Pra você que não tem preguiça de ler =)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Homem ao Chão

Capítulo 3 - A Verdade Escondida pelo Ódio





O som ressoante de um tiro ecoou pela estação. Todas as pessoas presentes se amedrontaram e a bala atingiu Xico bem na cabeça. O sangue espirrou com força, e o pescador caiu no chão. 

Pessoas gritam assustadas. Pânico. Do alto de seu esconderijo, lágrimas rolavam dos seus olhos. A arma continuava apontada para o seu algoz, que, por um instante, pareceu fitá-la nos olhos.
Assustada, caiu aos prantos e começou a chorar. Fraquejou, mas um senhor que correra em direção de Xico olhou o cano da arma saindo pelos combogós, e apontou. Renata caiu em si, apavorada. Percebeu o quê tinha feito.

Correu para a escadaria, mas as pessoas cercavam o começo dela no patamar inferior. Invadiu o restaurante, mais uma vez, e procurou uma saída de serviço. 
Renata- Ah... droga! O quê foi que eu fiz?

Arrombou a maçaneta da porta da cozinha com o punho do revólver, e chutou-a. Não havia saída de serviço. Correu, viu a janela e um andaime. Apanhou uma caçarola de cobre e jogou-a contra a janela, quebrando-a. Esticou-se sobre a janela, apanhando um dos apoios do andaime, mas alguém havia agarrado seu pé.
Segurança- Peguei! Peguei a assassina!

Renata- Não! NÃO! Me solta!
Ela tenta chutá-lo; ele a puxa. Ela se desequilibra e cai do primeiro andar, direto no depósito de lixo.

(intervalo)
"Morri... morri, morri, só posso ter morrido!", pensou Renata.

Não morreu. Mãos puxaram-na de dentro do latão, onde caíra.
Homem 1 - Meu deus, é a filha do seu Romero!

Homem 2- Romero, pescador?
Homem 1- É... ele sempre disse que ela era uma depravada!

Renata é arrastada pelos seguranças da estação. Ao chegarem na rua, ela se depara com Natália, assustada. Passa com cadernos nas mãos; vai estudar.

Natália- Amiga! O quê foi isso? Meu casaco... - ela repara na vestimenta preta de Renata. - O quê você fez?

Renata (chorando, arrependida)- Eu... acabei com ele.

Natália- Você é louca! Amiga, vou atrás de você!

Renata parece não ouvir. Mantém uma expressão descrente. Dos seguranças, é levada aos políciais, que aguardam perto da esquina da estação. Um deles reconhece Renata.

Policial- Ei, você esteve no posto hoje mais cedo... você roubou meu revólver!

Renata- Tá bom, moço... me leva logo.

O homem estranha a resposta dela, mas segue com sua obrigação e a leva para o posto policial.

O que Renata não aguardava era seu pai, com vários pescadores, já esperando lá.

(intervalo)
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário