(continuação, cap 30)
Só resta à Duílio puxar uma almofada que está em cima do sofá e tentar amortecer a cabeçada que o líder da Gangue lhe tá. Duílio dá uma cotovelada nas costas de Breno, que o solta e lhe dá um soco no queixo. Duílio cambaleia e Breno o agarra, dando dois socos na barriga, um no rosto e o arremessa contra a mesa, fazendo que Duílio deslize pelo tampo de mármore.
Ele bate no jarrinho que havia sobre a mesa e cai no chão, do outro lado. Breno fica espantado enquanto vai até Duílio, que se levanta e dá um soco na boca do estômago de Breno. Este bate com os dois punhos nos ombros de Duílio, que geme, e Breno o empurra contra a bancada que separa a cozinha e a sala.
Duílio se vira e dá um belo chute em Breno, que passa direto e, entrando na cozinha, pega Duílio pelos cabelos e, sem piedade, bate o rosto dele na superfície da bancada. O sangue espirra do nariz de Duílio, que grita, dominado pelo outro. Breno o solta e, quando Duílio tenta segui-lo na cozinha, Breno volta com uma faca enorme, apontada diretamente pro rosto de Duílio.
Duílio cambaleia para trás, se apóia na mesa de jantar e fica ofegando, Breno idem. Ambos estão suados e com sangue em algum lugar do corpo; Duílio tem sangue no rosto, pois quebrou o nariz, e na camisa, pois o jarrinho se quebrou no seu peito com o peso. Breno está mais suado que sanguinolento, já que apenas um filete de sangue escorre da sua boca.
Breno (ofegante)- Anda. Vai andando.
Duílio dá um passo em direção à porta, as mãos na cabeça num gesto de rendição, mas Breno o agarra novamente pelos cabelos e o pressiona contra a bancada. Duílio geme, e Breno, respirando feito um touro, passa a faca por baixo do pescoço do então amigo.
Breno- Eu poderia te matar aqui, seu desgraçado, filho da mãe. Mas eu não vou me sujar mais, nem a minha própria casa... (ele dá uma risadinha e Duílio arregala os olhos, de pânico)... sai!
Ele larga a cabeça de Duílio, empurrando-o para frente ao fazê-lo. Breno cambaleia para trás, a faca ainda na mão, e finalmente se encosta na estante da sala de estar, quando Duílio se levanta e abre a porta.
Breno- Algum comentário, querido?
Duílio o olha, de baixo pra cima, e diz, já fechando a porta:
"CORNO!"
Breno dá um urro de raiva e atira a faca contra Duílio, mas a porta já está fechada, e a faca fica espetada.
(intervalo)
Duílio desce, resolve não ir pra sede da Gangue, mas a sede já está vazia quando ele a vislumbra. Então ele vê Rayanne parada, sozinha, encostada numa pilastra do bloco H, contíguo ao G.
Rayanne- Nossa, ele mandou bem, não foi?
Duílio- O quê?
Rayanne- Breno... te quebrou todo.
Ela ri.
Duílio faz uam careta de dor e toca as costelas. Rayanne chuta uma cadeira de plástico da área de lazer para ele, que se senta.
Rayanne (assumindo um lado passional)- Que foi, meu amor, tá doendo muito?
Duílio não responde, apenas põe a cabeça pra trás e e geme. Rayanne vai pra trás dele, e fica alisando a cabeça dele.
Rayanne- Tá dodói, tá? (ela sorri)
Duílio (tentando se erguer)- Me ajuda... a chegar em casa. Por favor.
Rayanne- Claro, meu amor! (ela fica exultante)- Vamos, vamos, vem, eu te ajudo...
Duílio tenta se levantar, e Rayanne o apara em seu ombro. Ele, cambaleando, cede à ajuda de Rayanne que, se sentindo vitoriosa, o leva pra casa.
(intervalo)
Na quinta feira, de tarde, Breno interfona pra casa de todos os seus aliados e pede uma reunião urgente.
Pedro Henrique e Peruh ficam comentando sobre a urgência à caminho da sede.
Peruh- Será que o juízo dele voltou?
Pedro H- Juízo? Ou vontade de bater?
Peruh- É, você entendeu...
Ao descer pelo bloco J, eles passam pelo bloco I.
Peruh- A gente não devia chamar Duílio?
Pedro H- Não... ele também interfonou, Duílio tá sabendo da reunião.
Peruh faz que entende e continua o caminho. Ao chegarem no bloco H conseguem ver Isabela descendo do bloco E. Parece estranhamente aflita.
Ao chegar na sede, encontram Breno com sua "roupa de guerra": uma jaqueta no maior estilo exército, coturnos e o mais bizarro: um tapa-olho branco que deixava seu rosto ainda mais furioso.
Peruh- Oba! Dia de guerra! - Animado, Peruh faz posição de sentido, e espera ordens do "general" Breno.
Breno- Descansar, recruta.
Todos riem, mas Breno está novamente com uma expressão furiosa e gratificante.
Breno- Então, cadê ele?
Peruh- Ele quem?
Breno- Duílio... (um sorriso aparee no rosto do líder)- Pelo visto, tá avariado ainda, do vasto cacete que eu lhe dei.
Pedro H- Como foi?
Isabela- NÃO!
(fim do capítulo 30)
Nenhum comentário:
Postar um comentário