Pra você que não tem preguiça de ler =)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

(continuação, cap 6)
 
 
 
 
Uma ideia começou a fervilhar na cabeça de Laís. Ela correu, apanhou a bolsa e foi saindo.
Laís- Preciso cuidar do meu futuro! Já volto!
 
Ela sai, sorrindo. Olívia fica indignada.
 
Olívia (para Romero)- E você, não diz nada?
Romero funga e cospe além da varanda. Olívia deixa escapar uma lágrima e corre para dentro da casa, deixando o marido sozinho.
 
Pouco depois...
Laís aproxima-se do bar do Estácio, onde vislumbra, de longe, o jovem vereador Paulo Pradaxes.
 
Laís- Hum... ali está...
Paulo Pradaxes era um homem casado, mas mantinha seus casinhos por aí. Sua esposa era Heloísa Chagas, da cidade vizinha de Matinhos. Paulo vivia bebendo no Estácio com amigos, quase nunca ia à câmara da cidade pois seu pai era prefeito. Numa noite, bêbado, fez amor com Laís, que se aproveitou da embriaguez do vereador. E agora ela iria dar o bote...
 
Laís entrou no bar, chamando atenção de meia dúzia de homens que jogavam dominó na entrada. Tentou parecer contida e ansiosa. Acenou ligeiramente, apelando para o decote, para Paulo, que primeiramente fingiu não tê-la visto. Após insistência dela e umas pessoas começarem a olhar, ele se levantou e foi até ela.
Paulo- O quê foi!? Porque veio aqui?
 
(intervalo)
Laís (fingindo indignação, falando baixo)- Não fale assim comigo! Eu precisava te achar, falar com você! Meu pai quase me escorraçou de casa!
 
Paulo- Porque, o quê você fez?
Laís- Temos mesmo que conversar aqui? - ela fez cara de incômodo em referência ao barulho e ao pessoal que olhava para os dois.
 
Paulo (tirando a carteira do bolso)- Certo... - ele tirou um punhado de dinheiro, contou rapidamente e bateu com ele no balcão - acerta aí a minha parte, valeu? Vamos... 
Ele indicou a saída para Laís. Os dois caminharam por um pedaço de terra, que dava numa pracinha abandonada, perto da praia. Laís se sentou no banco precariamente sustentado por uma pilha de tijolos e fez parecer que estava insegura.
 
Paulo- Enfim, o quê é tão importante que você quer falar comigo? O dinheiro que eu te dei não foi bom, é?
Laís- Não! Não tô falando disso! Aquilo agora é besteira! E você precisa me ajudar, se não quiser que eu acabe com a minha vida e com a sua, em seguida!
Paulo se assusta, mas não perde a pose.
 
Paulo- É mesmo? Porque você acabaria com a minha vida?
Laís (tomando coragem)- Porque... eu estou grávida, e o pai é você!
 
(intervalo)
 
Paulo fica nervoso, mas dá umas risadinhas de desdém.
Paulo- O quê é isso? O golpe da barriga? É isso mesmo?
 
Laís dá um tapa na cara dele, no impulso, representando bem a personagem.
Laís- Eu quase fui expulsa de casa, minha mãe quer me mandar pra morar no interior! E sem nada! Isso se você não for me auxiliar!
 
Paulo- Mas como eu posso auxiliar? E isso é mentira, Laís!
Laís- Eu não minto nunca, Paulo! Ainda mais numa situação dessas! E você vai me ajudar com esse filho... ou eu acabo com sua reputação e seu sonho de ser prefeito!
 
Paulo fica tenso, e se senta no outro banquinho. Laís se ergue, surpreendida com a própria cara de pau.
Paulo- Você... você não faria isso comigo... você conhece minha família... super católicos... você não seria capaz?
 
Laís- Será que não? Eu estou desesperada, Paulo! E você me diga agora se vai me ajudar, ou não!
(fim do capítulo 6)

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