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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Os Amantes da Sexta

Capítulo 3 - Dando uma "Fugidinha"





Em uma semana os dois pareciam estar namorando. Na sexta feira, se encontraram com Renato e Sarah no T.G.I.F. com o intuito de apresentar os dois, mas não aconteceu muito como o planejado.

- Esse Renato? É ele que você queria me apresentar? - disparou Sarah, na primeira oportunidade de conversar com a prima no banheiro.
- É, eu achei que você gostaria de conhecer. - disse Gabriela com simplicidade.
- Affe, ele é chato, tímido, um nerd, um bobalhão! E ele tem barba...
- Esse é o menor empecilho, Sarah...
- Não, não tô afim, pode dizer pra ele...

Mas a situação na mesa não estava muito diferente...

- Essa é a Sarah que você me falou?
- É.
- Achei ela meio... atirada.
- Atirada? Ela e você nem falaram direito.
- Não tô falando de mim, Leo, to falando de você. Ela tá afim de você.
 - Opa, eu tô! - disse uma voz feminina atrás dele.
Era Marcela. Usava um microvestido vermelho e atraiu olhares de todo o balcão quando passou. Ela ajeitou o longo cabelo negro de um lado e sentou no colo de Leandro. Renato engasgou e ela deu uma olhada.

- Não vai apresentar o seu amigo, querido? - disse Marcela, sorrindo, maliciosa.
- Ah, claro... esse é o Renato, ele faz direito... - começou Leandro.
- Ah, DIREITO? - Soltou Marcela; ela saiu do colo de Leandro e sentou no de Renato, que fechou os olhos espantado. - Eu ADORO direito... e aqueles que vão pra direita.
- Q-Quê!? - soltou Renato, espantado.
- Eu sei, querido, desculpe, eu sou meio atirada... - diz Marcela, passando um braço pelo pescoço de Renato, que fica tenso.
- Marcela, a gente tá acompanhado, será que você podia...
- AAAAAAAAI! - ela dá um grito, e faz escândalo. O rosto tenso de Renato se torna em terror e ele fecha os olhos.

- Ele ficou de pinto duro!

- - -

Foi um escândalo.

Na hora, Renato quase teve um infarto; não bastasse as provocações dos homens do balcão, o chamando de "pirralho", "moleque", "tá no queijo, é?". Sarah, ao voltar para a mesa, também achou graça da história e caiu na risada, desagradando Leandro e Gabriela, que resolveram pagar a conta e sair dali. 

Rentao, porém, não quis carona de Leandro, e correu até o ponto de táxi da UFI e entrou direto no primeiro que viu. Gabriela ficou reclamando com Sarah por, no mínimo, uns 45 minutos, depois que o bar fechou, já que durante o expediente ela estava circulando com Marcela, sua nova amiga. 

Já Leandro ficou conversando sobre os motivos da ação evasiva tomada por Renato com Rodrigo e Henrique.

- Juro que não entendi.
- Cara, eu pensei besteira por um momento...
- Pensou o quê, amor?
- Eu fiquei achando que ele era gay por um minuto...

Os outros dois caem na risada.

- Gay? Sério?
- Ele teve uma ereção com a Marcela em cima dele? Ainda acha que ele é gay? - indagou Leandro, com um sorriso.
- Ah... ei falei que era besteira.
- Mas, talvez - fez Rodrigo. - ele possa estar zangado contigo, Leandro.
- Comigo?

Na porta do bar, a discussão era parecida.

- Ele sem dúvidas ficou zangado com você!
- Ele que se dane. É um pirralho, eu não tenho tempo pra pirralhos, priminha...
- Sarah, não seja tão cruel...
- Affe, você me traz pro T.G.I.F. depois daquela confusão pra me apresentar um banana e ainda por cima pegando o cara que eu tava afim!
- Sarah, eu não sabia... você disse "Olha aquele gostoso...", e eu estava de costas.
- Adorei sua justificativa...

As duas ficaram discutindo e pararam no momento em que Rodrigo e Leandro apareceram, se despedindo. No momento seguinte, Rodrigo fechou o bar e Leandro sorriu para as duas.

- Espero que não tenha estragado a noite de vocês.
- Quase, meu querido... - disse Sarah.

Gabriela fechou a cara, meteu a mão na carteira e tirou um punhado de dinheiro.

- Então eu vou coroar... toma! - Ela põe as notas com força na mão da prima. - Pega um táxi, para de falar bobagem. Até amanhã!

Ela dá uma risadinha e, puxando Leandro, que sorri, deixa Sarah pasma.

- Vai coroar, é? - disse Sarah para si mesma. - Você não vai estar usando uma coroa quando eu estiver com o seu namorado.

- - -

- Estou com fome... para ali, ainda tenho um dinheirinho...
- Eu pago, pode deixar...
- É meu lanche.
- É pra gente. - disse Leandro, com tom de ponto final. 

Eles entraram no drive-thru de um fast-food, e esperaram o pedido, durante a chuva que caía.

- Acho que você deveria falar com o seu amigo, Renato. Conversei com ele na quarta passada, ele é uma pessoa muito boa, muito melhor que a Sarah. Foi um pequeno erro nosso.
- É, eu sei. Eu acho que não devia insistir pra ele arranjar uma namorada.
- E depois daquela cena...
- Pois é... ele deve ter ficado realmente irritado. O Rodrigo supôs...
- Eu acho bacana... o Rodrigo e o Henrique.
- Sério?
- Acho... acho que todo mundo pode arrumar um amor.
- Você acha que arrumou o seu?

Ela olha pra ele, sorrindo, e com um "Talvez", beija Leandro. Um beijo intenso, e desejado pelos dois. Ambos não sabiam, a muito tempo, o quê era aquilo. Ao menos um beijo de verdade. Os abraços e carícias aumentaram, e o encosto do banco de Gabriela já estava abaixado quando umas batidinhas no vidro, seguidas de umas buzinadas, despertaram os dois do transe. Eles sorriram, envergonhados, e, pegando o pacote com o pedido, Leandro acelerou com agilidade dali.

- A gente se empolgou, né? - diz Gabriela.
- Foi. Que casa é mais próxima, a minha ou a sua?

Ela lança um olhar incrédulo para Leandro.

- Estou com vontade suficiente pra dizer que é a minha. Entra na próxima direita.

Empolgados e espantados com a própria pressa, chegaram em 15 minutos, derrubando várias coisas no caminho. O lanche caiu quando tentaram equilibra-lo na mesinha de centro e o refrigerante se espalhou pelo chão. Leandro jogou Gabriela no sofá, despindo a camisa logo em seguida. Os beijos e e carícias se tornaram mais calientes, até que uma figura vestindo apenas os shorts do pijama apareceu na sala, e ligou a luz, surpreendendo os dois.

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