Pra você que não tem preguiça de ler =)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Música

E aí, galera, beleza?


Vamos à música do dia! Como alguns de vocês sabem, eu me animo com música triste (!). Tem certas músicas que saem de dentro, sabe? Tem certas "músicas tristes" que tew fazem cantar e puxam de dentro aquela grito, aquela animação, que cura qualquer tristeza.

Deixando de lado o momento divã, vamos à música. Chama-se "I Guess I Loved You", da cantora (excelente cantora) belga Lara Fabian.






Ah, e antes que perguntem... não, não estou triste. Estou mais feliz do que nunca!


Até mais! Curtam!

Histórias da Mansão

Capítulo 12 - Perdão e Revelação







Vítor parece embaraçado e Danilo, atrás de Samanta, tenta fazer sinal pra ele se acalmar.

- Ahn... é demais isso! - ele finge desespero e se senta, fazendo cara de desolação.

Samanta parece preocupada. Senta-se no cadeirão ao lado do jovem e acaricia as costas dele.

- Ele precisava destruir o meu carro? - Vítor tenta parecer compreensível.
- Ora, meu amor, você não sabia que ele ia sofrer um acidente, não é? Quem poderia saber?
- É... é, realmente... - ele olha na direção oposta, sem poder conter seu ódio.

Danilo começa a se afastar, balançando a cabeça.

- E... a minha mãe, Vítor?
- Ficou lá. - ele responde entre os dentes.
- C-Certo... - responde o outro, pensando na reação de Vítor. Ele sai, e deixa o casalzinho à sós.

No hospital Meija...

Ana Paula reza, distraída, entre as duas camas de Paulinho e Luana, na emergência. Os dois olham em direções opostas, mas volta e meia olham para o outro.

- Aninha, querida, pergunte à esse senhor o quê ele tem a dizer sobre tudo isso. - diz Luana, olhando o teto.
- Ahn... o quê? - começa Ana Paula
- Ah, Ana Paula! Diga pra madame ao lado que eu não quero saber dessa conversa! - responde Paulinho, irritadiço.

Ana Paula parece afim de cair na risada.

- Vocês não estão fazendo isso mesmo...
- Cunhada, diga pro seu irmão que eu estou... estou completamente arrependida de tudo e quero pedir perdão!
- Hein!? - responde a freira.
- Ana Paula! Não diga mais nada!

Os dois se olham, ignorando a freira, que está entre eles.

- Eu te amo, meu amor! Nunca deixei de te amar! - começa Luana.
- Oh, meu amor, eu te amo e te perdoo! - Paulinho exclama, tentando estender a mão à esposa. - E me perdoe por ter te agredido, meu amor, eu te amo!
- Tá perdoado, amor... quem não briga de repente? - ela solta um sorriso amarelo, e consegue segurar a mão do marido.


- - -


Ana Paula se levanta, irritada.

- Aff... parece que vocês estão bem demais... eu vou lá fora fazer uma ligação...

Do outro lado da linha...

- ...já estão bem? Que bom... - Responde Bernardo, em casa, olhando uns esboços de uma mansão no tapete da sala. - Então eu dou uma passada na mansão amanhã. Vá pra casa, tia. Ah, e sobre aquele assunto... melhor ficar tranquila...

Ele escuta a tia do outro lado da linha e faz cara de tédio.

- Você sabe que ele não deve fazer ideia disso tudo! Me espere amanhã que conversamos melhor, pode ser? Tchau, tia...

Ele desliga o celular, solta um "ai, ai" e volta suas atenções para os esboços. Pouco depois, a noite começa a cair e Zilá aparece à sala.

- Vai precisar de mim, seu Bernardo?
- Não, não... as meninas estão na casa da coleguinha delas... e minha mulher ainda viajando... - ele balança a cabela, distraído. - Pode ir, Zilá, é seu fim de semana de folga.
- Certo, seu Bernardo! - ela sorri. - Boa noite pro senhor.
- É, eu vou precisar... - ele responde. Pouco depois, ele está absorto em seus desenhos quando a porta da sala se abre. Ele se assusta e levanta de imediato.

