Pra você que não tem preguiça de ler =)

domingo, 10 de abril de 2011

(continuação, cap 23)




 Na sede da Gangue...

Pedro Henrique, Peruh, Duílio e Isabela estão reúnidos, todos parecendo aflitíssimos. Aleff se junta à vigília e se senta entre Duílio e Pedro Henrique.
Isabela (se levanta, anda de um lado pro outro)- Tomara que ele esteja bem! Ai, meu deus!

Ela cai na cadeira, assustando todo mundo. Peruh dá uma risadinha desdenhosa.
Duílio (baixo)- Sem noção...

Pedro H- Mas quem de vocês viu direito o quê aconteceu?
Aleff- Só vi quando eu tava descendo. Vi Breno correndo e rindo, de Jéssica, e de repente ele parou na porta fechada do bloco H e ela empurrou ele.

Peruh- Foi de propósito?

Aleff- De onde eu tava, pareceu de propósito.

Duílio- Não acho que ela faria isso de propósito.

Pedro H- Também não.

Peruh- Eu acho! Pra se vingar do negócio dos trombadinhas!

Isabela (alto, de repente, cortando eles)- Quero subir no prédio!

Todos se entreolham. De repente Peruh dá uma risadinha e puxa o baralho.

Peruh- Oito maluco! Bora!

Todos se levantam, menos Aleff. Peruh, Duílio e Isabela ficam indiferentes quanto à ele, mas Pedro Henrique faz sinal pra ele os acompanhar. Aleff sorri e acompanha os três.

(intervalo)

No trauma...

Breno acorda, meio desorientado. Imagens do vidro caindo ainda passavam como flashes nos seus olhos. D. Mércia percebe e se levanta, ao lado do filho. Ele tinha acabado de levar os pontos. Ergue o braço, sujo de sangue seco, e encontra o pulso enfaixado. Ri e pousa o braço ao lado do corpo, com um olhar mortal e cheio de rancor.

Breno- Ela vai me pagar caro por ter me empurrado no vidro.

Mércia (sem mostrar alteração)- Ela te salvou.

Breno vira dois olhos espantados pra ela. Mas a expressão torna a ser a de rancor.

Breno- É mesmo?

Mércia- É. Te salvou, me ajudou a te pôr no carro, essas coisas. 

Breno- Tá certo.

Mércia (insistindo)- Nenhum amigo seu, quer dizer, que você chama de amigo, te ajudou.

Breno- Muito compreensível. Vai ver se espantaram com ela me ajudando e não quiseram comparecer.

Mércia- É assim que funciona a coisa? 
Breno- Mãe querida, a menina briga à anos comigo, a gente vive se engalfinhado, a gente se ODEIA. Aí eu me lasco e ela me ajuda, não é espantoso?

Mércia- Ela apenas tem bom coração, meu filho. Ela teve pena de você.

Breno fica calado. Parece estar com vontade de dar várias respostas malcriadas e autodefensivas. Num momento a médica que atendeu Breno pergunta se ele está bem, e logo em seguida o libera.

(intervalo)

No telhado do bloco E, Isabela, Duílio, Pedro Henrique e Aleff estão conversando. Isabela está sentada na borda, porém escondida por uma antena de TV via satélite. Peruh está tirando onda de Rayanne e nem se incomoda de Aleff rir.
Peruh (falando)- ... e se você falar "Rayanne! PUDIM!" ela ri, gente!

Todos ficam rindo,

Peruh- Ela fala "HAHAHA, pu+dim!" hehe...

Duílio rola na telha de tanto rir. Isabela parece fria e aflita, e não para de olhar com censura para todos.

Duílio- Bela, vai ficar de vigia aí, é?

Isabela- Nada, apenas, quero ficar aqui. Estou desanimada.

Peruh- Se anima um pouco! Ele não vai ter nada. Segundo ele mesmo, "vaso ruim não quebra"!

Todos riem, agora com exceção de Aleff.

Duílio- Sai daí, aposto que já te viram. A gente se lasca se nos virem de novo.

Peruh- É, e subimos por sua causa.

Duílio (ao ver o rosto dela)- Ah, se anima.

Isabela levanta e dá um gritinho. Lá da beirada ela observa o carro de D. Mércia entrar na garagem e parar, com Breno saltando em seguida.

Isabela (se encaminhando à janelinha da saída)- Esqueça, já me animei.

(fim do capítulo 23)

 

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