Pra você que não tem preguiça de ler =)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Música

E aí galera, beleza?
 
Hora de postar mais uma música, a escolhida é "Never Enough", do Epica. Uma música que me faz pensar, cantar e me renova, não sei porque.
Aí o vídeo:
 
 
 
 
Até mais! Se renovem!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

8 ou 80 (Últimos Capítulos)

Capítulo 15 - Conversa Franca





Logo cedo, no primeiro fim de semana possível, Laila bateu na porta de sua tia Melina. Cansada e desconfiada, Melina abriu uma brecha e apenas espiou fora.

- Oi, Laila.
- Oi, tia... posso entrar? Estou completamente desarmada. - disse Laila, sem graça.

Melina revirou levemente os olhos e deu espaço para a sobrinha. Laila entrou, acomodou-se silenciosamente no sofá, perto da varanda, e virou-se, de cabeça baixa, para a tia.
- Queria te pedir desculpas, primeiro de tudo.

Melina apenas sacode a cabeça, um sorriso apático.
- Deixa disso.
- É porque... eu tinha uma completa imagem sua, tia. E, agora, eu vejo que é diferente. E logo você, que me deu vários conselhos, que me aconselhava com meu namorado...
- E você acatou um, mudou seu jeito de ser.

Laila faz uma pausa, respira fundo.
- Sim... mas não quero falar de mim agora. Sou grata a você por ter me dado um toque, mas eu vim aqui e quero ouvir verdades. Por favor.
 - Tudo bem. Já passou da hora d'eu esclarecer tudo. - Melina deu de ombros, cruzando as pernas.
Laila respirou fundo, e olhou a tia nos olhos.

- É verdade que aquele garoto, o moreno... Caio, é seu aluno?
- Já foi.
- Mas ele ainda estuda, não é?
- Sim... - Melina começou a ficar apreensiva.
- Ele é menor de idade, não é? - perguntou Laila, incisiva.
Melina desabou em choro. Escorregou da poltrona de camurça, e caiu no chão, chorando.

- É! É menor de idade sim! E eu transei com ele várias vezes!

Laila se levanta, chocada. Caminha pela sala, vai até a cozinha, bebe água. Apanha outro copo, enche e vai até a tia, que continua no chão. Melina apanha o copo e o vira de uma vez.

- E eu jurei que ia denunciá-la, se fosse verdade, tia.

Melina vira dois olhos arregalados para Laila, e silencia.

- Mas eu nunca seria capaz de fazer isso. Muito menos com você. Eu ainda gosto de você, titia. Não desisti de você.

Laila ajuda a tia a se erguer, e Melina se senta, após limpar as lágrimas.

- Laila... acho melhor você ir embora, por favor...
- Não tão rápido. - diz ela, firme. - Primeiro, você vai me dizer onde esse garoto mora.

Melina se espanta.

- Mas eu não sei! Nunca quis saber. Sempre quis que isso acabasse logo.
- Então dê eu jeito de me encontrar com ele.
- E o quê você vai fazer, Laila? - pergunta Melina, condescendente.
Laila se vira, sem graça.

- Conversar francamente, o quê mais eu posso fazer?


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Otávio está ajudando Márcia a tirar a mesa, e ela conversa sobre os desentendimentos de Laila e Melina.

- Mas... está tudo bem entre vocês?
- Está, claro. - Márcia dá um sorrisinho. - Eu não quero me meter na vida da minha irmã, mas a Laila, você conhece... é revoltada por natureza e não sabe disso.

Otávio dá um sorriso, e abraça Márcia por trás. A advogada sorri e se vira para ele, beijando-o.

- Mas, me conta, amor... você tá bem? - Otávio aperta ela, que sorri.
- Eu tô bem, sim. Quero que essa história da Melina e da Laila se resolva logo.
- Você não acha que ela é mais apegada a tia do que a você, as vezes?
- Acho que já foi... porque a Melina é um tanto mais nova que eu...

E Márcia parece se chatear com isso.

- Ô, amor, te magoei? Desculpa...
- Não, não magoou. Eu sempre percebi isso e nunca quis me importar.

