(continuação, cap 25)
Renata (assustada)- Leonor?
Zaíra (olhando torto)- É essa daí?
Leonor (indiferente, já entrando)- Posso entrar, querida, conhecer sua... casinha.
Ela se impressiona com a casa que, mesmo velha, impressiona por sua opulência, e vira para Renata.
Leonor (dando as flores)- Toma, querida, de coração... - ela dá um sorrisinho. - Ah, serviçal, me serve um chá de erva doce, por gentileza...
Ela agita a mãozinha para Zaíra, que se rebela.
Zaíra (com raiva)- Serviçal, não, meu amor, sou a governanta!
Renata (entregando as flores)- Leve, Zaíra, por favor... e traga o chá da madame.
Zaíra (saindo)- Levo sim... pro lixo. - e manda Aline se retirar com um gesto.
Renata, ainda cautelosa, se senta e indica o lugar em frente para Leonor, que se senta, pouco amistosa.
Renata- O quê você quer, Leonor? Não ficou bem instalada no Rio?
Leonor- Depende do quê você chama de boa instalação, querida. Apesar de que, pra você, depois de uma cela de cadeia qualquer canto é uma boa acomodação!
Renata (alteando a voz)- Não vamos começar as provocações, minha querida! Apenas sejamos claras!
Leonor- Eu vim em paz, querida... - ela dá um sorrisinho afetado. - Paz, até onde nós duas deixarmos.
Renata- A minha paz acabou aqui! - ela se levanta, irritada. - Se você não tem mais o quê falar, peço que se retire.
Leonor- Calma aí, querida... - ela se levanta, e fica bem próxima. - Eu lhe farei outras visitinhas... e se não quer que minha paz acabe, me trate bem durante elas. Tudo bem?
Renata parece imóvel. Leonor agita seu leque em despedida, sorri e vai saindo, pela porta da frente.
(intervalo)
Olívia sai de casa e vai até o mercadinho, cautelosa. Não repara em Tarcísio, que é igualmente indiferente à ela. Ao sair, ela topa com Natália, que abre o maior sorriso.
Natália- Dona Olíviaaaaa! Minha querida, como vai a senhora?
Olívia- Vou bem... é...
Natália- Tá fazendo o quê aqui?
Olívia- Só comprando um pastelzinho...
Olga desce nesse instante, e escuta escondida a conversa das duas.
Natália- Hum... está desocupada? Vem comigo para a casa da Renata!
Olívia- A... A Renata? Que tem ela...?
Natália- É sua filha, dona Olívia, não é? Vamos vê-la! Vamos!
E sem dizer mais nada, Natália agarra o braço de Olívia e leva a senhora consigo. Tarcísio observa as duas até virarem a esquina, e aí Olga sai de trás de uma prateleira e vai encará-lo, raivosa.
Olga (irônica)- Que é, não vai correr atrás delas?
Tarcísio- Que foi, Olga?
Olga- Pra casa do seu amorzinho... seu pitéu... a assassinazinha...
Tarcísio- Já chega, Olga! Me deixa em paz, deixa eu trabalhar. Vá fazer algo de útil!
Olga parece ultrajada. Olha furiosa para qualquer canto da pracinha, e seus olhos brilham de fúria.
Olga- Ah... que beleza... vou ali, já volto.
Tarcísio- Vai fazer o quê?
Olga (virando-se)- Fazer algo de útil... contra sua amadinha.
(intervalo)
Olga cruza a praça energicamente em direção ao coreto, onde estão Romero e seus asseclas, Marco e Otávio, junto de outros colegas pescadores, e todos eles se viram para ver Olga chegando irritada, no coreto.
Romero- Ei, ei, ei, ei! Que marra é essa, garota?
Olga- Não sou eu a marrenta aqui...
Romero- Então, que cara é essa, Olga? Tá parecendo que viu o demônio...
Olga- O demônio é sua filha assassina! Que vai receber a visita da mamãezinha dela!
Romero fica imóvel, e os amigos notam a cólera subir pelo seu rosto enfurecido.
Olga- Acha que é mentira? Acabei de vê-la saindo pra mansão dos Viscaia com a desclassificada da Natália...
Romero (gritando)- ESSA MULHER! Tá brincando com fogo! Esperem aqui, rapazes, enquanto eu tomo conta da vadia.
Ele sai, esbarrando em Olga, que o olha, com raiva, e sai em direção à casa de Renata.
Lá, após Natália e Olívia tocarem a campainha, a porta é aberta por uma Renata irritadiça.
Renata (irritada)- De novo, Leonor, vai pra... - e para, chocada.
