Capítulo 53 - Chegando a Hora
A manhã nasce, e Breno acorda. Toma banho, toma café, quieto e silencioso. A mãe estranha. Sai para trabalhar. Breno sorri.
Breno- Aleluia.
Vai até o quarto e repassa mentalmente o plano. Pega a mocilha e abre-a. Vê-se um sonífero, comprado na noite anterior, a chave do carro da mãe e um par de algemas, roubadas de quando saiu da Febem.
Breno- Estou pronto para agir.
Fecha a mochila, guarda-a dentro do armário, na prateleira mais alta. Pega o fichário e sai, para o colégio.
Desce, vê os ex-colegas indo pra escola, espera todos passarem. Anda até a portaria, pisa no cadarço propositalmente e o tênis desamarra.
Breno (fingindo)- Ah...! - ele anda até o porteiro. - Segura pra mim, por favor?
O porteiro apanha o fichário, indiferente. Breno se agaixa para amarrar o sapato.
Breno- Então, como estamos?
Porteiro (rude)- Bem. O senhor tá mais calmo.
Breno- Que ótimo, não é?
Porteiro- É.
Breno- Sabe se o Matheus vem hoje? Emprestei um negócio pra ele e tô precisando de volta...
Porteiro (indiferente, organizando correspondências)- Vem, sim... aquele moleque...
Breno- Pois é... obrigado!
Ele arranca o fichário das mãos do porteiro e sai, sorridente.
(intervalo)
Já é de tarde, todos voltam do colégio. Edward reúne todos em sua casa, para festejarem as férias.
Wagner- Mas ninguém está de férias ainda.
Jéssica- Estamos quase! Duas semanas, pra mim!
Todos caem na risada. Se divertem jogando videogame, ou tomando coca, ou comendo salgadinhos que compraram na vaquinha.
Savanna- A gente devia ter feito isso antes!
Jéssica (rindo)- Antes tinha um doido impedindo!
Todos dão gargalhadas. Entram num torneio num jogo de luta. Savanna, bondosa, acha aquilo terrível e não participa.
Após perder uma "luta" para Edward, Welington cede a vez para Duílio, que é incentivado por Isabela. Savanna faz sinal à ele e ele se senta ao lado dela.
Savanna- Sabia que isso aqui tá me fazendo feliz?
Welington- Todos nós!
Savanna- Nunca fui tão feliz assim! É bom demais pra ser verdade.
Welington pega nas mãos dela.
Welington- Mas é verdade. A gente venceu, ele perdeu. Estamos felizes e vai ficar assim.
Ela sorri e o beija. Wagner, único solteiro ali, reclama.
Wagner (irritado)- A gente combinou que ninguém me deixaria segurando vela!
Eles riem, e nem ligam.
(intervalo)
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