Otávio dá um sorriso e levanta o rosto de Márcia com uma mão.

- Posso tentar te animar?
- Me animar? Como?

Ele sorri.

- É uma surpresa. Topa?
- Topo... - ela dá um grande sorriso e ele tapa os olhos dela.
- Vem... - diz ele, e a carrega de olhos fechados até o sofá, onde faz ela se sentar.
Márcia aguarda de olhos fechados, apreensiva, até que sente Otávio se ajoelhando na sua frente.

- Pronto, pode olhar.

Márcia abre os olhos e não acredita. Otávio lhe estende uma caixinha aberta, com um anel simples porém elegante dentro.

- Otávio... isso é...
- Amor, quer se casar comigo? - diz ele, ligeiramente trêmulo.

Márcia sorri diante do rapaz, alegre diante de tanta meiguice. Ela dá um suspiro, e, após pegar o anel da caixinha e pôr no dedo, diz "Sim!" e os dois se beijam, logo quando escutam a porta se abir. Era Laila.

Os dois não conseguem conter a emoção e sorriem, sem palavras, para Laila. A ruiva olha a caixinha e o anel na mão da mãe. Hesita por um instante, mas sorri.

- Parece uma ótima ideia.


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Ricardo e Alexandre estão no flat, assistindo um filme, e Ricardo não para de comentar sobre as armações de Alice. De repente, a modelo liga e Ricardo fica de papo com ela no telefone, irritando Alexandre.

- Pois é, quero ver se ele vai cumprir o combinado! Até mais!

Ele desliga, e sorri para Alexandre, que está emburrado. Deita-se do lado dele Alexandre e faz um carinho no rosto dele, que se vira levemente.

- Que foi, agora, hein?
- Ah, você não para de falar nessa tal Alice, não sossega mais, não me dá mais atenção...

Ricardo dá uma risada.

- Tá com ciúme da Alice, é? Sai dessa que com ela não teria possibilidade.
- Não é isso... você quase não passa tempo comigo. Eu saio correndo da faculdade pra te ver, mal consigo quando você tá na escola de culinária...
- A gente não se vê durante a sua aula?
- Sim, mas...
- Nada de "mas", Alê... eu sou ocupado, e você também... e a gente sempre se encontra pra ficar juntinho aqui no flat... (ele vai abraçando Alexandre)... e isso é o quê importa, não é?

Alexandre se choca, e se desvencilha de Ricardo, jogando-o na cama. O outro se irrita, e puxa Alexandre com violência, para machucá-lo.

- Não repita isso!
- Me solta, seu safado! - Alexandre parece revoltado. - Você acha que eu sou o quê? Um... um boneco inflável pra você se divertir quando chega de noite?
- Não é assim, Alexandre...
- Eu tenho sentimentos, porra! Eu acabei com a Marthinha por tua causa! Eu fui expulso de casa por tua causa!
- Mas eu te dei um teto!

Alexandre empurra Ricardo quando ele tenta se aproximar novamente.

- Não, você se deu um bordel pra deixar o seu amante, porque você só vem aqui quando quer transar comigo. - diz Alexandre, frio. Ricardo fica sem ação, tomado pela verdade.

Alexandre, desapontado, vai até o balcão e pega sua camisa. Veste-a e pega a carteira, para sair. Fecha a porta com um estrondo.

Ricardo se irrita, chutando uma almofada.

- Ele sabia que eu era assim... mas ele está certo. E eu gosto dele.

Ele pega o telefone e disca um número.

- Alice, amiga... quem tá precisando de ajuda agora sou eu.


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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Curtas : "Revoltas"







"Revoltas"







Trancou a faculdade, sem motivo aparente. Revoltou pais, amigos íntimos, conhecedores de seus talentos. Mas ele não sabia o porquê.


Terminou com a namorada, sem motivo aparente. Revoltou a própria, os sogros, os pais, amigos íntimos, conhecedores da paixão existente. Mas ele não sabia o porquê.

Desistiu da academia, de natação, do volley... espantou muitos. Revoltou os familiares... está louco, diziam... Mas ele não sabia o porquê.