É Jéssica, que entra, puxando sua mala. Bernardo parece mais aliviado, mas ainda assim, indiferente.

- Oi. - diz ele.
- Oi, Bernardo... - responde Jéssica, cansada.

Ela põe a mala ao lado do sofá, e passa pelo marido, que pensa que vai ganhar um beijo, mas Jéssica passa pelo marido, dá dois tapinhas no seu ombro e indica a poltrona.

- Que é isso, Jéssica? Você aparece em casa, dizendo que tem um congresso pra ir, depois chega do nada parecendo um iceberg... que tá acontecendo?
- É isso que eu deveria perguntar pra você, querido. - ela se senta, em frente à ele. - Mas eu não vou nem me dar ao trabalho. Não é preciso.

Bernardo tenta disfarçar seu nervosismo e sorri.

- Do que você está falando, Jéssica?
- Você tinha andando meio distante, aéreo... pouco atencioso e vivia culpando o trânsito, o escritório, os pedreiros, os mestres de obra, o trabalho, tudo. - ela começa. - Mas eu não preciso de um diploma em psicologia nem de horas em sessões com pacientes pra perceber isso, meu amor.
- Seja direta. - ele pede.
- Você está tendo um caso. Ou se não, está afim de outra mulher. - ela responde, na lata.


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Bernardo fica chocado com a reação calma dela.

- Como assim?
- Não me engane, não minha, não seja ridículo. - ela respira fundo e se levanta, indo em direção à escada. - Eu não sei o quê foi que eu fiz ou deixei de fazer para isso, querido... mas eu vou sair daqui sem fazer barraco porque eu sou boa demais pra isso.

Bernardo se ergue, sem palavras, e Jéssica vai subindo a escada.

- Espera! - grita ele. - O que você quer dizer com isso tudo? Como ficamos?

Ela olha ele de baixo pra cima, com um olhar triste.

- Como sempre fomos, amigos. Eu espero. Ah... e você hoje, fica no andar de baixo. Até eu sair, amanhã de manhã.

Bernardo fica perplexo. Pensa na esposa, e depois em Juliana. Fecha os olhos, agoniado e chuta a pilha de esboços.

- Droga! - ele diz para si mesmo.

Na mansão...

Vítor continua nervoso, e Samanta resolve ir embora.

- Já? - ele estranha.
- Mas já é noite. - Samanta responde, sorrindo. - Amanhã eu passo aqui para tentar te animar, queridinho. Não gosto de vê-lo com essa cara.
- Tá bom... - ele responde, um tanto indiferente, mas Samanta parece não notar. - Tchau.

Ela ia argumentar, se não fosse a chegada de Ana Paula.

- Ah, boa noite. - diz Samanta, saindo.
- Boa noite, filha... - diz a freira, entrando quase que distraída em casa. Sem olhar para Vítor e bem pensativa, Samanta vai saindo, mas ao passar pelas folhas de uma frondosa árvore, já bem perto do portão, ela quase tromba com Wagner, que está varrendo o caminho.

- Desculpe! - ele diz, sorrindo.
- Tudo bem. - ela sorri. - Tô atrapalhando?
- É claro que não, passe, passe... - ele indica o caminho para ela. - Ah, me perdoe por perguntar... - ela se vira. - O quê houve com o sr. Vítor? Ele chegou muito mal humorado...
- É, nem me diga. Estava lá, enfrentando o leão... - ela sacode a cabeça. - O pai dele bateu o carro do Vítor... ele tá furioso.
- É, deve ser chato mesmo...

Ele sorri, e ela corresponde. Pouco depois, ela dá uma risadinha e se vira, para ir embora. Entra no carro e parte, sempre acompanhada pelo olhar de Wagner, que pouco depois dá um peteleco na face esquerda.

- Para, maluco... para de sonhar...


- - - - -

Ronaldo se reúne com Patrícia e Oswaldo no jantar. Ambos estão comentando o incidente com o casal Luana e Paulinho.

