Pra você que não tem preguiça de ler =)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

(coninuação, cap 27)




Breno, entediado por uma briga que não foi ele que causou, nega ajuda quando Savanna pede e, indiferente, sai do condomínio, afim de caminhar pela principal do bairro. Sozinho, o que foi mais estranho.

Era raro o líder da Gangue sair sozinho. Sempre tinha seus seguidores, que lhe seguiam aonde quer que ele fosse e que lhe protegia, mas agora ele ia sozinho. Seus seguidores pareciam mais ocupados.

Breno caminhava, com um tímido sorriso no rosto, sorrindo para ninguém ou nada em especial. Parou numa padaria e comprou uma coca. Saiu bebendo negligentemente, trocando olhares com quem o mirasse com interesse. "Trair?" se perguntou ele. "Porque não? Se ela traiu..."

Se concentrando pra não pensar na ainda namorada Isabela, Breno cruzou a rua para o enorme terreno baldio, em frente ao shopping local, onde um cartaz pra prefeitura dizia "Futuramente, a Praça da Paz". Embaixo desse cartaz, sombreado por uma árvore, havia várias barraquinhas, que ofereciam desde CD's musicais até frango frito. Breno andou até um moço que vendia filmes, e os examinava absorto até ser surpreendido por uma voz feminina.

"Breno?"

Ele se virou, e deslumbrou-se com a visão de sua primeira namorada, ex-colega de classe do seu primeiro colégio, o IPEL. Era Laura, uma menina alta, de cabelos castanhos, lisos e curtos, até os ombros. Tinha olhos amendoados e grandes, que o miravam com interesse. Sorria, e abriu os braços para o amigo.

Breno- Ora, que surpresa! - Ele caminha até a ex e abraça. Soltando Laura, ele a olha da cabeça aos pés, com interesse. - Quanto tempo, né?

Laura- Pois é... e você, ainda morando nos Sombreiros.

Breno- Como você sabe?

Laura- Te segui... quando sai do hipermercado. - Ela sorriu, e mostrou a sacola de compras que carregava na mão. 

Breno (olhando-a com interesse)- Vamo sentar pra conversar?

Laura (sorrindo)- Porque não?

(intervalo)

Os dois passaram uma tarde bem animada. Breno mostrou que é capaz de rir, se lembrar de bons momentos, e quando caiu uma garoa fina, os dois correram pelo gramado do terreno baldio, rolaram pela grama e se sentiram amigos novamente.

Perto do anoitecer, os dois se deitaram na grama, sorrindo.

Laura- Ai, ai, só você pra fazer essas doideiras.

Breno fica de bruços, sorrindo e olhando pra ex.

Breno- Acontece quando eu fico à vontade.

Laura- Ah, é?

Breno- É...

Eles sorriem. Breno se deita novamente, agora mais próximo. Os postes de iluminação acendem e algumas pessoas passam pelo terreno, outras param para conversar. De repente passa um carro de som, que alterna o anúncio de uma loja com uma música romântica. Laura e Breno se olham, sorrindo. Ela apóia a cabeça no braço e fica encarando o líder da Gangue.

Breno- Posso?

Laura- O quê?

Breno- Isso.

E dá um beijo na amiga. Laura se entrega ao beijo, mas de repente dá uns tapinhas no ombro dele pra interrompê-lo.

(intervalo)

Laura- Eu tô... namorando. Desculpa.

Breno- Não tem problema, eu também tô namorando.

Laura ri. Breno também ri e entende o recado.

Laura- Amigos, ok? A gente se vê.

Breno- Certo... (levantando; ajuda Laura a levantar e dá mais um beijo nela, abraçando-a)- Quando a gente se vê?

Laura (dá um selinho nele e se solta)- A gente trocou telefones, eu ligo.

Ela solta ele, dá um risadinha e sai. Breno sai em direção oposta.

Minutos depois, Breno chega aos Sombreiros, e verifica a calmaria que ficou. Pedro Henrique está na portaria, pegando umas cobranças para os pais, e nota a cara de felicidade de Breno, quando este chega. Pedro Henrique carrega uma sacola de compras.

Pedro H- Oi... tá feliz? O quê foi?

Breno- Depois eu te conto. Vai ficar aqui embaixo?

Pedro H- Depois eu volto, mas eu tô com... Aleff (ele aponta pro amigo, no banco em frente ao bloco B).

Breno sorri, deixa Pedro Henrique ir para casa e anda, espantosamente, em direção à Aleff e, sentando no banco com ele, fica calado.

Aleff (de repente)- Posso, hum... conversar com você? De boa?

Breno se vira e sorri, enigmático.

(fim do capítulo 27)

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