Capítulo 21 - Duelo de Irmãs
Renata parece perplexa com a cena. Paulo tenta se esquivar do olhar da morena, enquanto Laís está completamente atônita.
Laís- Você! Aqui! Você fugiu da prisão, queridinha?
Renata- Não precisei disso, Laís. Eu cumpri minha pena e estou livre.
Laís (debochando)- Nossa, então devemos rever nosso sistema judiciário para punir mais.
Zaíra (intrometida)- Nojentinha sua irmã, Rê...
Laís- E você quem é, é empregada?
Paula (alto)- Chega vocês!
Ele se impõe entre as duas, mas Laís empurra o marido para o lado para peitar a irmã.
Renata- Conseguiu... fisgou o prefeito, Laís. Parabéns... o quê você fez pra conseguir isso? Engravidou dele?
Laís- CALE SUA BOCA, sua marginal! Quem você pensa que é pra falar de dignidade comigo, sua assassina!
Paulo (se impondo novamente)- Parem, vocês duas! Vão botar essa casa abaixo!
Laís tenta avançar, mas Paulo contém a esposa firmemente. Renata recua e passa a mão na cabeça, irritada. Zaíra tenta fazer os outros dois saírem.
Paulo- Não, me desculpe... (para Renata)- Eu vim aqui para tratar de negócios... ou melhor... preciso saber dos seus negócios...
Laís- Você só pode estar de brincadeira, Paulo! - ela dá uma risada enorme - É claro que você vai proibir que essa rameira ponha o muquifo que ela queria nessa cidade!
Renata- Seria muita idiotice atrasar o progresso nessa cidade, não acha?
Paulo- Isso iremos ver com calma! Podemos... entrar?
Renata- É... claro. Só peço que essa senhora se recolha.
Renata aponta à Laís, que fica revoltada.
(intervalo)
Laís dá uma gargalhada e tenta avançar mas Paulo barra a esposa.
Laís- O quê é isso, Paulo?! Tá tentando insinuar alguma coisa?
Renata- Ele apenas não quer você presente, querida, e nem eu quero.
Laís- Isso é o cúmulo! Você não...
Zaíra (gritando)- SAI PRA LÁ! Sai, exú!
A negra barra a primeira-dama, que se irrita e acaba urrando de fúria.
Laís- Então VAI! Entra nessa casa velha e fedorenta, eu duvido que saia saudável daí! Vai, entra logo! E volta a PÉ! Eu vou levar o chofer! Sai, me solta!
Ela se desvencilha de Zaíra, que dá uma gargalhada e entra no casarão.
Longe dali, na pracinha...
Romero está jogando dominó com uns amigos pescadores. Acaba perdendo, e lança as pedras no tabuleiro com força.
Romero- Droga! Estou numa maré de azar!
Ele se levanta e faz que vai atravessar a rua, mas o carro de Laís quase o atropela, e ele cai, xingando.
Romero- Que droga é essa?
Laís (aparecendo na janela traseira)- Levanta daí, seu bêbado! Entre, estou precisando falar com você!
Romero- Você! Quer falar comigo?! Que milagre é esse?
Laís- Entre logo, é sobre a vagabunda da sua filha!
Romero se espanta e cala a boca. Os amigos dele percebem a hesitação e olham para o líder dos pescadores, que se levanta e entra no carro.
(intervalo)
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