- Mas é realmente muita loucura dos dois! - reclama Patrícia. - Já disse antes que não acredito na sanidade mental do meu irmão e da minha cunhada!
- Patrícia, não exagere. - diz Osvaldo, chateado. - Foi uma briga de marido e mulher.
- Uma briga de marido e mulher bem catastrófica, não é? - ironiza a esposa.
- Se querem minha opinião... eu acho que não devemos interferir muito... - começa Ronaldo. - O casamento deles nunca foi muito comum, mas sempre estiveram unidos. Eles brigam muito, mas sempre acabam juntos.
- Só resta esperar que eles dois paguem o conserto da estufa, não é? - começa Osvaldo, irritado.
- Até parece que você se interessa por flores, querido. - Patrícia sorri, enquanto as empregadas retiram os pratos.

Nessa hora chega Sarah, tristonha.

- Filhinha! - grita Patrícia, se erguendo e correndo para beijar a garota. - Não vi, você já tinha jantado?
- Já. - responde ela sem emoção.- Mãe, será que você podia...
- Ah, filha... agora é a hora da sobremesa! - ela sorri, excitada. - Pode trazer o pudim com calda de chocolate liiiiiiiiiindo que eu comprei na Confeitaria Magnólia mais cedo...
- Ah, meu Deus... - reclama Osvaldo.- Já sei que a conta foi um assalto.

Ronaldo se ergue no momento em que Patrícia ia retrucar.

- Por favor! Vamos manter a paz nessa casa! - ele se senta. - Precisamos de harmonia, eu estou pressentindo que o clima aqui vai pesar muito nos próximos tempos.

- Profundo, hein? - diz uma voz que vai chegando da sala de estar. É André, acompanhado de uma ruiva. - Oi sobrinha querida! - acrescenta ele, beijando Sarah, que fica imóvel. - Essa é a Clarice, vocês se lembram, né?

Ninguém solta um pio e André, sorrindo, puxa a colega e sai, dizendo "você vai adorar a piscina".

- Em todo caso... - Ronaldo continua, de olhos fechados. - Acho que vocês deveriam maneirar nas discussões, pelo menos, à mesa.
- Ah, lá vem você posar de grande mediador, Ronaldo! - Osvaldo desdenha. - Não é porque você é o dono da casa e o maior acionista que...
- Deixe de ser ridículo, Osvaldo! - Patrícia reage, irritada, a boca cheia de chocolate. - Não, sai, cala a boca! -  ela pega o prato de pudim e uma colher e sai, deixando todos.

Sarah e Ronaldo balançam a cabeça negativamente. Osvaldo se senta, aliviado.

- Ótimo, agora sim você pode comer sua sobremesa em paz, tá certo?

E se retira.


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Ana Paula está vagando pela casa, desce, vai até a estufa e encontra Wagner, limpando os cacos de vidro. Os dois se assustam e param por um instante.

- Tá tudo bem, dona Ana?
- Não! Tá, tá sim!
- Tá nervosa... quer uma água? - ele pergunta, preocupado.

Ana Paula porém, começa a sacudir as mãos e o rosto, tentando sorrir.

- Não, nada... só quero... continua, isso aí.

Wagner estranha um pouco a religiosa, mas continua a varrer os cacos. A freira se recosta à uma coluna de ferro da estufa olhando com ansiedade para Wagner.

O jovem começa a ficar incomodado. A freira se senta, e continua observando o faxineiro recolhendo o vidro quebrado e ele para, por um instante.

- Que falar algu...
- Você tava aqui com ela, não era?

Wagner se assusta com o tom, mas fica firme.

- Estava sim.
- Não acredito que você caiu no conto da carochinha...

Ela se levanta e começa a andar em círculos, nervosa.

- Eu conheço muito bem o caráter da minha cunhada, menino, ela não vale o sapato que ela calça. Eu não queria que você se apaixonasse por ela!
- Mas eu não...
- Não o quê? - pergunta Ana Paula, histérica. - Não o quê? É só uma peguete, é isso? É só uma trepa, um casinho, é isso?
- Dona Ana! Que é isso, o quê você pensa de mim?
- Você não pode fazer isso, menino! - ela fica irritada, nervosa e ansiosa. - Eu não permito isso não!
- Você, por que?
- Eu não deixo, você vai perder sua vida se seguir nessa, meu filho! - ela começa a se descontrolar e agarra seu rosário.
- Como, seu filho? - ele se confundo, ficando irritado. - A senhora não é nada minha!
- Nada disso, não fala do que você não sabe! - responde ela, atirando as palavras.
- Como assim, eu não sei! Você é uma freira!
- Não menino! - ela o segura pelos braços. - Eu te quero bem, eu sou sua mãe! Eu que te pari!