Será loucura? Desespero? Desânimo?
Ninguém nunca sabe o porquê.



Só o destino.



terça-feira, 23 de agosto de 2011

Filmes: Harry Potter e a Câmara Secreta (Especial Harry Potter)

Dando continuidade à meu Especial Harry Potter, em razão do fim da série de filmes, prosseguirei com o segundo, de 2002.




No segundo filme, Harry Potter (Daniel Radcliffe) tem conciência de ser um bruxo, e está feliz por ter novos amigos, Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson). Mas ele recebe a visita inesperada do elfo doméstico Dobby (dublado em inglês por Toby Jones), que o avisa: não deve voltar a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, deixando em aberto que poderiam acontecer coisas terríveis naquele ano.

Após Dobby tentar mantê-lo longe da escola por várias armações, uma delas obrigando Harry e Rony a irem de carro... voador para a escola, ele acaba quase sendo expulso, provocado pelo professor Snape (Alan Rickman).

Durante seu novo ano letivo, ele conhece Gilderoy Lockhart (Kenneth Branagh), um trapalhado porém pomposo novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, que vive tentando fazer fama usando a fama do próprio Harry.

Porém, algo horrível acontece: várias pessoas são atacadas de certo modo a ficarem petrificadas, e a culpa acaba recaindo sobre o próprio Harry, que, ao descobrir ser ofidioglota (ser capaz de falar com cobras), é apontado como o herdeiro de Salazar Slytherin, que teria supostamente construído uma Câmara Secreta no castelo, onde estaria encerrado o monstro autor dos ataques.

Então, com a ajuda de Rony e Hermione, Harry vai atrás de pistas e de descobrir quem é o verdadeiro herdeiro de Slytherin, e ele descobrirá que a verdade pode ser mais comum do que ele pensa.


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Depois da ótima recepção de "Harry Potter e a Pedra Filosofal", logo seu predecessor, o segundo livro, foi adaptado para o cinema. O elenco principal foi mantido, assim como os cenários e a fotografia mais clara, marca dos primeiros dois filmes.

O filme tme um fluxo investigativo e de tempo melhor do que no primeiro, sendo mais ágil e prendendo mais o espectador a seus enigmas. O roteiro foi muito bem acertado por Steve Kloves, assim como a direção de Chris Columbus.

Do elenco, os mesmos elogios aos artistas do primeiro filme; Alan Rickman desponta, como sempre, excelente, mergulhando no papel de cabeça. Temos Julie Walters dando o ar da graça como a Sra. Weasley, e Maggie Smith novamente como Minerva McGonagall.

Entre o trio protagonista, muita evolução desde o primeiro filme. Ambos ganharam agilidade em suas atuações. Um porém apenas para Rupert Grint, que as vezes deixa o personagem um tanto bobo.


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Aí está a crítica, fiquem com o trailler do segundo filme:




Até mais! 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

(continuação, cap 7)




Olívia parece compreender o plano de Laís e se levanta, desnorteada.
Olívia- Me diz que você não está pensando essa atrocidade...

Laís- Meu plano é o velho golpe da barriga... (Romero dá uma risada)... mas quem terá a "barriga" é a minha querida irmãzinha Renata.
Olívia- Você só pode estar brincando, Laís!

Laís- Claro que não, mamãe! - ela ergue a cabeça. - É a minha hora de brilhar! É a minha chance de ser alguém, e de ter dinheiro! Pensem bem... o futuro de vocês estaria garantido!
Olívia olha para o marido, desesperada.

Olívia (chorando)- Romero... você não pode permitir uma coisa dessas!
Ao contrário de Olívia, Romero sorriu para Laís.

Romero- Não acho que seja algo muito correto, mas... (ele se levanta e abraça a filha)- você tem todo o meu apoio!
Olívia leva as mãos ao coração e dá um gemido, sentando na poltrona.

(intervalo)
Olívia- Não acredito! Não acredito que vocês são capazes disso!

Romero- Acredite, mulher! Nem eu nem você vamos durar pra sempre! Precisamos de segurança pro futuro! Acha que eu acho confortável sair pra pescar todo dia? Eu também me canso, Olívia!
Olívia- Arranje um emprego! Isso é monstruoso demais! Não vou deixar você fazer isso com a minha filha!

