Pra você que não tem preguiça de ler =)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

(continuação, cap 22)





Longe dali, na velha mansão dos Viscaia...


Renata sai do banho, se arruma e desce para a suntuosa sala de jantar, que está sendo limpa por Zaíra.

Renata- Te disse pra não fazer isso!

Zaíra- Ah, amiga, não é trabalho nenhum! - ela sorri, com pá e vassoura nas mãos. - E eu me ocupo com alguma coisa enquanto não achamos empregados.

Renata- Você vai dar ordem pra todos eles, tá certo?

Zaíra (gargalhando)- Ótimo, serei a sua governanta! Haha! Isso é tão chique...

Renata sorri, balançando a cabeça. Tocam a campainha e elas se entreolham, assustadas.

Renata (indo atender)- Será que é a minha irmã? Veio me matar?

Zaíra ri e continua sua faxina.

Renata abre a porta e toma um susto quando Natália se joga contra ela.

"AMIGA!", as duas gritam juntas.

Natália- Meu Deus, não é possível! Você está linda!

Renata- Amiga, à quanto tempo! Não acredito que me achou! Quem te contou?

Natália (se erguendo e erguendo a outra)- Seu pai! Aparece que nem um furacão na casa da sua mãe!

Renata- Ahn... mamãe. Eu deveria ter visto ela.

Natália- Amiga... (ele abaixa o tom, assustada)- Eu diria para ir mesmo. Vá encontrar sua mãe, mas escondida. Acho que a meterá em encrenca caso ele a veja por lá.

Renata (nervosa)- C-Certo... obrigada, Natália.

Natália (voltando a sorrir)- Agora me conte, conte mais! Como você conseguiu comprar essa casa?

E suspirando, Renata conta sua história.


(intervalo)


Na casa do prefeito...

Laís e Paulo estão reunídos à sala, conversando. Depois de um tempo, o prefeito sai, para o quarto, e Laís se levanta, quando Telma chega à casa.

Laís (adiantando-se)- Filhinha querida! Como foi o seu dia?

Telma (cansada)- Foi bom... bom trabalho hoje...

Laís- Ai, ai... você e seu posto médico. Algo de interessante.

As duas vão falando e subindo as escadas.

Telma- Nada demais... eu... conheci um cara.

Laís (estranhando)- Um cara? Você, que diz que todos aqui são...

Telma- Ele é de fora... ele é biólogo marinho, tá trabalhando com o projeto Tamar. Eu achei bem interessante.

Laís (levemente interessada)- Ah, é? Deve ser bem inteligente e rico...

Telma- Ele está morando com a mãe na pensão da dona Nena.

Laís (com desdém)- Ah... então é só mais um idealista minha filha... não caia no conto do vigário.

Telma (virando-se, irritada)- Pô, mãe! Você sempre tenta estragar minhas amizades, né?

Laís- Não, querida, eu apenas pressenti que você ia se interessar por alguém que não vale a pena...

Telma- Quem disse que me interessei por ele?

Laís (irritada)- O seu tom, bobinha. Esquece esse rapaz e seu posto médico. Passe amanhã na Prefeitura, temos um cargo pra você.

Telma se irrita, mas nada fala e vai para o seu quarto. Laís suspira e continua a subir as escadas até o quarto.

Laís (para si)- Tô vendo que vem temporal por aí...


(intervalo)


Renata e Natália vão dar uma caminhada pela cidade, e vão conversando sobre suas vidas durante o percusso.

Natália- Ah, amiga, mal dá pra acreditar! Você, finalmente livre, rica e poderosa! Assim que eu gosto!

Renata (rindo)- É... eu não tenho nada pra reclamar... agora é tocar a vida para a frente.

Elas se aproximam da pracinha e Natália vê que estão brincando no seu carro.

Natália- Meu filhos loucos!

Ela corre até lá para apartá-los e Renata para em frente ao mercadinho. Ela o observa por fora, e volta-se para Natália, que apresenta os filhos para "tia Renata".

Renata- Lindos, eles...

Natália- Vou deixá-los ali em casa... você quer...

Renata- Hum... estou com fome... e sede. - ela olha para o mercadinho. - É ali, sua casa, né? Vá seguindo, vou só comprar um lanche aqui e te encontro lá.

Natália (rindo)- Certo! Vamos indo! - ela vai andando e falando. - Ai, ai... gostaram da tia Renata? Ela foi só comprar um lanche no mercadinho e já volta...

Natália para, no meio do caminho, e faz cara de espanto.

Natália (arregalando os olhos; para si)- EITA, o mercadinho! Ih...

Renata entra e vai até o expositor, onde apanha um suco industrializado. Depois, apanha uma coxinha com uma moça no balcão e se dirige ao caixa, que está de costas, contando as moedas.

Renata (informal)- Oi... a Olga mora por aqui ainda?

O homem se vira, e Renata se espanta por completo. É Tarcísio, que fica igualmente perplexo ao ver a ex-namorada ali.

Tarcísio- Vo-Você?

Renata- Você, aqui?

"Ora, vejo que já se fez em casa, não é?"

É Olga, que vem descendo, em direção ao caixa.


(fim do cap. 22)

Nenhum comentário:

Postar um comentário