Wagner se choca, e arregala os olhos. Ana Paula chora, lágrimas brotando pelos olhos.


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sexta-feira, 15 de junho de 2012

(Em Breve) Furiko, a Gueixa Espiã

Fala galera, beleza?



Provavelmente essa semana, digamos, segunda-feira dia 19/06, estreia minha nova minissérie, "Furiko, a Gueixa Espiã". Finalmente encontrei tempo para me dedicar à imaginação, e espero que gostem mesmo do que estou preparando.


Links para quem perdeu tudo:



Até mais! Bom fim de semana!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

(continuação, cap 22)





Longe dali, na velha mansão dos Viscaia...


Renata sai do banho, se arruma e desce para a suntuosa sala de jantar, que está sendo limpa por Zaíra.

Renata- Te disse pra não fazer isso!

Zaíra- Ah, amiga, não é trabalho nenhum! - ela sorri, com pá e vassoura nas mãos. - E eu me ocupo com alguma coisa enquanto não achamos empregados.

Renata- Você vai dar ordem pra todos eles, tá certo?

Zaíra (gargalhando)- Ótimo, serei a sua governanta! Haha! Isso é tão chique...

Renata sorri, balançando a cabeça. Tocam a campainha e elas se entreolham, assustadas.

Renata (indo atender)- Será que é a minha irmã? Veio me matar?

Zaíra ri e continua sua faxina.

Renata abre a porta e toma um susto quando Natália se joga contra ela.

"AMIGA!", as duas gritam juntas.

Natália- Meu Deus, não é possível! Você está linda!

Renata- Amiga, à quanto tempo! Não acredito que me achou! Quem te contou?

Natália (se erguendo e erguendo a outra)- Seu pai! Aparece que nem um furacão na casa da sua mãe!

Renata- Ahn... mamãe. Eu deveria ter visto ela.

Natália- Amiga... (ele abaixa o tom, assustada)- Eu diria para ir mesmo. Vá encontrar sua mãe, mas escondida. Acho que a meterá em encrenca caso ele a veja por lá.

Renata (nervosa)- C-Certo... obrigada, Natália.

Natália (voltando a sorrir)- Agora me conte, conte mais! Como você conseguiu comprar essa casa?

E suspirando, Renata conta sua história.


(intervalo)


Na casa do prefeito...

Laís e Paulo estão reunídos à sala, conversando. Depois de um tempo, o prefeito sai, para o quarto, e Laís se levanta, quando Telma chega à casa.

Laís (adiantando-se)- Filhinha querida! Como foi o seu dia?

Telma (cansada)- Foi bom... bom trabalho hoje...

Laís- Ai, ai... você e seu posto médico. Algo de interessante.

As duas vão falando e subindo as escadas.

Telma- Nada demais... eu... conheci um cara.

Laís (estranhando)- Um cara? Você, que diz que todos aqui são...

Telma- Ele é de fora... ele é biólogo marinho, tá trabalhando com o projeto Tamar. Eu achei bem interessante.

Laís (levemente interessada)- Ah, é? Deve ser bem inteligente e rico...

Telma- Ele está morando com a mãe na pensão da dona Nena.

Laís (com desdém)- Ah... então é só mais um idealista minha filha... não caia no conto do vigário.

Telma (virando-se, irritada)- Pô, mãe! Você sempre tenta estragar minhas amizades, né?

Laís- Não, querida, eu apenas pressenti que você ia se interessar por alguém que não vale a pena...

Telma- Quem disse que me interessei por ele?

Laís (irritada)- O seu tom, bobinha. Esquece esse rapaz e seu posto médico. Passe amanhã na Prefeitura, temos um cargo pra você.

Telma se irrita, mas nada fala e vai para o seu quarto. Laís suspira e continua a subir as escadas até o quarto.