Romero avança contra a mulher e a ergue. Laís se assusta e se senta no sofá. Olívia fica assustada.
Romero- Você vai fazer o quê? Contar a "verdade"? A verdade será essa! O filho será da Laís, e pronto!

Olívia- Me solta, Romero!
Romero- Você vai enganá-la! Você quem vai dizer que... que o filho dela morreu! Pronto! Você que fará isso, e se não fizer, eu mato você, Olívia!

Laís se assusta e sai da sala, mas dá um sorriso quando já está no quarto.
Laís (animada)- Está saindo mais certo do que eu pensava.

(intervalo)
Renata está no pátio, encostada no muro, e se anima ao ver Natália chegando, no dia de visita. As duas amigas sorriem e se abraçam.

Natália- Incrível, como você está bonita!
Renata- Ah, não exagera...

Natália- É sim... olha... trouxe uns bolinhos...
As duas conversam animadas, até que um assunto vem à tona.
Natália- Menina, o meu namorado, o Juvêncio, me contou que o amigo dele, Paulo, o filho do prefeito, engravidou a sua irmã! Tá a maior falação na cidade!

Renata- Como assim!? Grávida também, aquela cobra?
Natália- Parece que sim. Seu pai parece irritado... mandou ela pra casa de sua tia, dona Olga, no Espírito Santo. Mas o filho do prefeito disse que ia se separar da mulher e assumir o filho.
Renata fica pensativa.

Renata- Tô achando isso muito... suspeito.
Natália- Suspeito?

Renata- Vindo da minha irmã, sim. Vamos ver o quê vai acontecer...
(fim do capítulo 7)

Homem ao Chão

Capítulo 7 - Chantagem Após Outra





Paulo parecia paralisado. Laís irritou-se e deu meia-volta, fazendo menção de ir embora. Mas Paulo se adiantou e segurou-a pelo braço.
Paulo (baixo, com afeto)- Espera.

Laís, de costas, dá um pequeno sorriso.

Laís- Sim?
Paulo- Não... vai embora assim. Eu vou... assumir esse seu filho.

Laís tentou, mas não conseguiu esconder a satisfação, e sorriu radiante.
Laís- E vai se casar comigo?

Paulo- Casar?
Laís (fingindo desespero)- Claro! Eu não tenho pra onde correr! Eu estou quase expulsa de casa! Eu preciso da sua ajuda! Eu... eu te amo, Paulo.

Paulo torce um pouco o pescoço, mas olha em volta e abraça Laís.
Paulo- Eu... eu também... gosto muito de você... e eu vou casar com você.

Laís consegue derrubar uma lágrima, mas quando oculta seu rosto de Paulo, sorri sozinha.
(intervalo)

Após ser deixada em casa por Paulo (intrigando Romero), Laís chamou o pai e a mãe para uma conversa, já de noite.
Olívia sentou-se na poltrona em frente ao sofá, onde estava Laís. Romero veio depois, um tanto impaciente.

Romero- Vamos logo, minha filha, conte pro papai a sua ideia.
Olívia (desconfiada)- Onde você esteve a tarde toda?

Laís (cortando a mãe)- Bem, eu tenho um plano para o futuro... o meu futuro e para o de vocês!
Ela fez uma pausa, e levantou-se fazendo o pai sentar. Então andou e falou dando voltas no sofá.

Laís- Não sei se vocês sabem, quer dizer... (ela sorri) não deveriam saber, mas eu tive um breve caso com o filho do prefeito, o Paulo, vereador.
Romero se levantou, indignado. Olívia fez ele se sentar.

Romero- Não me diga que você é uma qualquer como sua irmã desnaturada?!
Laís- Não, pai... eu fiz tudo que fiz pensando no meu futuro e no de vocês, que eu amo... (ela sorri, cínica).- E o filho da minha irmã vai ser muito útil para mim...

Ela sorri novamente, assustanto Olívia e Romero.
Romero (irritado)- E como aconteceria isso?

(intervalo)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Música

E aí, beleza?

