Pra você que não tem preguiça de ler =)

sábado, 2 de abril de 2011

(continuação, cap 18)




Breno, exultante, retorna (por vias mais iluminadas) aos Sombreiros. Lá, encontra Pedro Henrique e Aleff (com a cabeça enfaixada), num banco. Aleff arregala os olhos ao ver Breno chegando, mas Pedro Henrique percebe que o sorriso do amigo não é ironia, e tranquiliza Aleff.

Breno- Opa, muito boa noite!

Aleff- Pois é...

Pedro H- Tá feliz?

Breno (sorrindo, olhando pro céu)- Tô! Não faz ideia! Vem cá, preciso te contar uma coisa!

Ele já sai puxando Pedro Henrique, que mal consegue murmurrar um "Já volto!" pra Aleff.

Pedro H- Au, não precisa puxar com força, tô indo.

Breno- Ah, apenas não queria que o outro ouvisse... é uma bomba.
Pedro H- Tá, então fala logo.

Breno, porém, não para de andar até que cheguem na sede da Gangue, vazia, no momento. Ele vai adiante até o espinheiro que está no canteiro, ao lado de uma palmeira. Ali ele para.

Pedro H- Já tá longe demais dele. Pode falar, eu tô ouvindo.
Breno- Eu fiz um plano pra matar a marginal!

Pedro H (histérico)- COMO É? Tu quer virar assasino mesmo?!

Breno apenas ri. Ri até se acabar.

(intervalo)

Breno- CLARO que não, seu imbecil. Não sou eu quem vai matar!

E ele conta a história dos trombadinhas e seu trato com o líder.

Pedro H- Você é doido! Você foi longe demais!

Breno- Não, amigo, a China é longe.

Pedro H- E não ficou com medo deles não?

Breno- Medo? Só com o moço do facão... aquele ali vai fazer um belo estrago na marginal...

Pedro Henrique faz cara de terror. Breno olha e ri, com desdém.

Breno- Sabe, Pepê, as vezes eu acho que você é fraco demais pra esse serviço...

Pedro H- Eu apenas não quero a morte de ninguém...

Breno- Nem da marginal?

Pedro H- Ela não precisa... morrer.

Breno- Precisa sim, Pedro Henrique. Eu só ficarei satisfeito com a marginal morta aos meus pés.

Pedro H- Você me dá medo.

Breno- Medo?

Ele ri.

Breno- Ótimo, já posso subistituir o Freddy Kruguer.

(intervalo)

Naquela noite, nada mais se falou. Breno pediu para Pedro Henrique não espalhar, nem para Peruh ou Duílio, pois sentiu que sua excitação seria suspeita por parte de Aleff (que estava presente quando ele chegou). Breno, porém, contou à Isabela, quando os dois subiram no telhado do bloco E, naquela mesma noite. Ela ficou impassível, com um olhar indiferente.

Isabela- Bem... é uma decisão sem volta.

Breno- Nossa, adorei seu comentário, achei que você soltaria um "COMO É?!", que nem Pedro Henrique...

Isabela- Não nego que não desejo a morte dela. Não preciso disso. Mas, se faz você pôr um ponto final em tudo.

Breno- Nossa, eu tô espantado agora. Não sabia que você era tão fria assim...

Isabela- Eu só quero que a marginal engula o tapa que ela me deu na cara.

Breno a abraça, dando um longo beijo após isso.

Breno- Isso, meu amor, a gente pode comemorar. Você vai ter seu tapa vingado.

Ele sorri para uma Isabela de cara dura, e olha para o luar. Ambos deitaram, Isabela com a cabeça no peitoral de Breno, e continuaram abraçados.



(fim do capítulo 18)




 

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