra- Menina, cuidado, o quê você tá pensando  fazer?

Renata- Ainda não sei direito, mas eu vou procurá-la agora. - e se ergue. - Tentarei me conter, mas eu preciso ouvir isso da boca dela.

Zaíra- Eu tô com vontade de encher a cara dela de porrada! - e dá uma risadinha. - Mas faça isso por mim!

Renata (virando-se, ao sair) - Quem sabe...

Longe dali, Jardel e Leonor encontram com Laís no carro da primeira-dama, perto da prefeitura.

Laís (ligeiramente apreensiva)- E então, tudo certo?

Leonor (radiante)- Tuuudo certo, queridinha. A Telminha fofa vai cair como um patinho na armadilha!

Jardel- Pronto, amanhã a gente pode agir.

Laís (após respirar fundo)- Certo, agora garantam q ela esteja bem guardada. Eu preciso ir pra prefeitura, o Paulo quer me ver. Nos vemos depois.


(intervalo)


Dirigindo o próprio carro, Renata sai da Mansão dos Viscaia em direção à casa de Laís e Paulo, mas vê o carro da primeira-dama passar e resolve segui-la. Pouco depois, o chofer abre a porta para Laís em frente à prefeitura e a primeira-dama manda ele sair e pegá-la mais tarde. Enquanto Laís se demora procurando algo na calçada, Renata para e desliga o motor, saindo do carro num pulo.

Renata (furiosa)- Laís!

Laís (assutada, mas com desdém)- Você...? O quê quer comigo?

Renata (caminhando e falando)- Você é a criatura mais baixa que eu já conheci na minha vida!

E ao chegar perto da irmã, vira um tapa no rosto dela. Laís larga a bolsa e os óculos escuros voam longe do seu rosto. Ela se vira, espantada.

Laís (possessa)- Tá fazendo o quê, sua louca!

Renata- Eu sei de tudo sobre a Telma! A Telma é minha filha! Você roubou ela de mim!

Laís (irritada)- Você tá comendo cocô pra falar merda, sua vagabunda? Que mentira é essa? E toma isso!

Ela devolve o tapa, deixando Renata furiosa.

Renata- Não bate em mim, sua vaca! - e torna a bater na irmã, que tenta se defender. - Você roubou minha filha da maternidade! Você roubou! Você destruiu a minha vida! Agora eu vou te dar o troco!

Ela agarra o topo da cabeça de Laís, que grita, e gira o corpo para a direita, jogando a irmã no chão. Laís berra de dor e tenta se defender, mas Renata está descontrolada e chuta a irmã na boca do estômago, deixando-a sem ar.

Laís (num fiapo de voz)- Ar... por favo...!

Renata (montando em cima dela)- Por favor coisa nenhuma! Cala essa boca!

E vira mais um tapa no rosto da irmã. Continua estapeando seu rosto por mais uns momentos. Um pouco distante, Telma vai chegando na Prefeitura e, vendo a briga, corre para lá.

Renata (batendo)- Toma seu monstro, sua vadia! Toma!

Telma (correndo, chegando)- Tia! Tia Renata! Pare, pare, pare com isso!

Renata (gritando, sem ouvir Telma)- Toma, apanha! Você vai pagar por ter me roubado a Telma! Toma!

Telma (chocada)- TIA! O quê é isso?!

Ela consegue puxar Renata de cima de Laís, que só choraminga, ao ver que Telma chegou.

Telma (atônita)- Como assim, a minha mãe me roubou de você?


(fim do capítulo 31)

Homem ao Chão

Capítulo 31 - Cai o Desespero





Renata se ergue, sacudindo a cabeça.

Renata (desesperada)- O senhor tá avariando. Só tá falando bosta!

Romero (tranquilo)- Eu nunca estive tão bem em toda minha vida.

Renata- Ela não pode ser minha filha! A minha filha era Vitória! A minha filha morreu!

E ela cai aos prantos, agarrando o encosto da cadeira. Romero cruza os braços, vitorioso.

Romero- Mas a Telma é sua filha. Cabou-se. Coloque logo isso na sua cabeça.

Renata (furiosa)- Como ela pode ser minha filha se ela é filha da Laís?

Romero- Não acha estranho a Telma ter a mesma idade que a sua filha? Não acha estranho a Laís ter engravidado na mesma época que você?

Renata- Sim, mas...

Romero (impaciente)- "Mas" nada, imbecil, a Laís te passou a perna! Ela roubou a sua filha da maternidade quando nasceu e pagou para dizerem que ela tinha morrido!