Laís (para si)- Tô vendo que vem temporal por aí...


(intervalo)


Renata e Natália vão dar uma caminhada pela cidade, e vão conversando sobre suas vidas durante o percusso.

Natália- Ah, amiga, mal dá pra acreditar! Você, finalmente livre, rica e poderosa! Assim que eu gosto!

Renata (rindo)- É... eu não tenho nada pra reclamar... agora é tocar a vida para a frente.

Elas se aproximam da pracinha e Natália vê que estão brincando no seu carro.

Natália- Meu filhos loucos!

Ela corre até lá para apartá-los e Renata para em frente ao mercadinho. Ela o observa por fora, e volta-se para Natália, que apresenta os filhos para "tia Renata".

Renata- Lindos, eles...

Natália- Vou deixá-los ali em casa... você quer...

Renata- Hum... estou com fome... e sede. - ela olha para o mercadinho. - É ali, sua casa, né? Vá seguindo, vou só comprar um lanche aqui e te encontro lá.

Natália (rindo)- Certo! Vamos indo! - ela vai andando e falando. - Ai, ai... gostaram da tia Renata? Ela foi só comprar um lanche no mercadinho e já volta...

Natália para, no meio do caminho, e faz cara de espanto.

Natália (arregalando os olhos; para si)- EITA, o mercadinho! Ih...

Renata entra e vai até o expositor, onde apanha um suco industrializado. Depois, apanha uma coxinha com uma moça no balcão e se dirige ao caixa, que está de costas, contando as moedas.

Renata (informal)- Oi... a Olga mora por aqui ainda?

O homem se vira, e Renata se espanta por completo. É Tarcísio, que fica igualmente perplexo ao ver a ex-namorada ali.

Tarcísio- Vo-Você?

Renata- Você, aqui?

"Ora, vejo que já se fez em casa, não é?"

É Olga, que vem descendo, em direção ao caixa.


(fim do cap. 22)

Homem ao Chão

Capítulo 22 - Inveja e Outros Maus Sentimentos





Tarcísio se solta do aperto da esposa e continua a pegar as caixas.

Olga- Me responda!

Tarcísio- Claro que não. Que ideia...

Olga dá uma risadinha e sai atrás do marido, que vai entrando no mercadinho com as caixas.

Olga- Você é louco por ela, sempre foi, dá pra ver daqui! Sua cara de besta não engana ninguém.

Tarcísio (irritado)- Para de falar bobagem, Olga.

Olga (irritada)- Me dando ordens agora?

Tárcísio (virando-se)- É, estou! - Ele se ergue e a mulher se espanta. - Pare de me encher o saco! Não vê que estou no trabalho? Se eu não trabalho você fica falando merda!

Olga- Então trabalhe! Vá... pegar as caixas!

Tarcísio sai, bufando de raiva. Olga o olha de cima a baixo, mas sai, para a casa deles, no andar em cima do mercadinho.

No posto médico...

Telma está ajudando o doutor Silveira, o velho médico local, a enfaixar o punho de um garotinho.

Silveira- Muito bom, Telminha!

Telma (sorrindo)- Pronto, acabei! Pode ir, e cuidado, viu?

O menino salta, sorrindo, e sai. Dr. Silveira se senta à mesa e olha para Telma, que acena da porta para o menininho.

Telma- Ah, deu uma vontade de ter um filho...

Silveira (gargalhando)- Ora, menina, é melhor arranjar alguém primeiro, não é?

Telma apenas sorri, e se senta.

Silveira- E você é muito novinha ainda, tem tempo pra conhecer um cara legal, que te faça bem...

Nessa hora, ouve-se uma batida na porta e surge Angelo, carregando uma Leonor meio tonta.

Telma- Oi, você de novo!

Os dois sorriem. Leonor revira os olhos.


(intervalo)


Leonor (para Telma)- Me arranje uma cadeira, queridinha, faz favor... aaai...

Silveira- O quê aconteceu com a senhora?

Leonor fica balbuciando, mas Angelo toma a palavra.

Angelo- Acho que ela foi picada por algum inseto, mosquito da dengue... pode ser malária também, não sei...

