(continuação, cap 20)
Romero fica bem próximo de Olívia, mas ela não recua.
Romero- Agora deu pra se revoltar, Olívia?! Nunca fez isso, por que deu pra fazer isso agora, hein?
Olívia- Me solta, Romero...
Romero (gritando)- CALA A BOCA! Agora pega o avental e vai fazer meu almoço! Anda!
Ele empurra a mulher contra a geladeira, que estremece.
Romero- Não queria que eu sentasse aqui? Pronto, sentei! - e se senta. - Agora trata de acabar esse almoço, que eu tô com fome e quero ir atrás desses riquinhos!
Ela obedece, com medo. Romero a observa, com raiva.
Numa velha mansão...
O caminhão acaba de descarregar e os ajudantes estão ajeitando os pertences na casa. Zaíra e Renata estão na frente dela, e a morena sorri para a amiga.
Renata- Eu não vou mentir... essa casa sempre me atraiu. Eu sempre quis morar aqui!
Zaíra- Foi sorte achá-la à venda, não?
Renata- Eu sabia que isso aconteceria, no passado eu lembro que os donos morreram, e os filhos brigaram pela herança. Eu sabia que ia acabar à venda algum dia.
Zaíra- Agora é sua! - e sorri. - Vamos, vamos para seu quarto!
Renata- Isso é bom de se ouvir, vamos!
As duas entram, sorridentes. Vão andando e se divertem arrumando a nova casa.
Algumas horas depois, enquanto improvisam um almoço na varanda, Zaíra avista alguém na porta da casa.
Zaíra (estreitando os olhos)- ... é..., tem um carro lá... parece oficial.
Renata- Oficial... Será o prefeito?
Zaíra e Renata se entreolham, e a mais velha se levanta para atendê-los.
(intervalo)
Na estação de trem da cidade...
Leonor- Uh... que calor horroroso, meu Deus! Não tem nenhum arzinho aqui?
Angelo (constrangido)- Não precisa do exagero, mamãe...
Leonor- Ahn... vou ao toalete, ver se consigo me aliviar um pouco, já volto...
Angelo fica indiferente e a mãe sai. Ele percebe que o cadarço do sapato o desamarrou e se agacha para amarrá-lo. Logo após, se levanta e tromba com Telma, que está chegando do último trem.
Angelo- Desculpe!
Telma- Não, desculpe você! Estou muito distraída...
Ele ajuda recolhendo a bolsa dela e sorri, entregando para ela.
Telma- Obrigada... - e vai se virando.
Angelo- Espera!
Telma se vira, educadamente.
Telma- Pois não?
Angelo- Eu sou novo aqui... estou procurando um lugar pra ficar, uma pousada, hospedaria, albergue, qualquer coisa... poderia me dar uma ajuda?
Telma (sorrindo)- Ah, sei sim! Tem a pensão da dona Nena! Aqui... - ela puxa o celular da bolsa, e procura o número na lista de contatos. - Eu vou te dar o número, anota aí...
Angelo (vidrado por ela)- C-Certo... aqui... Obrigado! Mesmo.
Telma- Pronto... boa sorte lá... teu nome? - acrescenta ela, sorrindo.
Angelo- É Angelo! Eu te vejo de novo?
Telma (sorrindo, marota)- Quem sabe, né?
(intervalo)
Leonor sai do banheiro e vê Telma de relance.
Leonor- Não me diga que você estava falando com aquela desgraçada!
Angelo (se assustando)- Quê?! Não, era outra pessoa!
Leonor- Que bom, mas parecia imensamente com aquela zinha...
Angelo (estranhando)- É... - virando-se para a saída. - Parecia mesmo...
Na mansão de Renata...
Zaíra (ao portão)- Boa tarde...
Paulo- Boa tarde...
Laís (interrompendo)- Boa tarde, querida. Precisamos falar com a sua patroa, por gentileza.
Zaíra- Patroa?
Laís (com desdém)- Com certeza você não foi quem comprou essa mansão, minha cara?
Zaíra (irritada)- Não! Nada disso, foi minha amiga... e quem quer falar com ela?
Laís (com superioridade)- O prefeito da cidade. E a primeira-dama.
Zaíra arregala os olhos e se cala. Vira-se para a mansão e olha de longe para Renata, que tenta enxergar os visitantes.
Zaíra- Hum... venham, por favor...
Laís e Paulo seguem a negra. Zaíra olha apreensiva para Renata, que, de costas, está arrumando os pratos e copos que sujaram, à um canto.
Zaíra- Amiga, o prefeito e a primeira-dama, pra falou com você...
Renata- Prefeito... ora... eu já ia lhe falar...
Ela sa vira e se cala. Esta face a face à sua irmã, Laís.
Laís (perplexa)- O quê... é isso?
(fim do capítulo 20)
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