Pra você que não tem preguiça de ler =)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

(continuação, cap 48)




Jéssica desce e encontra Wagner no Clã. O dia está calmo e não há muitas pessoas na área de lazer. Jéssica se senta e encara o amigo. Wagner então toma a palavra.
Wagner- Não vai ficar com raiva se eu afirmar uma coisa meio íntima da tua parte?

Jéssica- Não, fala!
Wagner- Eu notei a sua... felicidade no jogo de ontem. Com Alysson.

Jéssica tenta desviar o olhar de Wagner.
Wagner- E tá mais que na cara pra todo mundo.

Jéssica- Eu tô afim dele sim. Mas...
Wagner- Mas... o quê?

Jéssica- Não sei... acho que ele não me vê como menina, me vê como líder do Clã...
Wagner- Você tinha que mostrar pra ele que gosta dele, Jéssica.

Jéssica- Eu tento! Já dei montes de indiretas, mas ele não saca ou finge não sacar.
Wagner- Então lhe resta uma alternativa.

Jéssica (irritada)- Qual é?
Wagner- Ser sicera consigo mesma. E com ele.

Jéssica- E eu tenho coragem de fazer isso?
Wagner (sorrindo)- Se você tem coragem de conversar a sós com Breno... claro que tem!

Ela dá uma risadinha. Wagner sorri e sai dali.
(intervalo)

Tarde. Um sol de rachar. Breno chega da praia, notoriamente mais bronzeado, e diz a mãe que vai ficar um pouco lá embaixo.
Mércia- Meu filho, não tem ninguém aqui.

Breno- Isso é o de menos, é só chamar o pessoal.
Mércia- Tá, não demora, tem o almoço. (ela ergue uma sacola que contém comida chinesa).

Breno- Tá...
Ele dá as costas à mãe e sai andando. Anda por trás dos blocos e tenta vislumbrar algum movimento de pessoas. Chega até o bloco A, onde viu Pedro Henrique e Aleff descendo com um pacote. Nada.

Resolve esperar um pouquinho. Nada. Senta-se ao lado de uma pilastra e espera um pouco. Nada ocorre. De repente, um barulho no terceiro patamar do bloco A. Ele se levanta correndo.
Olha. É apenas uma mulher saindo de casa; a porta não queria fechar e ela fez mais barulho que devia.

Breno, irritado e desapontado, deita-se ao lado da pilastra. Nada ocorre nos quinze minutos seguidos. Meia hora depois, Breno, irritado, espumando de raiva, se levanta de um impulso e começa a voltar andando rápido por trás dos blocos. Ao passar pelo bloco C, ele os vê: Aleff e Pedro Henrique descem, da mesma forma que da vez anterior.
Breno arregala os olhos e, pensando rápido, resolve ouvir a conversa dos dois. Corre até a saída, mas esgueira-se para trás de um carro na hora em que Aleff e Pedro Henrique aparecem. Pedro Henrique carrega dessa vez um microsystem.

Breno fica intrigado, e esconde-se melhor quando Aleff abre a porta. Ele ainda pega uma parte da conversa.
Pedro H- ... e da próxima vez, dá pra gente levar mais coisa.

Aleff- Tá certo, a gente combina.
Os dois se calam. Pedro Henrique agarra o microsystem com firmeza e vai em direção do bloco J. Aleff, em direção ao bloco I.

Breno sai de trás do carro e sorri.
Breno- Acho que eu tô sacando... será, trombadinhas?

(intervalo)
Mais tarde, Jéssica resolve botar um ponto final na sua dúvida com Alysson. Decidida, vai até o bloco H e o chama pela varanda. Ele aparece.

Alysson- Oi!
Jéssica- Oi, tá jantando, é?

Alysson- Tô acabando...
Jéssica- Me encontra no bloco A quando tu acabar?

Alysson- Encontro! Jajá eu desço.
Ele sorri e se volta. Jéssica fica tensa e vai andando até o bloco A.

Pouco depois, ela observa Alysson chegando. Ela tenta sorrir, mas se engasga com a própria saliva. Ele se adianta, preocupado.
Alysson- Tudo bem?!

Jéssica (envergonhada)- Tudo! Tudo... tá, sim.
Alysson- Ah, melhor assim.

Ele se senta em frente à Jéssica e fica encarando os próprios joelhos. Jéssica respira fundo, suspira e toca o ombro dele.
Alysson- Então... o quê você tinha pra me falar?

Jéssica- Alysson... eu tô afim de você!
Ele se espanta, e se levanta.
Alysson (incrédulo)- Oi?

(fim do capítulo 48)

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