(Em Breve) - Minissérie "Velha Guarda"

E aí gente boa!

Tudo bom?

Seguinte, "8 ou 80" tá acabando... aos trancos, mas tá. Estou feliz com o quê escrevi e espero que quem leu, tenha gostado.

Mas tudo precisa continuar, e então quando acabar a atual minissérie vou ocupar seu espaço com "Velha Guarda".

A nova minissérie terá como tema central quatro idosos e suas famílias. Eles se reúnem numa praça para jogar dominó, antiga paixão deles, e comentam tudo o quê acontece em suas vidas, tentando, em conjunto, arrumar soluções para as mesmas.

Espero que gostem, é um tipo de "escrita séria" que eu estou tentando fazer e estou me alegrando com os resultados!

Até mais!

(Em Breve): Histórias da Mansão - Personagens

ANA PAULA OLIVEIRA (15 anos/ 36 anos): Aos quinze, uma garota mimada e confusa. Namora com Daniel e o ama. Porém é estuprada, engravida e tem gêmeos, Bianca e Augusto, que supostamente morreu no parto. Casa-se com Daniel, que não a abandonou, e têm com ele Danilo e Raíssa. Porém, os vícios do marido fazem os dois se divorciarem e, iludida, Ana Paula vira freira. Anos depois, aos 36, está ainda mais confusa e não sabe se ainda quer o sacerdócio. É madrinha de Bernardo, e vê nele o filho que não teve. Nunca esqueceu a morte do filho e ainda chora por isso.

DANIEL SALVATORE (18 anos/ 39 anos): Antigo namoradinho de Ana Paula, é de família humilde. Sempre a amou e ficou à seu lado quando ela engravidou. Formou-se em direito e virou advogado nas empresas da família de Ana Paula, fato que nunca o agradou. Más amizades o levaram ao vício do álcool e da cocaína, que o fizeram se separar de Ana Paula, que fez os filhos Raíssa e Danilo se intrigarem com o pai. Anos mais tarde, já aos 39, recupera-se dos vícios e, ainda amando Ana Paula, faz de tudo para receber apenas o perdão dos filhos e dela.

DANILO SALVATORE (19 anos): Filho de Ana Paula e Daniel. Nunca perdoou o pai pelos seus vícios, e apanha dele mesmo com o pai recuperado. É uma boa pessoa. Nunca foi o melhor em tudo e sempre ficou na sombra dos seus primos mais talentosos. Acaba virando cúmplice das armações de Vítor, porque não tem coragem de delatá-lo. Apesar disso, tenta várias vezes mudar o rumo dos planos do primo. Não tem uma grande ambição de vida e por isso não é bem visto pelo pai, que bate nele. É triste por não ter a inteligência da irmã, Bianca.

BIANCA OLIVEIRA (21 anos): Garota prodígio, acabara de se formar em contabilidade. É o orgulho da mãe e do pai e ofusca os irmãos. Porém, é uma garota solitária e se culpa por achar que viveu no lugar do irmão Augusto, supostamente morto ao nascer. É muito amiga da mãe e às vezes faz as vezes de conselheira para ele. Escuta os planos de vingança de Vítor contra Ronaldo e acaba se dando mal.

RAÍSSA OLIVEIRA (16 anos): Filha mais nova, é simples e romântica, mas nada mimada e sabe o valor da vida. Conhece Luan, um estagiário do Grupo Oliveira e começa a namorar com ele. Porém, após uma balada, acorda na casa do rapaz em dúvida sobre o que aconteceu. Teme ficar grávida e sofrer o mesmo que a mãe sofreu.

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RONALDO OLIVEIRA (30 anos/ 51 anos): Filho mais velho dos Oliveira, maior acionista e presidente do Grupo Oliveira. É um homem aparentemente autoritário e rude, mas sua carapaça de "patriarca" esconde um homem inseguro e ressentido pela morte da mulher Mayara, que morreu após o parto da filha mais nova, Isabela. Também é pai de Bernardo e Henrique, que estuda no exterior. É o melhor amigo do filho Bernardo, que não tolera o fato do pai levar garotas de programa para a mansão.

ANDRÉ OLIVEIRA (27 anos/ 48 anos): A ovelha negra entre os herdeiros dos Oliveira. É o eterno playboy. Porém é um competente profissional nas empresas da família, além de ser um homem correto. Vira e mexe leva uma nova garota para a mansão afim de mostrá-la à família. Após um tempo, se encanta com Leonora, a protegida dos Oliveira que volta para a mansão após alguns anos estudando fora, fato que desagrada Ana Paula e Ronaldo.

PAULO OLIVEIRA (45 anos): Excelente advogado, trabalha para as empresas Oliveira, embora já tenha se metido em algumas picaretagens, acobertadadas pela esposa, Luana. Pai de Vítor, nunca foi um exemplo de pai, e sempre deu o quê o filho quis, dando a falsa impressão de dinheiro. Costuma passar muito tempo no trabalho, fazendo que a esposa viva querendo pular a cerca...

LUANA OLIVEIRA (40 anos): Bonita, muito fogosa e um tanto perua, Luana nunca se contentou só com o marido e dá várias puladinhas de cerca. Mãe de Vítor, sempre negligenceou o filho em favor de si mesma, mimando-o e deixando-o mal acostumado. Se irrita quando o marido passa muito tempo no trabalho e fica de olho no jardineiro da mansão, Arthur. É de caráter duvidoso, e capaz de fazer tudo para realizar seus objetivos.

