Pra você que não tem preguiça de ler =)

domingo, 17 de abril de 2011

(continuação, cap 28)




Breno sorri para a mãe, pega a toalha na área de serviço e volta.
Breno- Tá, mãe, eu quero fazer análise. Vê isso pra mim, tá? Vou tomar banho.

Breno sai, deixando a mãe lívida porém aliviada.

Mércia- Isso é bom demais pra ser verdade.
Breno (fazendo a volta)- Não, mãe. Eu apenas não quero me machucar mais, só isso.

Mércia- Ô, meu filho...

Mércia avança e dá um abraço em Breno, que, surpreso, abraça a mãe, mesmo sem demonstrar emoção no rosto.

Breno- Tá.. tá bom, mãe. Deixa eu tomar banho...

Mércia- Tá, vamos sair pra jantar, ok?

Breno- Não precisa disso, mãe.

Mércia- Precisa, porque não tem janta feita.

Os dois caem na risada, mas rapidamente Breno entra no banheiro e deixa a mãe sozinha.

(intervalo)

Isabela desce, após o jantar, na esperança de ver Breno. É surpreendida quando vê ele saindo com a mãe, sorrindo. Ela fica parada, debilmente, observando o carro de Mércia sair e anda, devagar e desanimada, pro banco do bloco E.

Ela observa, de repente, Duílio chegar na sede da Gangue, com Peruh, e desanima de ir pra lá. Mas Peruh parece que só foi lá mostrar algo pra Duílio. Eles abrem um caderno e os dois riem. Isabela observa Peruh levando a mão à cabeça, parecendo estar atrasado ou preocupado com algo. Ele pega o caderno, solta outra risada e sai, indo apressado pra casa.
Duílio senta, apóia os pés num jarro, e puxa os fones do seu mp3 do bolso. Isabela se levanta, respira fundo e vai até o bloco F. 

Duílio, ouvindo música, sorrindo e de olhos fechados, não percebe a amiga chegando. Ela dá um chute no jarro e faz ele se sobressaltar. Ela sorri e se senta ao lado dele.

Duílio (distraído)- Ah, oi...

Isabela- Oi, Dudu... tá ouvindo o quê?

Duílio- Ah, nada demais, é coreano, você não vai gostar.

Isabela- Ah... tudo bem.

Ela sorri, insegura. Duílo volta a ficar absorto na música e Isabela fica se balançando sozinha, olhando pro lado oposto. Os dois parecem com vontade de falar algo.

Decorridos alguns minutos de silêncio, ela puxa o fone do ouvido dele.

Duílio (assustado)- Que foi?

Isabela- Ora, faz alguma coisa!

E tasca o maior beijão nele. Eles se levantam, desorganizados, e Duílio faz Isabela se recostar à pilastra, os dois no maior amasso. Até que...

Rayanne (passando)- Que lindo.

Os dois se viram, espantados. A loira sorri.

(intervalo)

Rayanne- Muito, realmente muito lindo. Estou emocionada pela traição.

Isabela- Rayanne... você...

Duílio- O quê você quer agora?

Rayanne- Sério, Dudu, sabia que você gostava dela, mas você fura o olho do seu amigo assim?

Duílio- Cala a boca... (com voz trêmula)

Rayanne- Nem é só amigo, é o líder doido da Gangue.

Isabela- Minha amiga, deixa a gente em paz!

Rayanne (histéria)- Você não podia fazer isso comigo, Dudu!

Duílio (irritado)- CALA A BOCA! Vem aqui comigo, quero conversar com você.

Rayanne e Isabela (juntas)- O quê?!

Duílio- É... (confuso)- Rayanne, vem cá.

Ele sai andando pros arbustos floridos do bloco F. Rayanne o segue, fazendo olhar malicioso pra Isabela, que fica irritada.

Rayanne- Fala, meu amor.

Duílio (curto e grosso)- Não sou seu amor. Quero que pare com isso.

Rayanne- O quê você quiser, queridinho.

Duílio- Então vai fazer um favor pra mim. Não vai contar o quê viu pra ninguém. Se gosta mesmo de mim, vai ficar de bico calado. Certo?

Rayanne parece hesitar por um minuto, sorrindo esperançosa, mas é rápida, dá um selinho em Duílio, que fica perplexo, e sai, sorrindo, fazendo gesto de silêncio pra Isabela, que nada entende. Duílio olha e balança a cabeça.

Duílio- Nunca vou entender essas garotas.

(fim do capítulo 28)

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