Vamos escutar uma música das antigas, que eu gosto muito e é muito fácil de contas: "Coming Around Again", da Carly Simon.
Até a próxima!

8 ou 80

Capítulo 14 - A Reviravolta





Disfarçada com uma boina e óculos escuros, agaixada ao lado de um jarro, Alice fingia amarrar os sapatos, enquanto dava uma piscadela para Ricardo, que comia pipoca, animado, do outro lado da rua, ao lado de Alexandre.
Ambos estavam vigiando pra ver se Jordano aparecia no seu flat. Alice sentou-se numa muretinha ao lado do jarro e puxou uma revista para disfarçar.

- Ela vai levar uma garrafa?
- É isso aí!
- Ela vai fazer o quê? Embebedá-lo?
- Não sei, Alê... só sei que virá confusão.

De repente, um luxuoso sedã preto parou na frente do flat, e Jordano saltou, sorrindo para o amigo, que dirigia, agradecendo a carona. Alice olhou-o e lançou um olhar animado para Ricardo, que viu a amiga sorrindo, e seguindo Jordano logo após.
- E ela vai entrar na maior?
- Vai... já falei com o porteiro... é um conhecido meu... - e Ricardo sorri, maliciosamente, deixando Alexandre incomodado. - Ele vai facilitar pra ela. E ela vai se disfarçar de arrumadeira.
Alexandre se espanta, e puxa a pipoca de Ricardo.

No flat, após falar com o "amigo" de Ricardo, Alice arrumou-se com o uniforme e, apanhando um esfregão e um balde, onde estava a garrafa de vodka. Após isso, pegou o elevador de serviço, para não dar bandeira, e chegou a tempo de ver Jordano fechando a porta.
Sorriu, apanhou a chave-mestra que o porteiro entregou à ela e dirigiu-se à porta. Bateu duas vezes, falando "faxineira". Não ouvindo respostas, abriu a porta e entrou, encontrando Jordano de costas, falando no celular. Alice irritou-se, pousou o balde e o esfregão e puxou de dentro do balde a garrafa, e em seguida, quebrou-a nas costas de Jordano, sobressaltando-o e fazendo-o cair.
- O quê!? O quê é isso...? Você!?

Alice apontou resto da garrafa para Jordano, furiosa.
- Achou que eu era burra e não saberia achar você?
- O quê você quer? - ele perguntou, amedrontado.
- É hora da gente conversar, seu pilantra!
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Laila, menos maquiada, mais renovada, bebe uma água de coco com a mãe, na praia, após caminharem.

- Adorei você caminhando comigo, Laila, nunca foi de fazer isso!
- Ah, mãe... eu gosto de você e sabe disso!

As duas se sentam na mureta agregada à calçada. Márcia estica as pernas, e tenta tocar o pé. Laila parece pensativa.

- Que foi, minha filha?
- Estou muito decepcionada com a minha tia, mãe. Sério.
- Eu também! - diz Márcia, revoltada. - Ela não devia ter te batido!
- Nem é por isso.. o tapa foi o de menos. - ela tomou um gole e voltou-se para a mãe. - O modo de agir dela que me decepciona.

Márcia se sensibilizou e olhou para a filha.

- O quê ela lhe disse, Laila?
- Disse coisas muito secas. Disse que apenas transou com o... Otávio. E mais nada, não quis mais nada. Mais como fosse apenas prazer. Como se não significasse nada para ela. Isso é repulsivo.
- Eu não sei de quem ela tirou isso... não sei porque ela está assim.
- Ela tá me dando nojo. Ela parece que... brinca com os homens e tchau! - Laila estava indignada. A mãe sorriu.
- Se acalme, filha. A sua tia não deve ser nenhum monstro.

Mas Laila ainda parecia apreensiva.

- Mas... e aquele moleque?
- Que moleque?
- O do restaurante. Que disse ser aluno dela. E ela confirmou.
- Laila, filha... você não está pensando que...
- Que eles dois tenham um caso? - perguntou Laila, irritada. - Ela espere que não, pois estou tão decepcionada com ela que seria capaz de denunciá-la por pedofilia!


