(continuação, cap 28)
Breno sorri para a mãe, pega a toalha na área de serviço e volta.
Breno- Tá, mãe, eu quero fazer análise. Vê isso pra mim, tá? Vou tomar banho.
Breno sai, deixando a mãe lívida porém aliviada.
Mércia- Isso é bom demais pra ser verdade.
Breno (fazendo a volta)- Não, mãe. Eu apenas não quero me machucar mais, só isso.
Mércia- Ô, meu filho...
Mércia avança e dá um abraço em Breno, que, surpreso, abraça a mãe, mesmo sem demonstrar emoção no rosto.
Breno- Tá.. tá bom, mãe. Deixa eu tomar banho...
Mércia- Tá, vamos sair pra jantar, ok?
Breno- Não precisa disso, mãe.
Mércia- Precisa, porque não tem janta feita.
Os dois caem na risada, mas rapidamente Breno entra no banheiro e deixa a mãe sozinha.
(intervalo)
Isabela desce, após o jantar, na esperança de ver Breno. É surpreendida quando vê ele saindo com a mãe, sorrindo. Ela fica parada, debilmente, observando o carro de Mércia sair e anda, devagar e desanimada, pro banco do bloco E.
Ela observa, de repente, Duílio chegar na sede da Gangue, com Peruh, e desanima de ir pra lá. Mas Peruh parece que só foi lá mostrar algo pra Duílio. Eles abrem um caderno e os dois riem. Isabela observa Peruh levando a mão à cabeça, parecendo estar atrasado ou preocupado com algo. Ele pega o caderno, solta outra risada e sai, indo apressado pra casa.
Duílio senta, apóia os pés num jarro, e puxa os fones do seu mp3 do bolso. Isabela se levanta, respira fundo e vai até o bloco F.
Duílio, ouvindo música, sorrindo e de olhos fechados, não percebe a amiga chegando. Ela dá um chute no jarro e faz ele se sobressaltar. Ela sorri e se senta ao lado dele.
Duílio (distraído)- Ah, oi...
Isabela- Oi, Dudu... tá ouvindo o quê?
Duílio- Ah, nada demais, é coreano, você não vai gostar.
Isabela- Ah... tudo bem.
Ela sorri, insegura. Duílo volta a ficar absorto na música e Isabela fica se balançando sozinha, olhando pro lado oposto. Os dois parecem com vontade de falar algo.
Decorridos alguns minutos de silêncio, ela puxa o fone do ouvido dele.
Duílio (assustado)- Que foi?
Isabela- Ora, faz alguma coisa!
E tasca o maior beijão nele. Eles se levantam, desorganizados, e Duílio faz Isabela se recostar à pilastra, os dois no maior amasso. Até que...
Rayanne (passando)- Que lindo.
Os dois se viram, espantados. A loira sorri.
(intervalo)
Rayanne- Muito, realmente muito lindo. Estou emocionada pela traição.
Isabela- Rayanne... você...
Duílio- O quê você quer agora?
Rayanne- Sério, Dudu, sabia que você gostava dela, mas você fura o olho do seu amigo assim?
Duílio- Cala a boca... (com voz trêmula)
Rayanne- Nem é só amigo, é o líder doido da Gangue.
Isabela- Minha amiga, deixa a gente em paz!
Rayanne (histéria)- Você não podia fazer isso comigo, Dudu!
Duílio (irritado)- CALA A BOCA! Vem aqui comigo, quero conversar com você.
Rayanne e Isabela (juntas)- O quê?!
Duílio- É... (confuso)- Rayanne, vem cá.
Ele sai andando pros arbustos floridos do bloco F. Rayanne o segue, fazendo olhar malicioso pra Isabela, que fica irritada.
Rayanne- Fala, meu amor.
Duílio (curto e grosso)- Não sou seu amor. Quero que pare com isso.
Rayanne- O quê você quiser, queridinho.
Duílio- Então vai fazer um favor pra mim. Não vai contar o quê viu pra ninguém. Se gosta mesmo de mim, vai ficar de bico calado. Certo?
Rayanne parece hesitar por um minuto, sorrindo esperançosa, mas é rápida, dá um selinho em Duílio, que fica perplexo, e sai, sorrindo, fazendo gesto de silêncio pra Isabela, que nada entende. Duílio olha e balança a cabeça.
Duílio- Nunca vou entender essas garotas.
(fim do capítulo 28)
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