VÍTOR OLIVEIRA (18 anos): Rapaz alto, branco, olhos negros e penetrantes. Mal acostumado com a vida, é autoritário, ignorante e grosso com todos. Têm inveja da atenção dada pela família (e os próprios pais) pelos outro primos. Foi "humilhado" por Ronaldo no colégio e, rancoroso, jurou vingança, que só existe para si. É sempre alertado sobre suas ações por Danilo, e sempre o repreende. Não sente a mínima emoção pela mãe e pelo pai, e acha quase tudo um tédio. Decide acabar com tudo que faz Ronaldo feliz para satisfazer sua vingança.

LEONORA BATISTA (26 anos): Garota de origem humilde, é filha de uma antiga empregada da mansão que, mãe solteira, acabou morrendo no parto. Os Sr. Oliveira decidiram criar a menina, que hoje é formada em nutrição. Tem grande afeição por Ana Paula, e pelos primos Bianca e Bernardo. Esconde uma paixão enorme por André, que considera sendo um "tio" pra ela, mas não resiste e passa a seduzí-lo, depois de assumir que gosta de homens maduros. 

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BERNARDO OLIVEIRA (26 anos): Arquiteto já renomado, casou cedo com Jéssica e é pai de Carol  e Alice. É o melhor amigo do pai, e ambos se respeitam. Embora o relacionamento dos dois tenha entrado na rotina, Bernardo é romântico e ama a mulher. É afilhado de Ana Paula e a vê, às vezes como a mãe que morreu, embora viva dando conselhos à madrinha. Conhece Juliana após a cardiologista salvar Carol na piscina do prédio e cria uma enorme gratidão por ela, que vai se tornando paixão com as investidas da médica.

JÉSSICA GONÇALVES OLIVEIRA (24 anos): É bonita, morena, quase negra, e uma ótima mãe para Carol e Alice. Pouco discute com o marido, Bernardo, e acha que a relação deles é 'boa demais". Percebe o interesse de Juliana pelo marido, mas só se entristece quando o marido confirma que a traiu. Ao se separar, vai morar com a irmã, Priscila, e conhece Thiago, um enfermeiro que se interessa por ela.

JULIANA CARDOSO (30 anos): Médica, cardiologista, é estéril e inconformada com isso.. Embora médica é muito desequilibrada emocionalmente, principalmente por não ter se dado bem na sua vida pessoal. Viu várias amigas se casarem e nunca se conformou de ter ficado solteira. Conhece Bernardo, o arquiteto projetista de seu prédio, e se encanta por ele. Tem inveja de seu casamento com Jéssica, e o deseja para si. Com raiva que não pode ter filhos, maltrata as duas filhas de Jéssica como vingança.

THIAGO ALVES (27 anos): Enfermeiro, cuida de Juliana, sua prima em terceiro grau, quando ela sofre um acidente. Conhece Jéssica por acaso e se interessa por ela. Tem pequenos embates com Bernardo. Apesar de saber tudo que Juliana faz, tem um laço afetivo forte por ela.

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PATRÍCIA OLIVEIRA (47 anos): Irmã mais velha de André e Paulo, é casada com Osvaldo, um homem rude e bronco. É ligada a filantropia, e junto com a irmã Ana Paula faz muitas obras de caridade. É a mãe de Sarah e a apóia incondicionalmente quando ela fica paralítica. Tem o problema de comer doces descontroladamente, o que irrita o marido, que vive discutindo com ela. Discute muito com Vítor, que pensa em colocá-la como uma de suas vítimas.
OSVALDO TREVINO (50 anos): Marido de Patrícia, é muito amigo de Ronaldo, André e Paulo. Mal caráter, sempre dá desfalques nas empresas Oliveira, algumas vezes com Paulo. Sempre desejou um filho homem, mas após o parto de Sarah, Patrícia ficou estéril e isso gerou muita confusão entre os dois. Tem vários casos extraconjugais. Vive brigando com a mulher por causa de sua obssesão por doces, e nega a filha quando ela fica paralítica.
SARAH TREVINO (15 anos): Adolescente viva e estudiosa, é filha de Patrícia e Osvaldo. É triste pelo pai não gostar dela, e repreende a mãe quando ela não para de comer doces. É apaixonada pelo primo Henrique, filho adotivo de Ronaldo, e compartilha esse segredo com a prima Raíssa. Após um acidente voltando da escola, fica paralítica e tem que enfrentar as dificuldades dessa vida.

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ARTHUR GONÇALVES (27 anos): O jardineiro da mansão, é pobre e nunca se conformou ter deixado os estudos para ajudar a sustentar a casa. É filho de Edmundo e Raquel. Ama a mãe e faria de tudo pra protege-la. Discute muito com Wagner, seu irmão, quando ele vai trabalhar de faxineiro na casa dos Oliveira, principalmente porque ele cede aos encantos de Luana.
WAGNER GONÇALVES (21 anos): Filho mais novo e adotado de Raquel e Edmundo. Ao contrário do irmão Arthur, é bom caráter e batalhador. Faz de tudo um pouco e sonha em cursar, algum dia, engenharia mecânica, seu sonho. Sabe que é adotado, e nunca teve problemas com isso. Conhece Ana Paula quando ela o atropela. Após quebrar o braço do rapaz, ela resolve lhe dar um emprego de faxineiro e não sabe como isso vai mudar a sua vida.
RAQUEL GONÇALVES (45 anos): Mulher de Edmundo, sofreu muito na vida. Sempre foi bela, mas repreendida pela vida e pelo marido, vive sem esperanças. Guarda um segredo sobre Wagner.
EDMUNDO GONÇALVES (50 anos): Atualmente tem um fiteiro que mal sustenta a casa, mas esconde um mal passado como assaltante e uma menina que estuprou...   