Renata fica sem ar. Encara o pai, arfante, estranhando o jeito tranquilo e cínico disso.

Renata- Você fez parte disso tudo.

Romero (cínico)- Claro que sim. Você acha que sua irmã ia conseguir bolar tudo e levar tudo na surdina sem a nossa ajuda?

Renata (estranhando)- Nossa? Como assim, nossa ajuda?

Romero- Bem, além da sua ajuda natural... - ele ri. - você acha que sua mãe não sabia o tempo todo?

Renata não consegue acreditar. Ela apanha a bolsa e, arrastando-se, sai da saleta, onde Romero dá uma gargalhada.


(intervalo)


Após meia hora de gritos, coisas arremessadas pela janela e mais meia hora catando os pertences espalhados pela rua, Tarcísio e Natália descansam sorridentes na praça central sob o luar.

Tarcísio (sorrindo)- Nossa, não aguentava mais aquela vida.

Natália- E já sabe o quê vai fazer? Você pode ficar lá no sofá de casa, mas seria bom você trabalhar.

Tarcísio- Claro, Nati, eu vou trabalhar, eu posso arrumar alguma coisa na Associação. E muito obrigado por ceder o sofá.

Natália- Que é isso, o Juvêncio é teu amigo também, ele nem ligou.

Tarcísio ri e vira-se para a rua. Estranha ver Renata correndo, desnorteada, no caminho de volta para a Mansão Viscaia.

Tarcísio- Ó... olha, Natália...

Natália- É a minha amigona... AMIGAAAAAAAAAA! Aqui eu!

Natália sobe no banquinho de alvenaria e começa a pular e acenar, animada.

Natália (mais para si do que para Tarcísio)- O pessoal deve achar que eu sou louca, né? - para Renata. - Vem cá amiguinha, vamos debater! Que cara é essa?

Renata, após hesitar um pouco, vai até os dois, estranhando um pouco a presença de Tarcísio.

Renata (limpando as lágrimas)- Oi.

Natália (espantada)- Nossa, quem morreu? Eu aqui toda animada...

Renata- Ninguém morreu, muito pelo contrário...

Tarcísio (timidamente)- E... e porque está chorando?

Renata o olha por longos dez segundos, avaliando se ele merecia sua atenção. Natália aguarda a resposta, ansiosa e com um sorriso de orelha a orelha.

Renata- Descobri que minha filha está viva.

Natália (quase que imediatamente)- UOU! - e ergue os punhos, vitoriosa.


(intervalo)

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Piada de Última Hora - REUNIÃO DE EMERGÊNCIA

E aí pessoal, tudo bom?


Nada como se render à uma boa piadinha, não?

Curtam essa boa produção da Porta dos Fundos! Até mais!




Uma boa semana!

Histórias da Mansão

Capítulo 20 - Além dos Meses







Levemente sonolenta, com o rosário na mão, Ana Paula se recosta na parede da UTI e observa o filho, Wagner, ser tratado pelo doutor Meija e por umas enfermeiras. Logo depois, Meija sai da área reservada e fecha as cortinas.

- Dona Ana... Madre? - começa Meija.
- Hum... Ahn?! Ah! - ela pisca várias vezes, sonolenta. - Olá, Meija...MEIJA?! - ela se espanta e olha em volta. - Eu ainda estou no hospital?! Meija, cadê meu filho?
- Ele está bem, madre. Se acalme. - ele sorri, calmo. - Precisará ficar internado uns dias, talvez dois, apenas. Quebrou uma costela, por pouco não quebrou o crânio, ele teve sorte, dona Ana Paula...
- É a força da oração, Meija! - ela sorri, sacudindo o rosário no rosto do doutor, meio sonolenta. -  Agora, saia da frente, que eu quero dormir ao lado do meu filho!
-  Tenha calma, dona Ana! - Dr. Meija a segura, tentando refreá-la. - Vamos transferi-lo para o quarto em poucos minutos, aí poderá vê-lo.

Ele ainda demora um tempinho tentando acalmá-la e a faz sentar. Pouco depois, Ana Paula debruça-se sobre o filho, que dorme com a ajuda de sedativos, num dos quartos do hospital.

- Meu amor, meu filho... minha vida! - ela chora, emocionada. - Agora tudo que farei será para seu bem. Minha vida será sua... quero o seu bem sempre!

Aos poucos, ela vai deitando-se sobre os próprios braços, e adormecendo.