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Caio caiu na cama, satisfeito. Sorriu para Melina, que já tinha saltado da cama e estava em direção ao banheiro. Caio seguiu-a, com um sorriso safado, mas ela empurrou-o para fora do boxe.

- Sai! Essa foi a última vez!
- Como assim, professora? 

Melina entrou no boxe e exigiu que ele saísse do banheiro. Caio se arrumou e se virou quando Melina saiu do banheiro, de roupão.

- O quê foi agora, tá com medinho, é?
- Não tenho medo de você! E eu quero que vá embora, para nunca mais voltar. Quis transar comigo, já transou.
- E você bem que gostou!
- Se eu gostei não vem ao caso...
- Claro que vem! Se não quisesse mais transar comigo já tinha me dispensado!
- Agora é diferente, Caio! - ela o empurrou contra o sofá. - Agora a minha reputação está em jogo! Deus sabe o quê a Laila está falando de mim para a minha irmã!

Caio parou de sorrir por um instante, mas não baixou a bola.

- Você tá com medo que eu te denuncie?
- Você faria isso?

A pergunta não foi confiante ou em tom de desafio: ela estava amedrontada.

- Não... eu não faria... - ele sorriu. - Eu adoro você, professora... - ele sorriu novamente, sacana. - Enquanto me der carinho...
- Então devo me preparar para ser presa! - disse ela, espantando Caio. - E você, pode sair daqui! Não quero vê-lo por um bom tempo!
E Melina empurra Caio para fora de casa, que se espanta. Ela bate a porta com força, e ele fica intrigado.

- Eu nunca o denunciaria, professora... eu adoro você.

E Caio foi embora, indiferente.


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terça-feira, 9 de agosto de 2011

EM BREVE: CD's

E aí pessoal, tudo bom?

Vou inaugurar mais uma sessão do meu blog, a minha futura crítica de CD's, novos ou velhos. Tentarei também manter a crítica de filmes, pretende me especializar mesmo no assunto.
Mais um porém: teremos uma minissérie-aventura, após o fim de "8 ou 80", que irá até o capítulo 20. A nova minissérie será protagonizada por uma gueixa chamada (não riam) Furiko!

Até a próxima!

Filmes: Harry Potter e a Pedra Filosofal (Especial Harry Potter)

E aí pessoal, beleza?

Como combinado, em virtude do chamado "final épico", vou fazer as minhas resenhas sobre Harry Potter, começando é claro, pelo primeiro filme (2001).
O começo da série mostra Harry Potter (Daniel Radcliffe), um garoto normal, criado pelos tios já que pensa que seus pais morreram em um acidente de carro. Ao completar 11 anos, ele descobre, pelo intermédio de Rúbeo Hagrid (Robbie Coltrane), que é um bruxo, e que está matriculado na escola de magia e bruxaria de Hogwarts.
Descubre também que seus pais foram, na verdade, pelo então maior bruxo das trevas, Voldemort (interpretado nesse filme por Richard Bremmer), que até hoje dá medo nas pessoas e seu nome é quase sempre omitido.

Já em Hogwarts, ele conhece seus futuros melhores amigos, Rony Weasley (Rupert Grint), um garoto pobre porém rico de coração; e Hermione Granger (Emma Watson), uma típica sabe-tudo. Conhece também seu maior rival, Draco Malfoy (Tom Felton), que sempre tenta metê-lo em emboscada.
Harry é apresentado à vários professores, entre eles a professora McGonagall (Maggie Smith), de transfiguração; o professor Quirrell (Ian Hart), de Defesa conta as Artes das Trevas; Flitwick (Warwick Davies), de Feitiços e o soturno professor Snape (Alan Rickman), de Poções, e que deixa Harry muito intrigado.
Em meio à vários acontecimentos, como sua entrada no time de quadribol e a chegada de uma capa de invisibilidade de presente, Harry tenta desvendar, junto de Rony e Hermione, o porquê de haver um enorme cão de três cabeças no colégio, e o mais importante, o quê ele guarda, que irão descobrir futuramente que será a Pedra Filosofal.