Música

E aí, gente, beleza?

Vamos começar essa sexta feira, com a nova música padrão das sextas feiras: "Last Friday Night (TGIF)" da Katy Perry.

Até mais! E curtam seu findi!

8 ou 80 (Penúltimo Capítulo)

Capítulo 19 - Decisões

Alice sai do escritório de Jordano absolutamente feliz; tira os óculos e balança o cabelo, batendo em Davi, que vinha atrás.

- Ai! Desculpa, Davi... mas quem manda me seguir?

- Queria vir te proteger... - responde o rapaz, tímido.

- Não preciso de proteção vnte e quatro horas por dia, queridinho.

- Precisa de um cara do teu lado, não é mesmo?

Alice olha, erguendo as sobrancelhas, com um sorrisinho no rosto.

- Que insinuação abertamente explícita foi essa agora?

Ele não tem tempo pra responder. Um rapaz alto, com barba por fazer e com cara de quem se arrumou apressadamente surge na frente deles. Alice se espanta.

- Ricardo! - ela fica chocada com o estado do amigo. - Bicha, que cara é essa?

Ricardo olha dela pra Davi, que se sente incomodado.

- Eu vou... esperar ali na frente, na praça...

Quando Davi está bem longe, Ricardo indica um banco na fachada do edifício, e Alice o acompanha até ali. Ricardo senta-se inseguro, parecendo uma criança. Alice olha penalizada para o amigo.

- Eu... não sei o quê fazer, Alice... nunca ninguém mexeu tanto com minha cabeça assim.

- Eu tô vendo... - comenta ela, um tanto irônica.

- Eu nunca levei um fora daqueles...

- Eu devo admitir que você tava merecendo, amigo... - diz ela, sincera.

Ricardo olha nos olhos da amiga, as lágrimas brotando a cada segundo.

- É uma pena... ele é um cara muito legal. Mas, pelo que acho, você não entendeu a situação em que envolveu o Alexandre.. né?

Ricardo assente.

- Bem... - ela olha pro lado. - Você pegou um cara que era hétero... tinha namorada e tudo, deu em cima descaradamente, não foi? - ele confirma e ela continua. - Então... você baralhou muito a cabeça do cara!

- Eu... eu não fiz nada que ele não quis! - ponderou Ricardo, levemente irritado.

- É... naquela situação ele não iria negar nada. Ele tava ali, envolvido... com um cara que ele considerava um grande amigo... ele... ele esperava mais de você, tá entendendo?

- Tô sim... - diz Ricardo, contrariado.

- Ele é um cara romântico, pelo pouco que a gente conversou eu percebi... ele achou que você fosse também... e eu acho que você pode ser, se quiser.

Alie sorri e faz um carinho no rosto do amigo. Ele diz "obrigado" e, sem mais, se levanta e vai até seu carro, estacionado logo adiante. Alice se levanta e caminha até a praça, onde Davi parece impaciente.

- Que que aquele cara queria contigo?

- Comigo não, queridinho, com outro cara! - ela dá uma risada. - Vamos? Lembra que ônibus é coisa que tem horário!

Sorrindo, Davi a segue e, ao chegar atrás dela, lhe fala ao ouvido.

- E a nossa conversa?

Ela para e se vira, com um sorriso sapeca.

- Mais tarde a gente fala disso.

Ela pisca, põe os óculos escuros e vai embora.

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Wallace vai até a cozinha, abre a geladeira, apanha uma garrafa de vinho que deixara ali anteriormente. Procura o abridor, acha, e está quase abrindo a garrafa quando Fiona surge pela porta. Para e vê o marido. Os dois hesitam.

- Pode falar.

- Não, fala você. - diz Wallace.

Fiona hesita por um minuto. Se senta à bancada da cozinha e apóia a cabeça no braço.

- Queria que você fizesse as pazes com o nosso filho, Wallace.

Wallace olha para a esposa por um minuto, as feições irritadas.

- Me dê um bom motivo, eu juro que estou pensando nessa hipótese.

Fiona respira fundo e anda até o marido.

- Queria te pedir desculpas pela educação dele. Eu sempre fui contra seu trabalho, sua perda de tempo em relação à nós dois e a nossa família. Eu o mimei demais. Eu sempre o protegi de você. É minha culpa ele ser assim hoje. Não, não culpa dele ser gay... - acrescenta ela, quando Wallace tenta falar. - Se ele é gay é porque ele quer ser assim.

- Hum... - fez Wallace.

- E sobre isso, Wallace, nada podemos fazer. - emendou Fiona, com um sorriso astuto. - A questão é: precisamos entender o quê ele está passando. Ele mesmo não me conta muita coisa. Você pensa que eu gostei de ter encontrado ele bêbado caindo na praia?

Wallace faz uma cara de desgosto e diz "Não" baixinho.

- Pois é... mas ele é seu filho e também sofre. - Houve uma pausa, em que ambos olharam para o chão. Então ela prosseguiu: - Eu já fiz as pazes com você, Wallace. Resta você fazer as pazes com o Ricardo.

Agora é Wallace que senta, pensativo, junto à bancada. Apóia a cabeça na mão e fixa um ponto imaginário, pensativo. Fiona repara na garrafa que ele estava abrindo, apanha o saca-rolhas e termina de abri-la. Apanha duas taças e serve para os dois. Wallace desperta de seu transe quando ela bate com a taça na frente dele.

- Bebe um pouco... e pensa.

Wallace toma um gole, sorri para a mulher, e eles se beijam.