Natália abre o maior sorrisão, como sempre, mas Renata fixa os olhos na mulher logo atrás, que está séria e com olhos marejados.
Natália- Eu vou... entrar e tomar um suquinho...!
Ela sai de fininho, deixando mãe e filha paralisadas na porta da casa.
Olívia- Oi, filha.
Renata- Oi, mãe.
As duas ficam paradas no portal, se encarando, imóveis. Lágrimas rolam de ambos os rostos.
Zaíra- Entrem logo, a outra tá aqui destruindo a tua despensa, Renata!
Mãe e filha sorriem, então Renata sobre-braça Olívia e a puxa para dentro de casa.
(fim do capítulo 25)
Renata- A minha paz acabou aqui! - ela se levanta, irritada. - Se você não tem mais o quê falar, peço que se retire.
Leonor- Calma aí, querida... - ela se levanta, e fica bem próxima. - Eu lhe farei outras visitinhas... e se não quer que minha paz acabe, me trate bem durante elas. Tudo bem?
Renata parece imóvel. Leonor agita seu leque em despedida, sorri e vai saindo, pela porta da frente.
(intervalo)
Olívia sai de casa e vai até o mercadinho, cautelosa. Não repara em Tarcísio, que é igualmente indiferente à ela. Ao sair, ela topa com Natália, que abre o maior sorriso.
Natália- Dona Olíviaaaaa! Minha querida, como vai a senhora?
Olívia- Vou bem... é...
Natália- Tá fazendo o quê aqui?
Olívia- Só comprando um pastelzinho...
Olga desce nesse instante, e escuta escondida a conversa das duas.
Natália- Hum... está desocupada? Vem comigo para a casa da Renata!
Olívia- A... A Renata? Que tem ela...?
Natália- É sua filha, dona Olívia, não é? Vamos vê-la! Vamos!
E sem dizer mais nada, Natália agarra o braço de Olívia e leva a senhora consigo. Tarcísio observa as duas até virarem a esquina, e aí Olga sai de trás de uma prateleira e vai encará-lo, raivosa.
Olga (irônica)- Que é, não vai correr atrás delas?
Tarcísio- Que foi, Olga?
Olga- Pra casa do seu amorzinho... seu pitéu... a assassinazinha...
Tarcísio- Já chega, Olga! Me deixa em paz, deixa eu trabalhar. Vá fazer algo de útil!
Olga parece ultrajada. Olha furiosa para qualquer canto da pracinha, e seus olhos brilham de fúria.
Olga- Ah... que beleza... vou ali, já volto.
Tarcísio- Vai fazer o quê?
Olga (virando-se)- Fazer algo de útil... contra sua amadinha.
(intervalo)
Olga cruza a praça energicamente em direção ao coreto, onde estão Romero e seus asseclas, Marco e Otávio, junto de outros colegas pescadores, e todos eles se viram para ver Olga chegando irritada, no coreto.
Romero- Ei, ei, ei, ei! Que marra é essa, garota?
Olga- Não sou eu a marrenta aqui...
Romero- Então, que cara é essa, Olga? Tá parecendo que viu o demônio...
Olga- O demônio é sua filha assassina! Que vai receber a visita da mamãezinha dela!
Romero fica imóvel, e os amigos notam a cólera subir pelo seu rosto enfurecido.
Olga- Acha que é mentira? Acabei de vê-la saindo pra mansão dos Viscaia com a desclassificada da Natália...
Romero (gritando)- ESSA MULHER! Tá brincando com fogo! Esperem aqui, rapazes, enquanto eu tomo conta da vadia.
Ele sai, esbarrando em Olga, que o olha, com raiva, e sai em direção à casa de Renata.
Lá, após Natália e Olívia tocarem a campainha, a porta é aberta por uma Renata irritadiça.
Renata (irritada)- De novo, Leonor, vai pra... - e para, chocada.
Natália abre o maior sorrisão, como sempre, mas Renata fixa os olhos na mulher logo atrás, que está séria e com olhos marejados.
Natália- Eu vou... entrar e tomar um suquinho...!
Ela sai de fininho, deixando mãe e filha paralisadas na porta da casa.
Olívia- Oi, filha.
Renata- Oi, mãe.
As duas ficam paradas no portal, se encarando, imóveis. Lágrimas rolam de ambos os rostos.
Zaíra- Entrem logo, a outra tá aqui destruindo a tua despensa, Renata!
Mãe e filha sorriem, então Renata sobre-braça Olívia e a puxa para dentro de casa.
(fim do capítulo 25)