Capítulo 8 - Passa o Tempo
Renata contou a novidade para Zaíra, que pareceu até alegre.
Zaíra- Ah, menina, um filho é uma coisa muito boa. Mesmo que sua irmã seja uma cobra, talvez não saia uma cobrinha dela.
Renata- É algo muito possível.
Zaíra (dando risadas)- Não pense mal. A sua irmã merece ter um filho!
Renata (suspirando)- Ah... não quero saber. Quero saber como terei meu filho. E ela... que se dane!
Zaíra (zangada)- Não fale assim, querida! O seu futuro sobrinho não merece seu rancor! Não se rebaixe à ela.
Renata baixa cabeça, pensativa.
Zaíra, dando um sorriso, deu um salto do beliche e, remexendo embaixo dele, tirou um par de sapatinhos de crochê, que entregou para Renata.
Zaíra- Toma! Pedi pra minha tia Zenaida fazer, lá fora! Pra você!
Renata (com lágrimas nos olhos)- Oh... amiga! Obrigada! Muito obrigada!
Ela se levantou, sorrindo, e abraçou a morena.
(intervalo)
Três meses se passam.
Renata acaricia a pequena barriga. Era magra e quase não aparecia. Sentava com as pernas esticadas sobre a cama. Zaíra chega e sorri.
Zaíra- Ah, menina, como estou feliz com isso.
Renata apenas sorri.
Zaíra- É uma pena que terão que separá-lo de você.
Renata- Não quero pensar nesse dia.
Zaíra- Detesto perguntar isso, amiga, mas... como era o pai, era bonito?
Renata faz uma cara terrível para Zaíra.
Renata- Preciso falar disso mesmo?
Zaíra- Pra saber se vai puxar a beleza da mãe, ou terá feiúra paterna pra interferir!
Renata não consegue segurar uma risada.
Renata- Não... não era feio.
Zaíra- Já pensou num nome? Ou nomes? De menina e menino.
Renata- Se for menina, terá o nome da minha mãe, Olívia. Se for menino...
Ela chora, e Zaíra estranha.
Zaíra- Que foi menina?
(intervalo)
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