- Eu amo você.

- Eu também te amo, Wallace.

Ambos sorriem, e Fiona sai, para pegar um pedaço de queijo na geladeira.

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Laila, que soube pela TV do acidente da tia, passa em casa e encontra Márcia de saída. As duas se abraçam. Laila chora, desesperada.

- Mãe! A tia... a tia...

- Fica calma, Laila. Sua tia já está no hospital...

- Vamos pra lá?

- Vamos sim. O Otávio disse que me encontrava lá...

- Mãe... ela estava no carro com...

- O garoto... - Márcia amarra a cara e fecha os olhos por um instante - Isso vai dar uma confusão horrível.

As duas entram no carro e Márcia acelera logo depois. Mais tarde, quase noite, as duas chegam no hospital, e alguns repórteres estão tomando notas na recepção do hotel. Uma delas nota a semelhança física de Márcia com Melina e a aborda.

- Oi, você é da família da vítima, não é?

- Sim... - comenta Márcia abobalhada, andando apressada.

- Então pode comentar as suposições de que ela seja pedófila, não é mesmo? - emenda a repórter, no mesmo passo que as duas.

Laila se ira; Márcia vai responder, mas a ruiva dá meia volta rapidamente e aponta o dedo no meio do rosto da repórter, que se espanta.

- Chega pra lá, minha filha! Não percebe que a gente quer saber da minha tia? AFASTA! - ela empurra a repórter com o quadril, que cambaleia, mas tenta seguí-las. Laila chega à sala de espera e fecha a porta na cara da repórter. Márcia se senta, nervosa.

- Ainda temos que ouvir esses desgraças que ficam inventado...

- Calma, mamãe. Logo logo vai ficar tudo escla...

Ela se cala. Acabara de notar um adolescente, com o braço direito enfaixado e ataduras na testa. Caio escondia parcialmente o rosto com as mãos. Laila caminhou até ele e se ajoelhou de seu lado.

- Você está bem?

Ele apenas acena com a cabeça. Parece chorar.

- Eu meti ela numa confusão enorme...

Não há tempo para Laila responder. O médico sai pelo corredor e Márcia se levanta de um salto.

- Doutor! Por favor... sou a irmã da Melina... me diga, ela corre algum risco de morte?

- É disso que precisamos falar... risco ela não corre. Os cortes foram feios, ela perdeu muito sangue. E precisa urgertemente de uma transfusão para uma recuperação.

- Transfusão? - repetiu Márcia, desolada.

- Sim... mas o sangue dela é O... o mais raro. Será que você...

- Eu e minha filha temos sangue A... diferente do dela... não podemos doar...

- Eu vou...

Todos olharam para trás quando Caio se levantou e andou até os três rapidamente.

- Eu tenho sangue O. Eu vou doar sangue.

O médico se anima, e já indica o corredor para Caio. Laila porém, se adianta.

- Porque você vai fazer isso?

Caio vira rapidamente e vai andando.

- Porque eu gosto dela. Só isso.

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Filmes: Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Especial Harry Potter)

E aí galera?

Vamos dar continuação ao meu especial Harry Potter, com a crítica do sexto filme.

Harry Potter (Daniel Radcliffe), prestes a começar seu sexto ano em Hogwarts, acompanha o professor Dumbledore (Michael Gambon) até a casa de Horácio Slughorn (Jim Broadbent), um antigo professor de poções, que Dumbledore diz que sua presença na escola é essencial. Após isso é deixado por Dumbledore na Toca, onde reencontra Rony (Rupert Grint), Hermione (Emma Watson) e sente um estranho prazer em rever Gina (Bonnie Wright).

No beco Diagonal, eles topam com Draco Malfoy (Tom Felton) junto da mãe, Narcisa (Helen McCrory), em direção a Borgin&Burke, de artigos de magia negra. Intrigado, Harry o segue depois, no expresso de Hogwarts, mas é surpreendido pelo mesmo, que lhe arma uma emboscada. Felizmente Harry é salvo por Luna Lovegood (Evanna Lynch).

O quê ele não sabia é que Severo Snape (Alan Rickman) fez um Voto Pérpétuo com Narcisa Malfoy, tendo Belatriz Lestrange (Helena Bonham Carter) como testemunha, jurando proteger e, caso seja necessário, terminar a tarefa oculta de Draco Malfoy.

Em Hogwarts, Harry recebe de Slughorn um livro para poções, que já pertenceu a um certo "Príncipe Mestiço". O livro, porém, contém várias anotações, dicas e feitiços do tal príncipe, que na primeira aula ajuda Harry a ganhar a poção da sorte Felix Felicis, para desagrado e surpresa dos outros alunos.

Harry vira técnico de quadribol, mas ele terá que suportar o desagradável Córmaco McLaggen (Freddie Stroma), que fica dando em cima de Herminone e acaba provocando a ira de Rony. Este começa um grudento namoro com Lilá Brown (Jessie Cave). Mas será que o próprio Harry irá perceber seus sentimentos por Gina Weasley?

E será que, mesmo com Dumbledore relutante em relação à isso, conseguirá o jovem bruxo provar que Draco Malfoy é um Comensal da Morte, e que está tramando algo na escola?

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Taí o filme que mais gosto da série, menos apenas que o último. É aqui que a série toma um tom maduro e incrivelmente sombrio. A fotografia está mais amena que no quinto filme da série, talvez para desapegar o filme do clime naturalmente tenso do livro. No campo do enredo, vemos os desenlaces românticos dos personagens principais, rendendo ótimas cenas.