Longe dali, na sala de visitantes do hospital, Bernardo se despede da tia Patrícia e vai embora para a própria casa. Ao chegar lá, dá de cara com Juliana o esperando no hall dos elevadores.

- Oi, amor... - diz ela, com um sorriso. - Fiquei preocupada! Tudo certo com sua tia e seu primo?
- Sim, tudo certo, fica bem... - ele tenta sorrir, cansado. - Vamos, eu tô exausto e preciso de um banho, essa história de perseguição me deixou bem sujinho!
- Vamos sim, lindo... - ela sorri, sedutora. - Vamos lá, eu vou lhe fazer uma massagem, meu amor...
- Ah... - ouve-se uma voz grave. - Então foi por essa que você largou a coitada da Jéssica?

Ronaldo está acabando de entrar no hall, a chave do carro ainda à mão, uma cara de profunda decepção.


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- Desculpe? - responde Juliana com arrogância. - Quem é o senhor?
- Ju, espera... - começa Bernardo, nervoso. - Esse é o meu pai...
- Ah, é? - responde ela, irônica, virando-se para o elevador. - Prazer, Juliana.

Ela estende a mão para o empresário, que a rejeita e entra no elevador atrás deles, postando-se ao lado do filho, que fica nervoso.

- Pensei que iria me apresentar sua... como posso chamar... amante, já que está para se divorciar ainda...
- Somos namorados, senhor... - Juliana solta, irritadíssima.
- Pai, por favor. Vamos conversar sério. Espere chegarmos em casa. - diz Bernardo, cansado, entre os dentes. - Esse elevador vai despencar com a tensão.

Ele encara o chão, cansado. Juliana e Ronaldo se olham com profunda raiva e quase disparam faíscas um pro outro.

- Se importa de esperar, pai? Preciso tomar um banho... - começa Bernardo. - Ah, olha... Carol, Alice, o vovô tá aqui.
- Vô! - gritam as duas em uníssono. As meninas correm e pulam em cima de Ronaldo, que dá um sorriso forçado e afaga as meninas.

Bernardo aproveita a distração e sobe, para o seu quarto. Juliana o segue, irritada.

- Seu pai é um grosso. Desculpe falar! - ela diz assim que fecham a porta.
- Eu sei... e ele tá com cara de quem bebeu... - responde Bernardo tirando a camisa e se encaminhando para o banheiro. - A massagem fica pra mais tarde, amor. Espera.

Pouco depois os dois descem e encontram Ronaldo pondo as meninas para dormir.

- Elas falaram que a empregada foi embora muito cedo e ficaram com medo. Não gosto desse tipo de atitude, Bernardo. - começa Ronaldo quando chegam à sala. - E ainda por cima, você fica botando essa mulher dentro de casa com menos de um mês de separação.
- Pai, ela tem nome, é Juliana. - começa Bernardo cansado. - E as meninas adoram ela.
- Isso não vem ao caso, tenha decência! - diz Ronaldo.
- Tenha você, com essa cara de bêbado e tentando cuidar das meninas! - começa Juliana. - Sou médica, e tenho que me meter. Acha que isso é maneira de cuidar de crianças?
- Você... não se meta! - ele se levanta, cambaleando e a médica faz o mesmo. Bernardo levanta, atrasado, e o pai tropeça. Juliana o ampara, instintivamente.
- Me solte, vagabunda! - ele se desvencilha e vira um tapa nela. - Você não chega nem aos pés da minha nora de verdade!

Bernardo grita "PAI!", mas não é atendido. Juliana pensa em revidar, mas leva as mãos ao rosto e, se afastando, se faz de chocada.

- Eu... vou te processar, seu velho bêbado.


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Ronaldo volta para casa, ainda atordoado com a visita ao filho, e encontra Sarah e Patrícia discutindo na cozinha, ao entrar da garagem.

- ... não acredito nisso! Você veio em casa só pra comer doces?! - diz Sarah revoltada.
- E isso é pecado, minha filha? - comenta Patrícia, ofendida, com a voz embargada enquanto come. - Você pare de me regular, tá ouvindo?
- Mas mãe, isso é patético! - a menina tenta ajudá-la. - Será possível que você não possa viver sem comer doces?
- Menina, pare com isso! - Patrícia se levanta, correndo para fora do alcance da filha. - Você tem muito mais coisas pra se preocupar do que meus doces!

Sarah se ressente um pouco, mas não deixa cair o tom.

- Isso não interessa! Já pro seu quarto, mãe, você disse que ia arrumar uma bolsa pra ir pro hospital!

