Pra você que não tem preguiça de ler =)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Homem ao Chão

Capítulo 23 - Embaça o Tempo!





Renata se vira e encara Olga, mas gentil.

Renata (amistosa)- Oi, Olga. Faz tempo!

Olga nada fala, apenas anda vagarosamente até os dois.

Olga- Enfim, solta, não é?

Renata (sorrindo)- Todo mundo tem seu dia. - ela olha em volta. - Como vai tudo por aqui?

Olga (grossa)- Do jeito que você está vendo, querida. Parado... Essa cidade não vai pra frente.

Renata (irônica)- É, já percebi... o tempo parou mesmo aqui.

Ela se vira para Tarcísio.

Renata- Tá trabalhando aqui faz tempo?

Olga (cortando-o)- Desde que nós nos casamos! Não é, querido?

Tarcísio encara Olga com raiva, e Renata olha incrédula da rival para o ex-namorado.

Renata- Ah... pensei que você tinha indo estudar fora. Era seu sonho.

Tarcísio (envergonhado)- As vezes... nós abrimos mão dos nossos sonhos.

Olga (sorrindo)- Oh, meu amor... sabemos que você pensou na sua família! - e beija o marido na bochecha.

Renata (olhando, decepcionada)- É... as vezes são feitas escolhas ruins...

E, jogando o pagamento no balcão do caixa, sai do mercadinho, rápida e imponente.

Olga (furiosa)- Escolha ruim? Veremos, sua vagabunda.


(intervalo)


Tarcísio escuta a esposa, mas nada fala. Olga vira o marido com força.

Olga- Então... é sua chance de dar uma puladinha de cerca, não é?

Tarcísio (sem olhá-la)- Deixa de ser besta, Olga. Não tenho motivos pra isso...

Olga- E vontades?

Tarcísio (forte)- Já chega! Temos que trabalhar!

Olga (irritada)- Trabalhe você! - ela joga uma prancheta nele e vai saindo. - Nos casamos para isso, querido.

Passa o dia...

Renata pega seu carro e, junto de Zaíra, vai com alguns empreiteiros para o seu terreno, da associação dos pescadores. No barzinho ao lado, Romero e alguns dos seus companheiros estão bebericando e jogando dominó.

Marco- Olha... de quem é aquele carrão?

Romero- Deve ser... da vagabunda...

Marco- Vagabunda? Que vagabunda?

Otávio (sorrindo)- Entendi, colega... é a sua filha vadia?

Romero- É... deve ser... - ele se levanta. - Vamos ver o quê essa safada quer aqui.


(intervalo)

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