O trio principal, em termos de atuação, está afiadíssimo. Emma Watson está perante os outros dois, mas não há críticas. Gambon, mais uma vez como Dumbledore, está excelente e desempenha um papel maior nesse filme. Maggie Smith entrega também uma ótima atuação, mas limitada pelo roteiro.

Dentre os "novatos", palmas para Helen McCrory, que impõe todo o sentimento de uma mãe à Narcisa, embora sobreposto à arrogância da personagem; e para Jim Broadbent. Sua descrição não é exatamente a do Slughorn imaginado pelos leitores, mas sua atuação basta.

Novamente, tiro o chapéu para Alan Rickman e Helena Bonham Carter. Ele, pela melhor interpretação da série, nos entregando o melhor de Severo Snape, deixando evidente que Snape e Dumbledore têm um segredo, e dando um tom de exaustão à Snape. Já Helena está deslumbrante numa personagem muito bem construída e incrivelmente incrementada por ela nas telas.

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Vos deixo com o trailler do filme:

Até mais!

(Em Breve) Histórias da Mansão - Sinopse

E aí, pessoal, beleza?

Espero que estejam gostando de minhas histórias! As vezes fico sem tempo para atualizar o blog, mas fazer o quê? Enfim, preciso comunicar que a série "As Aventuras de Furiko, a Gueixa" será um tanto adiada. Quero tratar de temas sérios (olha, que coisa mais polida!). Resolvi criar uma minissérie chamada "Velha Guarda", quando acabar 8 ou 80.

Depois falo mais sobre a nova minissérie. Agora fiquem com a sinopse de "Histórias da Mansão".

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Ana Paula é, aos quinze anos, a mimada filha de um rico industrial, Dr. Oliveira. Ela está numa matinê com seus irmãos Ronaldo e André. Após sentir uma forte dor de cabeça, vai embora desnorteada e é abortado por Edmundo, um assaltante.Após revelar que não tem nenhum bem de valor, é violentada pelo bruto e deixada ali. Pouco depois, fica sabendo que engravidou. de gêmeos.

Ela tem os filhos, Bianca e Augusto. Porém Augusto morre após o parto e ela cai em tristeza. Após casar com seu primeiro namoradinho, Daniel, ela tem mais dois filhos, Danilo e Raíssa. Porém, seu marido cai no vício do álcool e após perder o emprego, eles se separam. Ressentida, Ana Paula decide entrar para o convento.

Vinte e um anos depois, Ana Paula mora na enorme Mansão Oliveira com os irmãos. Ronaldo, viúvo desde a morte de sua esposa Mayara, controla as empresas da família com pulso firme, mas esconde um homem de personalidade fraca. André virou o eterno playboy, e depois de um tempo fica se engraçando com a jovem Leonora, uma órfã que os Oliveira, conhecidos pela filantropia, acolheram em casa.

Na mansão também moram Paulo, irmão do meio de Ronaldo, e sua esposa Luana. Esta é uma mulher fogosa que resolve todos os problemas com o marido na cama e vive atrás de todos os homens que ela julga "bonitos". Um deles é o jardineiro da mansão, Arthur.

A irmã mais velha de Ana Paula é Patrícia, uma socialite que tem queda por doces e vive desagradando o marido, Osvaldo. Ele é um advogado ladrão que trabalha para Ronaldo e anda às turras com a mulher. Quem não gosta muito disso é Sarah, a tímida filha do casal.

Temos também a história de Bernardo, arquiteto já famoso e filho de Ronaldo. Ele casou-se cedo com Jéssica, e tiveram duas filhas, Carol e Alice. Mas a paz do jovem casal será abalada por Juliana, médica que, ao salvar a vida de Carol, se encanta com Bernardo e fará de tudo para ser a nova esposa dele.

Mas o quê Ronaldo não sabe é que em sua casa ele abriga um psicopata. É Vítor, filho de Luana e Paulo. Metido a rico, foi humilhado à alguns anos no colégio por causa do seu tio e nunca perdoou esse fato. Tendo seu primo Danilo como cúmplice, Vítor está pronto para iniciar uma minuciosa "vingança", com o único intuito de machucar Ronaldo naqueles que o fazem bem.

E mais... Ana Paula não sabe, mas o jardineiro da mansão tem laços com ela que podemos chamar de "familiares"... será que tem algo a ver com Wagner, o esforçado e jovem irmão dele?

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(continuação, cap 11)

Então, dezoito anos se passam...

Renata acorda com o sol batendo no rosto dela. Ergue as mãos, limpa a face e dá um leve sorriso. Chegou o seu dia, como disse Zaíra.

Levantou-se, olhou-se no espelho. Sua versão envelhecida da alegre menina a encarou, com pequenas olheiras. "Não estou tão feia", pensou ela. Havia anos que não olhava aquele espelho.

Apanhou uma esponja e começou a se limpar. Depois, buscou no pequeno armário uma sacola com as roupas que Zaíra lhe dera na sua última visita, apanhou-as e as vestiu. Olhou-se no espelho. "Tô parecendo uma cinquentona", espantou-se ela. Minutos depois, Lucimar, a carcereira, apareceu.

Lucimar (com um pequeno sorriso)- Oi, Renata. Vamos? Já pode sair.

Renata apanha suas coisas e segue ligeira Lucimar. Algumas presas acordadas batem palmas. Celeste, a outra carcereira, dá uma longa e rancorosa olhada para a morena, que apenas acena com a cabeça.

Lucimar- Olha... acho que isso vai lhe servir...

Ela lhe entregou um pedaço do jornal com os classificados.