Patrícia fica acuada e envergonhada com toda a situação, mas agarra mais um potinho com vários cupcakes e corre para a escada. Sarah desata a chorar, e Ronaldo vai consolá-la.

- Minha querida, você sabe que isso é ansiedade dela.
- Ansiedade, tio Rô? - a menina chora. - Isso é compulsividade!
- Mas a ansiedade leva as pessoas a agirem compulsivamente. - diz Ronaldo, tentando raciocinar. - Você sabe e vê tudo que seu pai... fez e faz de mal à sua mãe. Essa é a maneira dela de tentar fugir disso tudo.
- Comendo chocolate? - pergunta Sarah incrédula.
- Todos nós temos nossa maneira de escapar do mundo. - diz Ronaldo, floreando com um gesto longo e abrangente, e um sorriso ligeiramente débil. - Teu primo Bernardo, por exemplo, quando ficava triste por várias coisas, inclusive a morte da... hum, mãe! - ele soluça. - Ele ia desenhar... e olha aí, ele é um grande arquiteto!
- Mas eu não sei desenhar, tio Rô. - comenta Sarah, tristonha.

Ronaldo soluça mais uma vez e dá um sorriso bêbado.

- Então sua missão é encontrar seu escape. Quando o mundo estiver te enchendo, você deve saber o quê fará pra tudo ficar bem. Tá OK? - pergunta ele, se erguendo, vacilante.
- OK! - diz ela, sorrindo.
- Então tá... - diz ele, saindo, devagar. - Tio Rô vai subir, ele precisa descansar um pouco...
- Tchau, tio! - ela fala, baixinho. - Obrigada.


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André e Leonora chegam à uma cantina italiana, ambos sorrindo muito. Após pedirem uns vinhos, vão para as massas.

- Peraí, tio André, não pode sair pedindo tudo! - começa a menina.
- Leonora, nada de fazer a profissional do meu lado! - diz André, sorrindo. - e pare com essa de "tio", estamos em público! E eu fico me achando um idoso!

Eles riem, e olham juntos o cardápio.

- Mas eu quero um espaguete sim! - ele diz.
- Tá bom, mas com um molho mais leve... - Leonora começa.
- Nada disso, o bom e velho molho de tomate. - ele pisca pra ela.

Ela vai fazer uma objeção, mas os dois estão muito próximos e ela se afasta abruptamente.

- Cuidado! - grita André, tarde demais.

Leonora esbarra numa taça e derruba vinho na manga esquerda de André. Ele cai na gargalhada e todos olham para eles. Leonora fica envergonhadíssima e apanha o guardanapo para limpá-lo.

- Calma, calma, pare de rir! - ela o repreende, tentando ficar séria.
- Haha, não consigo, esse teu jeito me faz ficar assim. - ele diz, sorrindo para ela.
- Que... que jeito? - ela pergunta, envergonhada.
- Esse jeito... nervoso. - ele sorri, cativante.

Leonora o encara, com um pequeno sorriso.

Dias depois...

Um taxi acaba de entrar pelo portão da Mansão, surpreendendo Luana e Arthur, que estavam se pegando, meio escondidos por uma parreira.

- Ah, olha, é o seu irmãozinho, de volta! - começa Luana, ironizando.
- Esse é um ingrato, não vai deixar nada pra mim...

Luana se vira para ele, surpresa.

- Tá pensando em entrar pra família também, benzinho? Hahaha!

Ela acaba de se arrumar, dizendo "é cada uma", e sai dali. Acaba por, discretamente, juntar-se à Patrícia, Ronaldo e Paulinho, que estão recepcionando os recém-chegados Ana Paula e Wagner, que manca ligeiramente, mas sente-se muito bem.

- É uma honra abrir minha casa pra você, agora como seu tio, Wagner! Você é um rapaz muito querido por nós, tenha certeza! - diz Ronaldo, pomposo.
- Obrigado... tio. - começa Wagner, sem jeito.
- Vamos, querido, você já conhece a casa, não é? - diz Patrícia, sendo receptiva. - Vamos entrando... OSVALDO, sai do caminho! - ela grita pro marido, parado à porta do hall, meio esquivo. - Venha, querido!

Pouco depois, Wagner acha Arthur na estufa, cabisbaixo. Com certa lentidão, ele chega perto e põe a mão no ombro do jardineiro.