Telma- Ela está meio amarelada... deve ser malária. Vamos, temos vacina...

Silveira (se erguendo)- Deixe comigo... veja se há algo com o rapaz.

Angelo- Eu estou bem... Não fui picado.

Telma- Ele está bem sim, senhor...

Silveira, porém, dá uma piscadela para Telma e vai para detrás do biombo com Leonor, que vai fraca.

Telma- Sua mãe?

Angelo- É... exagerada, né?

Telma- Um pouquinho... - e sorri. - Já se ajeitaram aqui?

Angelo- Ficamos na pensão da dona Nena, como você me disse. Obrigado pela ajuda.

Telma (encabulada)- Que é isso, eu adoro ajudar! Que bom que estão bem.

Angelo- Arrumei um emprego no projeto Tamar, o pessoal tava precisando de um biólogo e eu caí como uma luva!

Telma- Ah, que legal! - ela sorri, radiante. - E como é...

Leonor (saindo)- Fiiiiiiiiiiiiilho... vamos, ajuda a mamãe... obrigadinha, seu doutor... - ela dá tchauzinho para dr. Silveira - Vamos... vamos, Angelo, anda logo!

Angelo- Tchau, de novo!

Telma- A gente se vê...


(intervalo) 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Música

E aí, povo doido, tudo bom?



Hoje vamos com uma pegada mais latina! Resolvi postar uma música que gosto muito da Shakira, chamada "Devoción", do seu último CD. Uma melodia boa, uma letra boa...


Por favor, tenha também um ouvido bom!






Aproveitem, até mais!


Abraços e boa semana!

Histórias da Mansão

Capítulo 11 - Uma Briga Esperada












Paulinho está irredutível. Luana olha do marido para Wagner, que fica indiferente.

- E ainda quer me falar para cancelar o divórcio! Vagabunda...
- Vagabunda não, meu amor! - Luana começa. - Sou sua esposa, e te amo...
- Desgraçada, me ama coisa nenhuma! - ele a repele. - Me traindo embaixo do nosso teto! Na maior cara de pau! Sua vadia!

Luana chora. Wagner sai, ao ver que Paulinho não o vê mais.

- Pare com isso, Paulo! Tá me ofendendo!
- Ofendida, você? - Paulinho dá um risada. - Você acha que tem direito de se ofender, sua desgraçada?! - ele a segura, e começa a sacudi-la.
- P-Para, meu amor, tá me ma-machucando! - geme a mulher.
- Te machucando? Depois de você ME MACHUCAR?

Ela arregala os olhos, horrorizada, e Paulinho dá um tapa na cara dela, que cai.

Ana Paula está chegando, passando pelo jardim e vê a cena. Ela se revolta e parte para lá, no momento em que Luana vai se levantando.

- Paulinho, pelo amor de Deus, o quê está fazendo?
- Não se mete, sua freira de araque! - Paulinho repudia a irmã.
- Ele quer me matar, Paulinha, me matar! - Luana aproveita a deixa.

Paulinho vira a mão no rosto dela novamente.

- Cala a boca, sua idiota, você é que tá pedindo pra morrer!

Ana Paula tenta impedi-lo.

- Paulinho, se acalme, homem!
- Sai, me larga! - ele dá uma cotovelada na freira, que geme. - Essa vagabunda é problema meu!
- Ai! Ai, tá doendo! - Luana reclama, com lágrimas nos olhos.

Paulinho fica fora de si.

- Doendo? DOENDO? Vê se isso vai doer, sua vagabunda!

Ele gira o corpo e arremessa a esposa contra o vidro da parede da estufa.

- NÃO!- grita Ana Paula, mas é tarde, e Luana estilhaça toda a parede. Alguns jarros caem ao redor dela, que está inconsciente, sangrando.


- - - - -


Ana Paula fica descontrolada; leva as mãos à cabeça, a respiração rasa e desigual.

- PUTA QUE PARIU, caralho, seu maluco! Você a matou, você a matou!

Paulinho percebe o quê fez, e fica atônito. Passa a mão nos cabelos, fora de si, e só volta ao normal quando Ana Paula o bate, aos socos.