Lucimar- Anotei aí o número de um abrigo de mulheres... aqui perto, mas já é alguma coisa.

Renata- Obrigada, Lucimar.

Ela aperta a mão da carcereira e se dirige ao portão. A luz ofusca sua visão quando o portão é aberto. O barulho dos carros chega à suas orelhas e ela sorri com isso. Anda até a calçada, e o portão é fechado. Ela olha para os lados, vê prédios, árvores, até pássaros. Sorri.

Renata- É... vambora!

Tenta dar um passo à frente para cruzar a rua, mas o sinal abre e é levemente atingida por um luxuoso carro prateado.

(intervalo)

Donato- Para! Para esse carro, Marcelino! Quem é essa?

Donato apanha sua bengala e sai do carro, mancando pesadamente, até o ponto onde Renata caíra.

Donato- Desculpe... er... você está bem?

Renata- Porcaria... mal saio da prisão já levo uma pancada!

Donato- Prisão...? (ele olha para a direita e vê os muros do presídio)

Renata- É, prisão, moço... olha, tô boa... pode seguir seu caminho.

Ela cruza a faixa de pedestres. Marcelino, o motorista, sai do carro.

Marcelino- O senhor está bem, seu Donato?

Donato- Pare... aquela mulher. Diga a ela que eu quero conversar com ela.

Dito e feito. Marcelino correu e trouxe Renata, que veio relutante e impaciente. Donato abriu a porta do carro para ela e Renata entrou.

Renata- O senhor nem pra sair do carro pra ir atrás de mim...

Donato- Minha condição não permite, senhora...

Renata- Senhora... que estranho. (ela dá uma risadinha)

Donato- Posso lhe fazer algum favor, minha filha?

Ele parece espantado com sua fala, mas confiante. Renata se espanta ainda mais e se vira para ele.

Renata- Isso é algum tipo de pegadinha, moço?

Donato (hesitante)- Não... é algo que eu nunca fiz na vida... pode me ouvir?

Renata estranha aquelas palavras e não sabe o que faz.

(fim do capítulo 11)

Homem ao Chão

Capítulo 11 - 18 Anos de Amargura

Renata acordou, no presídio. Se passaram três meses da suposta morte de sua filha. Deitada, ela se vira para a parede, onde está seu único pertence: uma antiga foto sua com Tarcísio, Natália e Juvêncio, os quatro num barquinho em Praia Verde. Zaíra estava se vestindo com uma certa pompa e Renata estranhou.

Zaíra (feliz)- Oi, amiga. Bom dia.

Renata apenas acena com a cabeça. Magra, com os cabelos desgrenhados, parece horrível.

Renata- Está se arrumando?

Zaíra- Com o quê a minha prima trouxe. É hoje, amiga. Meu dia.

Renata- Não... não tô entendendo. (passando a mão no rosto)

Zaíra (sorrindo)- Hoje eu vou ser libertada.

Renata sorriu. Um belo rosto aparece nas suas feições magras e sujas. Ela se levantou e abraçou Zaíra com toda sua força.

Zaíra- Obrigada, amiga!

Renata- Não acredito! Mesmo!

Zaíra- E escuta, eu vou vir aqui todo fim de semana te visitar. Tá certo?

Renata- Tudo bem...

As duas se olham por longos segundos. Então, Celeste aparece com uma cara mal-humorada mandando Zaíra sair. A negra sai, chorando, e Renata cai no choro por estar novamente sozinha.

Renata- E agora, o quê será de mim?

(intervalo)

Muito longe dali, em Praia Verde, a Igreja local está cheia e decorada. Parada dentro de um carro, está Laís, vestida de noiva, cheia de joias e uma extravagante tiara nos cabelos negros. Olívia esta ali, carregando a pequena Thelma nos braços. A menina está dormindo.

Olívia (impaciente)- Ande, Laís, seu... noivo está impaciente.

Laís (irritada)- Ah, que saco, mãe, vamos melhorar essa carinha? É o meu casamento... e você não pode estragar isso, está bem? (sorrindo afetadamente)

Olívia- Você só está casando porque essa menina está nos meus braços! Por uma farsa!

Laís (alteando a voz)- E você não fará nada pra impedir! Cale a boca! Ah, olhe! - diz ela olhando para Thelma. - Você acordou ela!

Olívia (histérica, erguendo a menina)- Eu acordei ela?

Laís- Claro que sim! Anda, sai! Vai fazê-la dormir e avise que eu estou saindo!

Olívia hesita, as feições furiosas. Mas sai da limousine e deixa a filha sozinha. Laís sorri para sua imagem no espelho afixado no teto do carro.

Laís- Ai, ai... o futuro começa agora!

(intervalo) 

Música

E aí, pessoas, beleza?

Vamos ouvir essa música da futura mamãe Beyoncé, chamada "Countdown". É uma das melhores batidas que eu já ouvi, pelo menos nos últimos anos. Tem tudo pra ser sucesso. E aproveite e veja o ótimo clipe que a Beyoncé fez... e a barriga dela =).

Até mais!

8 ou 80 (Últimos Capítulos)

Capítulo 18 - A Retomada

Otávio ofecereu uma carona (rapidamente aceita) para Laila, quando ela estava saindo para a universidade. ("Aceito, claro! Estou afim de chegar linda e perfumada na universidade", disse a ruiva.)

-Ali, na frente... meu bloco é aquele.

- Certo... - concordou Otávio, fazendo a curva. - Bom dia pra você!

Ela sorriu, agradecida. Saiu do carro e vislumbrou Tiago, que tentava, atrapalhado, abrir a porta do carro. Ela lhe lançou um olhar de secar planta e ele deixou cair vários livros no chão.

