Capítulo 10 - "Dia D"
Já transferida para uma clínica, Renata conversa com Natália, que está de saída.
Renata (falando)- Já perguntei de onde saiu o dinheiro, mas ela não me diz nada!
Natália- Ahn... insista mais, sua mãe não é de esconder nada... ela tá vindo! (ela vê Olívia pela janelinha da porta) - Estou saíndo... oi, Dona Olívia... já vou...
Olívia- Já? Fique mais um pouco...
Natália- Não dá... hoje é aniversário do Juvêncio e eu prometi sair com ele. Beijo pras duas!
Ela acena e sai, quase correndo. Mãe e filha se olham, por um longo momento.
Olívia- A sua... vigia... é muito mal encarada! Essa mulher quase bateu na Natália quando ela quis te ver...
Renata (subitamente)- Ai... mãe...
Ela põe a mão na barriga e depois no lençol, que está molhado. Olívia vai até a filha, assustada.
Renata- Mãe... a bolsa estourou... chama um médico... minha filha vai nascer! - ela sorri, esperançosa.
Olíva, no entanto, nada fala. Vira-se, mal contendo as lágrimas, e sai do quarto. A carcereira que foi posta para vigiar Renata se espanta.
Olívia (com a voz embargada)- Chame... uma enfermeira, um médico... tá nascendo...
A carcereira vai, indiferente. Olívia anda, tateando pelas paredes, até um outro quarto, onde um enfeite com os dizeres "Thelma" está pendurado na porta. Bate três vezes e entra, observando a filha Laís e Romero.
Olívia- Sigam com seu maldito plano... a menina está nascendo.
Romero se levanta, enérgico, e Laís sorri, exultante. Olívia segue o marido e sai.
(intervalo)
Instantes depois, na sala de parto, Renata se esforça para pôr sua filha no mundo. Uma das enfermeiras, porém, olha em direção à porta da sala, de onde Romero e Laís espiam o parto.
Laís (sorrindo, cínica)- O quê o dinheiro não faz...
Romero- Você tem sorte que aquele idiota do Pradaxes...
Laís olha feio pra ele.
Romero (com desdém)- É idiota sim, não teria caído no golpe da barriga se não fosse...
Laís- Ele é de família católica, querido papai.
Romero (cortando-a)- Tanto faz... ainda bem que conseguimos comprar essa daí, a tal Janete... você devia voltar ao quarto, Laís. Deixe que eu vou supervisionar tudo. Fale com o médico que você comprou.
Laís- Pode deixar. E, papai... não demore, quero ver logo a cara da minha filha.
Romero sorri, indulgente, para Laís, que volta para o quarto, acariciando levemente a barriga de grávida.
Romero (para si)- Ainda não sei como aceitei isso... mas com essa assassina meu neto não fica. E vai ser melhor pra todos nós se ficar com a Laís.
Pouco depois, ouve-se choro de neném na sala de parto. Vitória acabara de nascer. Janete pegou-a no colo e mostrou rapidamente para Renata, que sorriu, um tanto débil.
Janete (andando)- Vou levá-la ao banho...
Dizendo isso, saiu com a menina. Janete, porém, piscou para o anestegiologista também comprado por Laís e Romero, que dopou a morena no ato.
(intervalo)
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