- Mano.
- Que susto, quase me matou do coração! - grita o outro, se erguendo.
- Eu não quis assustar, Arthur...
- Claro que não, Wagner! - grita o outro, amargurado. - Você nunca quer nada, nunca faz nada de propósito!
- Que revolta é essa? - pergunta Wagner, preocupado. - Eu só quero saber como...
- Como eu estou? - completa Arthur, desnorteado. - Eu tô puto, Wagner! Puto!
- Puto com o quê, cara? - Wagner ainda tenta entendê-lo.
- Cara, avisa pra tua mãe... eu me demito. - diz Arthur, vencido.


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- Peraí, cara... - diz Wagner, tentando ser compreensível. - Vou tentar dar um jeito nessa situação, na sua situação...
- Eu, eu... quero só uma chance! - diz Arthur, quando vê que Luana escuta tudo, na porta da estufa. Ele faz "não" com a cabeça.
- Você quer se demitir mesmo? - pergunta Wagner, chateado.
- Não... - responde Arthur, hesitante, após uma piscada de Luana. - Eu fico. Eu vou ficar. Eu só preciso entender melhor a situação, cara. Você é meu patrão agora.
- Eu dou um jeito nisso. - diz Wagner, tentando sorrir. - Eu vou cuidar de você... e da mãe. Eu prometo.

Arthur faz uma feição de fúria porcamente disfarçada, enquanto fita Luana, que sai rebolando do portal. Wagner procura entender o irmão enquanto o fita, mas sorri, dá dois tapinhas no seu ombro e sai.

Depois, encontra Ana Paula, meditando à beira da piscina, no deck coberto. Ela abre os olhos e sorri quando o vê.

- Oi filhinho. Como cê tá?
- Tô bem... mãe.

Ela sorri, radiante, com tal afirmação, e se levanta.

- Você me disse que queria conversar comigo, não é?
- Sim, uma coisa... esse sábado é o vestibular, eu vinha estudando fazia um tempo...
- Eu o vi estudando um dia! - ela sorri, animada.
- Pois é! - ele sorri, tímido. - A senhora se importaria de ir comigo, de me deixar lá? De me pegar depois?
- Oh, meu filho, claro que não! - ela sorri, exultante. - Eu estou aqui pra isso!
- Eu nunca tive ninguém pra me apoiar nos estudos. Eu queria muito passar na faculdade, é meu sonho, quero ser engenheiro mecânico!
- Eu prometo que você vai passar meu filho, vou rezar pra que isso aconteça! - ela sorri, sacudindo o rosário. - E vou sim, com você, pra sua prova! Deus queria que você passe, me faria muito feliz!
- Oh, mãe! - Wagner, sorri, radiante. - Eu achei que não fosse dizer isso tão cedo, mas eu te amo!
- Eu também, meu querido, eu também! - diz a freia, chorando de alegria. Os dois se abraçam.

E passa-se cinco meses.

Estamos nas férias do meio do ano, aguardando o resultado do vestibular. Wagner está na sala, junto de Bernardo, Leonora, Isabela, Raíssa e Ana Paula, no terraço da piscina. Procuram em vários jornais as listas dos aprovados.

- Bora gente, todo mundo procurando! - diz Isabela, pra incentivá-los.
- Ai, achei! Ah, não, desculpa, foi engano! - comenta Raíssa, cabisbaixa, e todos riem.

Ana Paula nota Wagner tristonho, e vai afagá-lo.

- Tenho certeza que passou, meu querido... tem mais esse jornal aqui.

Ela puxa o último das mãos de Bernardo e Leonora, que fingem revolta, sorrindo, e vasculha ela mesma em busca de alguma lista.

- Achei uma! Espera...

Todos se viram quando a freira sorri e grita de excitação. Wagner fica espantado e alegre ao mesmo tempo quando Ana Paula começa a pular no mesmo lugar, agitando o rosário sobre a cabeça de todos.

Vítor está chegando naquela hora, com Danilo, à tempo de ouvir os vários gritos que viram um coro de "ELE PASSOU! ELE PASSOU! ELE PASSOU!"

- Ah, foi o resultado do vestibular! - Danilo sorri, embora fique ao lado do branco, que está gélido. - Você será universitário também, Vítor, como eu?
- Você faz administração, um curso de merda.
- Ei, peraí...
- E não... eu não passei de novo. - Ele diz, subindo, furioso e gélido. Danilo corre atrás, prevendo o pior.



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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Música

E aí, galhera, beleza?





Voltando agora com vento em popa, vamos postar uma canção linda da Gwen Stefani, chamada "Early Winter"!



Curtam!




Bom fim de semana para todos!