Dando uma grande coçada atrás da orelha, Tiago se agaixa, desajeitado. Laila se afasta rapidamente.

Otávio, ao ver a cena, para o carro e sai, para ajudar Tiago.. O rapaz não ve o estagiário.

- Aqui... eu ajudo.

- Quem é você... ah! - ele reconhece Otávio.

Tiago levanta, os braços carregados de livros, a cara confusa.

- Tá fazendo o quê aqui?

- Você tem um tempo? Precisava falar contigo.

Tiago hesita, mas balança a cabeça e resolve seguir Otávio, que indica o próprio carro.

- Escuta, se a Laila mandou você falar mal...

- Cara, eu não quero o mal de ninguém. Não vou falar mal de ninguém.

- Então porque quer falar comigo se não foi a Laila que mandou você? - indaga Tiago.

Otávio faz uma careta, mas vira para o outro.

- Cara, você não sabe a mulher que tá perdendo...

- Eu não tô perdendo a Laila...

- Está sim, e sabe disso. - Otávio replica suavemente. - Você não quer passar pelo seu orgulho e, bem... pelo seu curso... pra admitir isso.

Tiago se rebela.

- Não é só meu curso! - fala, coçando furiosamente a orelha. - É minha paixão!

- Será mesmo? Vale a pena morrer... por exemplo, por Einstein?

- Ahn... Einstein está morto!

- Então... viva o presente!

- Como assim? - pergunta Tiago confuso.

- Fique com a Laila! Ela te ama, cara, ela é doida por você! Olha pra ela! Não é mais aquela fada esotérica!

Tiago sorri.

- Não é mesmo... está linda...

- Então?

Otávio faz uma cara de indagação e sorri pra Tiago.

- Cara, ela mudou... talvez não pra você, mas você gostou disso. É sua hora de mudar por ela.

- Mas... meu mestrado, e minhas teses...

- Suas teses são coisas que podem levar tempo, mas a paixão que a Laila tem por você pode acabar em breve... - Otávio faz cara séria. - Pensa nisso cara... agora eu tenho que ir. Se não se incomoda...

Tiago rapidamente sai do carro, olhando fixamente para Otávio e fica pensativo.

- Eu posso mudar... eu consigo.

- - -

Melina volta para onde estacionou o carro e encontra Caio, que a espera, com a cabeça baixa. A professora faz uma cara de desdém quando o vê, mas mantém o ar hesitante.

- Oi Caio.

O menino se mantém silencioso. Melina para um instante, depois se encaminha para a porta e a abre, mas Caio segura o pulso dela.

- Espera. Me deixa falar.
- Então entra no carro. Estou com pressa e não quero conversar aqui. - Melina se solta e já vai entrando no carro.

Caio a segue, e logo os dois estão em alta velocidade. Caio parece decidido.

- Olha só... - ele começa. - Eu queria esclarecer tudo...

- Esclarecer?

- Bem... como dizem... botar em pratos limpos.

Melina dá uma risadinha.

- É uma expressão meio velha pra você, não acha?

- Ah, corta essa! - ele se irrita. - Eu quero resolver a situação da gente, Melina!

Melina olha com completo desdém para ele.

- Você agora está falando como "gente grande", né? Quer bancar o machão de verdade agora? - ela se distrai levemente, olhando furiosa para Caio.

- Não é nada disso, eu só quero livrar... Melina, olha pra frente!

- O quê...?

É tarde demais quando Melina se vira, e o pneu do carro acaba por esbarrar no meio fio; Melina tenta puxar o volante mas colide com um ônibus, que joga o carro de volta para o meio fio, fazendo-o capotar.

Após girar no ar duas vezes, o carro se arrasta por uns quinze metros pela calçada e colide com uma árvore, que o faz parar e cair sobre os galhos e folhas secas que ali haviam.

Caio, que protegeu a cabeça com os braços, se desvencilha do airbag do carro, que já esvaziara. Com um corte no supercílio, um no braço esquerdo e outro na barriga, mas ileso. Porém, olha para o banco do motorista e vê Melina, ensanguentada e inconsciente.

- Melina... MELINA!

- - -

Alice aguarda nervosa do lado de fora da delegacia. Junto dela, estão Cleide e Davi, que insistiu em acompanhá-la.

- Não precisava ter vindo, Davi.

- Menina, o rapaz presenceou tudo e só está realizando seu dever de cidadão. - Cleide o defendeu.

Davi apenas sorria, encabulado. Alice parecia irritada e nervosa.

- Que foi minha filha, que afobação é essa?

- Quero ver se esse safado vai mesmo cumprir com o acordo da gente. Já retirei a queixa. Agora quero ver ele cumprir.

- Nunca pensei que Dr. Jordano fosse capaz disso tudo...

- Que "doutor Jordano" o quê?! - ela se revolta. - Isso aí a gente chama de safado!

Pouco depois, sai Jordano da delegacia, visivelmente irritado. Olha de Cleide à Alice, e encara a modelo com vigor.

- Então, satisfeita?

- Não até ter a minha herança de volta. Você sempre foi um homem rico, titio Jordano, não precisava tomar o quê é meu.

- Olha aqui, sua... - ele começa.

- Olha aqui nada! - Alice ergue o rosto, triunfante. - Você prefere a cadeia, titio? Eu tenho fotos e até vídeos até dizer chega! Você está na minha mão! Se você quer se ver livre de mim e do xadrez, é bom me devolver nada e, olhe bem, nem eu nem você gastamos com advogado!

