Pra você que não tem preguiça de ler =)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

(continuação, cap 23)



Renata salta do carro, junto de um arquiteto, chamado Tiago Sarmento. Os dois são seguidos por Zaíra, e conversam animados.

Romero, Marco e Otávio saem do barzinho e vão para a entrada do terreno, junto à um portão velho e azulado, cheio de ferrugem. Pouco depois, chegam Renata, Zaíra e o arquiteto, que cumprimenta educadamente o grupo com a cabeça.

Tiago- Então é esse o terreno?

Renata, porém, não responde. Sustenta o olhar do pai, e o silêncio faz o arquiteto se virar. Zaíra fica com medo das reações e tentar se interpôr.

Romero- Então... o quê você acha que está fazendo?

Renata- Cuidando dos meus interesses, pai.

Romero (furioso)- Não me chame de pai!

Tiago (assustado)- O quê está havendo aqui?

Romero (irritado)- Mande esse almofadinha não se meter! Diga o quê pretende fazer nessa cidade!

Renata- Pensei que já soubesse, pai. Quero fazer um hotel magnífico.

Marco- Que mané hotel!

Otávio- Nunca vamos permitir isso!

Renata (sorrindo)- O terreno é meu.

Romero (irônico)- A dignidade também, sua vagabunda?

Renata fecha os olhos, nervosa. Tiago e Zaíra estranham.

Renata- Eu possuo a minha dignidade.

Romero (repudiante)- Pelo visto a sua não vale nada!

Renata (com raiva)- CHEGA!


(intervalo)


Zaíra e Tiago se espantam.

Renata- Saia daqui! Saia! Me deixe em paz! Você já me perturbou muito nessa vida! Saia! Vamos!

Otávio e Marco riem, e Romero dá as costas à filha.

Romero- Por ora... pense que está no poder, sua idiota.

E sai, deixando Renata e os outros dois, que estão perplexos.

Na pensão de dona Nena...

Leonor- Vou sair, querido...

Angelo- Vou com você... estou indo pro trabalho.

Leonor- É... vá. Não precisa me vigiar...

Angelo sorri, e sai pelo lado oposto da mãe. Ao passar pelo posto médico, topa com Telma, que sorri ao vê-lo.

Telma- Oi!

Angelo- Oi, como tá?

Telma- Bem, bem... e você... ainda tá no Tamar?

Angelo- Tô indo pra lá agora! E...

Ele para, pois uma pessoa está em seu caminho. É Laís, que olha do biólogo de cima à baixo.

Laís (irônica)- Oi, querida.


(intervalo)


Telma para, de chofre. Laís sorri e estende a mão para Angelo.

Laís- Quem é seu amigo, querida?

Angelo- Angelo Scholatzo, biólogo... dona?

Laís- Laís Pradaxes, a primeira-dama, mãe da Telma...

Angelo se assusta, mas fica firme e balança a mão de Laís.

Laís- Biólogo... do projeto Tamar? Excelente... 

Angelo- E a senhora é a primeira-dama?

Laís- Isso, garoto, foi isso que eu disse.

Telma- Mãe, é...

Angelo- Será que podíamos conversar algum dia? Seria ótimo, tem alguns pontos que precisam de ajuste nas instalações...

Laís- Certo, certo, qualquer dia marcamos... filha? - ela se vira para Telma. - Podemos seguir? Vamos, precisamos conversar... até logo, queridinho.

Telma- Tchau...

Angelo- Tchau...!

Telma (quando estão longe)- Que é isso, mãe... o cara é gente boa...

Laís- É classe operária, querida, mantenha distância pro seu bem.

Telma- Não acredito que você tá falando isso, mãe!

Laís (irritada)- Eu não criei você para você se jogar nos braços de qualquer um!

Telma (irônica)- Claro que não, você mal me pariu...

Laís (possessa)- QUE HISTÓRIA É ESSA?!


(fim do capítulo 23)

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