- Ai! Ui! Ana Paula... Para com isso!
- Você é um completo idiota, seu maluco! Agora virou um assassino!

Ela se descontrola, e se agacha ao lado da cunhada, que ainda está inconsciente. A freira tira sua echarpe e tenta estancar o sangue da outra. Wagner aparece e tenta ajudá-la.

- Vamos, pegue desce lado meu... filho... ajude, ajude!

Paulinho percebe que não tem a atenção de Ana Paula e sai correndo, desviando de vasos e plantas pelo jardim. Chama a atenção de Ronaldo, que está por ali passando.

- Ei, irmão! Que é isso?

Paulinho não lhe dá atenção e continua correndo, até que chega à garagem, onde encontra Vítor, que acaba de chegar.

- Que foi, pai? Que cara é essa? - pergunta o malandro.
- Não é da sua conta, seu pirralho, e me dê a sua chave!

Vítor se irrita.

- E porque você não pega o seu carro, papai?
- Você vai me negar isso agora, seu idiota? - Paulinho se descontrola.
- Vai me xingar agora? - Vítor responde na mesma moeda.

Paulinho olha ao redor, pega um pé de cabra e mira o pára-brisa.

- Me negue mais uma vez e adeus carrinho!
- Tá, tá, tá bom! Pega, toma a porra da chave! - Vítor joga, bufando, contra o peito do pai.

Paulinho o empurra, entra no carro e rapidamente dispara, quase se chocando contra o carro de Bernardo, que estava ali parado, fazendo ligações. Ronaldo chega ao portão e vê o carro do filho. Bernardo estranha tudo.

- O quê foi, pai?
- Entre no carro, vamos, acho que ele fez uma besteira!


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Bernardo avança rapidamente em seu carro e Paulinho percebe.

- Droga! O filhinho do papai já chegou! Droga, eles me viram!

Paulinho acelera e entra pra uma rodovia movimentada. Ronaldo aponta o carro de Vítor e Bernardo o persegue.

- Ande, eu sei que você corre mais do que isso!
- Sim, mas ele tá correndo feito um louco - retruca Bernardo.
- Isso nunca lhe impediu de correr que eu sei! Você e a Bianquinha viviam fazendo umas corridas há alguns anos que eu sei!

Bernardo olha desafiador para o pai.

- E não é agora que é pai de família que vai recuar, ou é?
- Claro que não. - reclama Bernardo.
- Então trate de pegar o seu tio! Acho que ele fez alguma merda... quem é essa?!

Ele aponta para o lado, onde um carrinho vermelho quase bate contra eles, e eles reconhecem Ana Paula.

- Ela não tem juízo! - Ronaldo sorri.
- Ela parece apavorada! - Bernardo estranha. - Olha, seu telefone tá tocando! Deve ser ela.

Ronaldo apanha o celular.

- Fala, mana... COMO É?

Ele fica atônito.

- Ele fez isso, esse imbecil?! - Bernardo olha, curioso, o pai revoltado. - Está bem, vamos ficar nos calcanhares dele!

Ele joga o celular no banco de trás, parecendo revoltado.

- Seu tio quase matou a Luana. Ana Paula disse que ele a jogou contra a parede da estufa!
- COMO ASSIM!? Ele ficou louco? - Bernardo fica igualmente espantado. - Olhe, ele pegou a linha dos ônibus!

De repente Paulinho entra numa das faixas permitidas apenas para ônibus. Mas a chuva forte que cai faz Paulinho derrapar.

- Freia, filho, olha o ônibus!

Bernardo é obrigado a frear, no momento que um ônibus passa em disparada em direção ao carro de Paulinho. Este se choca com um ônibus parado, e o que vem atrás acaba quase esmagando o carro de Vítor contra o outro. Vários passantes se chocam e muito vidro se quebra, fazendo várias pessoas gritar.


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Bernardo, Ronaldo e Ana Paula abandonam seus carros. A freira está muito abalada e chora, com um rosário nas mãos e chorando em bicas.

- Ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu DEUS!
- Calma, irmã, ele parece bem! - grita Bernardo, que consegue abrir a porta do passageiro.