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Com o sucesso mundial da série de livros, logo surgiu o interesse de transformá-los em filmes. O primeiro, como os primeiros filmes de longas sagas, sempre traz um clima de suspeita e de possível fracasso. Mas com a saga foi diferente. O sucesso imediato e os 974 milhões de dólares arrecadados provam o contrário, e só foram mais chamarizes para a sequência.

Chris Columbus foi escolhido e encarregado de criar o universo de Potter. Prometendo ser fiel ao livro, usou de sua experiência com crianças para escolher o trio principal. Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson eram completos desconhecidos, e o entrosamento de ambos em cena só serviu para ajudar a alavancar a série.
Entre o elenco adulto, não há como imaginar outra pessoa no papel de Rúbeo Hagrid, a não ser Robbie Coltrane, que encheu o personagem de carisma, servindo, nesse primeiro filme, como um poço de afeto que Harry nunca teve. Maggie Smith está muito bem na sua primeira aparição como Minerva McGonagall, uma personagem que foi se mostrando cheia de nuances e mudanças em toda série.

Ian Hart também merece destaque, principalmente pela mudança do personagem, de aparentemente bom para antagonista, no final do filme. Já o contrário acontece com Snape, brilhantemente vivido e incorporado por Alan Rickman, que iria se tornar a melhor atuação da série. Um personagem complexo, o típico caso de "julgue pela aparência", Snape se revela o verdadeiro anti-heroi da trama.
Meu único porém é para o Dumbledore vivido por Richard Harris, que viria a falecer em 2002. Não gosto pelo seu único semblante em cena, sereno demais, leve demais, indiferente até. Michael Gambon, que o substituiu a partir de "o Prisioneiro de Askaban", foi criticado no começo, mas sua atuação é, ao meu ver, muito melhor do que a de Harris.

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Taí, a primeira crítica do especial Harry Potter. Fiquem então com o trailler do filme:



Até mais!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

(continuação, cap 6)
 
 
 
 
Uma ideia começou a fervilhar na cabeça de Laís. Ela correu, apanhou a bolsa e foi saindo.
Laís- Preciso cuidar do meu futuro! Já volto!
 
Ela sai, sorrindo. Olívia fica indignada.
 
Olívia (para Romero)- E você, não diz nada?
Romero funga e cospe além da varanda. Olívia deixa escapar uma lágrima e corre para dentro da casa, deixando o marido sozinho.
 
Pouco depois...
Laís aproxima-se do bar do Estácio, onde vislumbra, de longe, o jovem vereador Paulo Pradaxes.
 
Laís- Hum... ali está...
Paulo Pradaxes era um homem casado, mas mantinha seus casinhos por aí. Sua esposa era Heloísa Chagas, da cidade vizinha de Matinhos. Paulo vivia bebendo no Estácio com amigos, quase nunca ia à câmara da cidade pois seu pai era prefeito. Numa noite, bêbado, fez amor com Laís, que se aproveitou da embriaguez do vereador. E agora ela iria dar o bote...
 
Laís entrou no bar, chamando atenção de meia dúzia de homens que jogavam dominó na entrada. Tentou parecer contida e ansiosa. Acenou ligeiramente, apelando para o decote, para Paulo, que primeiramente fingiu não tê-la visto. Após insistência dela e umas pessoas começarem a olhar, ele se levantou e foi até ela.
Paulo- O quê foi!? Porque veio aqui?
 
(intervalo)
Laís (fingindo indignação, falando baixo)- Não fale assim comigo! Eu precisava te achar, falar com você! Meu pai quase me escorraçou de casa!
 
Paulo- Porque, o quê você fez?
Laís- Temos mesmo que conversar aqui? - ela fez cara de incômodo em referência ao barulho e ao pessoal que olhava para os dois.
 
Paulo (tirando a carteira do bolso)- Certo... - ele tirou um punhado de dinheiro, contou rapidamente e bateu com ele no balcão - acerta aí a minha parte, valeu? Vamos... 
Ele indicou a saída para Laís. Os dois caminharam por um pedaço de terra, que dava numa pracinha abandonada, perto da praia. Laís se sentou no banco precariamente sustentado por uma pilha de tijolos e fez parecer que estava insegura.
 