Alice sorri, radiante. Cleide deixa escapar uma risadinha desdenhosa e é acompanhada por Davi. Jordano faz cara feia.

- Muito bem. Apareça no meu escritório na segunda feira que vem...

- É tempo demais, queridinho! Dá tempo pra você fugir! - Alice fica revoltada.

- MUITO BEM! Amanhã, tá bom pra você?

Alice sorri, triunfante.

- Amanhã está perfeito. Au revoir, queridinho!

Ela sai, puxando Cleide e Davi. Jordano fica indignado e anda para o próprio carro.

- Não posso negar, ela fez a lição de casa.

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Breve: "Histórias da Mansão"

E aí pessoal, beleza?

Sinto que já posso escrever três histórias ao mesmo tempo. Vamos continuar com um texto grande e uma minissérie de uns 15 capítulos.

Vou acrescentar mais uma trama à "grade da programação" (!) do blog, uma novela que escrevi em 2007, chamada "Histórias da Mansão". Estou fazendo algumas modificações para deixá-la mais verossímel, afinal... com 14 anos a pessoa é um tanto sem noção, concordam?

Abraços! Até mais!

Filmes: Harry Potter e a Ordem da Fênix (Especial Harry Potter)

Cá estou, novamente, para dar continuidade ao meu especial. O quinto filme da saga foi lançado em 2007.

Aos quinze anos, Harry Potter (Daniel Radcliffe) se vê desacreditado e solitário num dos mais tediosos verões da sua vida. Mas após ser atacado por dementadores e quase ser expulso de Hogwarts, Harry finalmente toma conta do que está acontecendo no mundo dos bruxos.

Após ser transferido para a sede da Ordem da Fênix por sua "guarda pessoal", onde conhece Kingsley Shacklebolt (George Harris) e Ninfadora Tonks (Natalia Tena), ele descobre, junto de seus amigos Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson), que Lord Voldemort (Ralph Fiennes), agora de volta, está formando um exército novamente, junto dos seus Comensais da Morte. Também fica sabendo que o ministro da Magia, Cornélio Fudge (Robert Hardy), temendo Voldemort, está fazendo de tudo para manchar o seu nome e o de Alvo Dumbledore (Mchael Gambon).

De volta à Hogwarts, os três amigos descobrem que há uma nova professora de Defesa contra as Artes das Trevas, Dolores Umbridge (Imelda Staunton), que ele reconhece trabalhar para o Ministério, desde sua audiência. Durante seu discurso, eles constatam que Fudge está tentando interfirir em Hogwarts.

Após várias aulas em que a nova professora tenta repelir o uso e a prática de feitiços, o trio descobre por meio de Sirius Black (Gary Oldman) que Fudge não quer que os alunos treinem combate, pois pensa que Dumbledore está tentando tomar o ministério da Magia.

A partir daí, Harry, Rony e Hermione tem a ideia de juntar aqueles alunos que desejam realmente aprender a se defender de Voldemort e seus Comensais, entre eles, o medroso Neville (Matthew Lewis) e a excêntrica Luna Lovegood (Evanna Lynch). E Harry ainda percebe o seu interesse em Cho Chang (Katie Leung), que também entra para a chamada Armada de Dumbledore.

Mas o estranho distanciamento de Dumbledore, os estranhos sonhos envolvendo uma enorme cobra, uma porta preta e o Lorde das Trevas, encabeçados por suas aulas de Oclumência com Severo Snape (Alan Rickman), servem para confundir ainda mais Harry, que o leva a descobrir a profecia que uniu sua vida à de Voldemort, e que ditará o seu futuro, vivo ou morto.

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Após um quarto filme de gosto duvidoso, de clima festivo e cheio de altos e baixos, os produtores encarregaram a direção à David Yates. O clima sombrio e a fotografia soturna introduzida por Alfonso Cuarón no terceiro filme, e o filme foi elogiado por isso.

Quanto ao roteiro e o ritmo do clipe, algumas críticas. Os cortes em relação ao livro foram numerosos, mas sem dúvida, necessários para deixar para a narrativa principal fluir, afinal, não é fácil adaptar um livro de mais de 700 páginas em pouco mais de duas horas de filme.

Tenho uma leve crítica aos "voos" dos Comensais da Morte. Não gostei disso. Não gostei do fato deles serem extreordinariamente superiores em combate do que os adolescentes, já que no livro mostra claramente que os Comensais duelam praticamente de igual pra igual. Talvez tenha sido uma estratégia para o clímax quando a Ordem da Fênix chega para o combate, aí sim, uma cena muito boa, com direito à Gary Oldman socando a cara de Jason Issacs.

Issacs está, aliás, muito seguro em seu papel, mostrando toda a soberba que o personagem possui. Alan Rickman, novamente inspirado em sua interpretação de Severo Snape, rouba as cenas que aparece. Temos também Helena Bonham Carter entrando na série com pé direito, com sua inspiradíssima interpretação de Belatriz Lestrange, que seria cultuada pelos fãs da série até seu fim.

Mas destaco mesmo a Dolores Umbridge de Imelda Staunton. Difícil pensar uma Umbridge diferente dela. As caras e bocas e os trejeitos do personagem, e sua mente perversa e doentia está muito bem representada por Imelda, que criou a grande vilã do filme, mesmo havendo uma participação de Ralph Fiennes e seu Lord Voldemort, que fica em segundo plano no quesito vilania, mesmo numa belíssima cena de duelo com Dumbledore, também muito bem defendido por Gambon.

Abaixo, o trailler do filme:

Valeu, gente!