Paulinho está desacordado, com um corte na testa e com muito sangre no rosto, mas inteiro. Ronaldo grita para alguns paramédicos que estão num posto médico próximo, e eles logo vão para o local.

Ana Paula, porém, continua gritando.

- Ai, Deus, meu irmão, por favor! Por favor, meu Deus, AI, AI AAAAAAAAAAAAAAAAI! É muita desgraça na minha vida! Ai! Ai! AAAAAAAAAAI!

 Uma menininha que está num dos ônibus que bateram começa a rir.

- Olha, mamãe, a mulher ficou doida, hahahaha!

Ana Paula escuta e fica furiosa.

- Cale essa boca, filhote de diabo! - e balança o rosário em direção a menina. A mãe desta se revolta.
- A senhora é uma freira e tá gritando com a minha filha assim?!
- Além de freira eu sou irmã, minha querida, e meu irmão pode estar morrendo! Agora CALA A BOCA!

Os paramédicos conseguem tirar Paulinho do carro, e ele começa a gemer. Chamam uma ambulância e o empresário é levado ao hospital de Meija, por ordens de Ronaldo.

Ao chegar lá, dão de cara com Luana, na sala da emergência. Ela está com os braços enfaixados e o rosto, intocado. Ao seu lado estão Vítor, Patrícia e André.

- Ai... quem é esse... PAULINHO?!

Ela grita, assustando meio hospital, e sobressaltando Ana Paula, que havia acabado de entrar.

- Ele está morto, ai meu Deus! Acabou-se, tudinho!
- Como esse doido ficou assim? - quis saber Vítor - Não me diga que...
- Ele bateu com o seu carro! - Bernardo completa, com um sorriso amarelo. - Não pudemos fazer nada!

Vítor sai dali, bufando alto.


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Samanta chega à mansão e encontra com Wagner, que está perto do portão, aflito.

- Oi... o Vítor está? Sabe dizer?
- O quê? - ele repara na jovem. - Não, não... ele tá no hospital... a mãe dele sofreu um... atentado.
- Como assim? - quis saber a estudante. - Ela tá mal?
- Ela já está se recuperando, ligaram do hospital... você é...
- Eu tô... com o Vítor... - ela sorri, encabulada. - Você trabalha aqui?
- Sim... - ele responde, sem jeito, e vai abrindo o portão. - Então acho que não tem problema de te deixar entrar... o seu Danilo tá na varanda, perto da piscina, acho que sabe onde é...
- Sei sim, obrigada! - e sai.

Após ficar a par da situação por Danilo, Samanta resolve esperar para dar força à Vítor. Danilo, porém, durante uns minutos fica tentando desencorajá-la.

- Vai embora, ele vai voltar realmente irritado.
- Mas irritado porquê? - ela estranha.
- Ah, o pai tirou o carro dele... - Danilo tenta se fazer entender.
- Isso não é nada demais, o seu Paulo deveria estar muito descontrolado.

Danilo balança a cabeça.

- Cara... cê não conhece o Vítor, eu tô falando... ele vai chegar aqui soltando fogo pelas ventas...

E é dito e feito. Pouco tempo depois chegam Patrícia e Vítor, no carro dela. A tia fica e entra pelo acesso de serviço, mas Vítor, que sabia onde o primo estava, ruma direto para a piscina, rilhando de raiva.

- DANILO? DANILO! Cadê você, seu imbecil! Anda, aparece! Você não sabe o quê aquele imbecil fez!
- Isso é ele? - pergunta Samanta constrangida.
- Eu lhe falei...

Mal dá tempo de Danilo terminar a frase. Vítor aparece pelo jardim, com o rosto contorcido de fúria. Samanta levanta para ampará-lo, mas o rapaz começa a urrar e chuta o centro de mesa, espalhando as várias revistas que ali haviam.

- Vítor! - grita Samanta.
- Que é!? Que é?! Aquele idiota do meu pai destruiu meu carro, que é que você quer?!

Ele empurra Samanta para o lado e apanha a cadeira que ela estava, e, arremessando-a contra o chão, a destroça completamente.

- PARE! - grita Samanta, espantada.

Vítor olha para a garota e parece cair em si.

- Que raiva, que fúria é essa? Pelo amor de Deus!



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