Paulo- Enfim, o quê é tão importante que você quer falar comigo? O dinheiro que eu te dei não foi bom, é?
Laís- Não! Não tô falando disso! Aquilo agora é besteira! E você precisa me ajudar, se não quiser que eu acabe com a minha vida e com a sua, em seguida!
Paulo se assusta, mas não perde a pose.
 
Paulo- É mesmo? Porque você acabaria com a minha vida?
Laís (tomando coragem)- Porque... eu estou grávida, e o pai é você!
 
(intervalo)
 
Paulo fica nervoso, mas dá umas risadinhas de desdém.
Paulo- O quê é isso? O golpe da barriga? É isso mesmo?
 
Laís dá um tapa na cara dele, no impulso, representando bem a personagem.
Laís- Eu quase fui expulsa de casa, minha mãe quer me mandar pra morar no interior! E sem nada! Isso se você não for me auxiliar!
 
Paulo- Mas como eu posso auxiliar? E isso é mentira, Laís!
Laís- Eu não minto nunca, Paulo! Ainda mais numa situação dessas! E você vai me ajudar com esse filho... ou eu acabo com sua reputação e seu sonho de ser prefeito!
 
Paulo fica tenso, e se senta no outro banquinho. Laís se ergue, surpreendida com a própria cara de pau.
Paulo- Você... você não faria isso comigo... você conhece minha família... super católicos... você não seria capaz?
 
Laís- Será que não? Eu estou desesperada, Paulo! E você me diga agora se vai me ajudar, ou não!
(fim do capítulo 6)

Homem ao Chão


Capítulo 6 - Mais e Mais Sofrimento





Renata ficou em completo choque ao ouvir aquela frase, e caiu ao prantos. A médica olhou para dona Neuma, que ficou indiferente.

D Neuma- Agora fique sabendo, bonitinha... não pense que isso muda alguma coisa em seu tratamento. Posso apenas lhe assegurar três refeições diárias e o parto, em um hospital público.

Renata leva as mãos à cabeça, parecendo estar em total desespero.

D Neuma- Nós tivemos que avisar a sua família antes... você terá um encontro com eles amanhã... e é isso que eu chamo de folga... acabou de vê-los no julgamento, e já vai ver de novo. (ela dá um muxoxo de descaso). - Pode ir.

A médica olha, com um olhar sofrído, para Renata, que nada pode fazer. Ao chegar em sua cela, Zaíra aguarda, ansiosa. E ela conta tudo, deixando a negra de olhos arregalados.

Zaíra- Mas... assim, grávida? Como, menina?

Renata- Você acha que aquele desgraçado usou alguma coisa pra se proteger? Agora eu estou grávida, potencialmente doente... ah... meu Deus. Quanta coisa de uma vez só.

Zaíra dá um pequeno sorriso e pousa a mão no ombro da amiga.

Zaíra- Tenha fé... e você sai sã daqui... e vai reencontrar seu filho... ou filha! Aposto que vai ser uma menina, tão linda quanto a mãe!

Renata tenta sorrir, e se deita na sua cama.

(intervalo)

Olívia desliga o telefone, aflita. Caminha para a varanda, onde está Romero, e senta-se distante e distraída. O homem apenas olha de relance para a esposa e volta a sua atenção para a rede de pescaria que estava concertando.
Laís chega nesse exato momento, animada. Sobe as escadas, vê o pai e a mãe, e fica intrigada com a expressão dela.

Laís- Que foi, mãe? Quem morreu?

Olívia- Ninguém morreu, filha...só um...

Romero- Só um o quê, mulher? Não fique enrolando...

Olívia- Uma notícia ruim... da sua filha, Romero.

Romero- O quê aconteceu, Laís?

Laís- Nadinha, pai!

Olívia (irritada)- Da Renata, Romero! Não finja que ela não existe!

Romero- Ela não me interessa mais. O quê aconteceu com essa vagabunda?

Olívia- Sua filha está grávida do estuprador, o seu querido amigo!

Laís, porém, dá um enorme risada.

Laís- Isso... é ÓTIMO!

(intervalo)