Capítulo 29 - Seria uma Trégua?
Amanhece a segunda-feira. Dia de colégio. Duílio encontra os imãos Pedro Henrique e Peruh, mas decide omitir a "traição". Afinal, era coisa dele.
Do mesmo jeito aconteceu com Isabela, ao vislumbrar o amado no ponto de ônibus. Breno sorriu e se despediu, pois o ônibus dele passou primeiro.
O dia se seguiu tranquilo, e a noite prosseguiu, estranhamente, sem conflitos. Os grupos se reuníram em suas respectivas sedes e não se enfrentaram. Breno apenas deu uma passada rápida na sede da Gangue, dizendo que estava indo tirar os pontos.
Peruh- Já?
Breno (tranquilamente)- Já... não quero que fiquem de estimação.
Todos riem. Duílio estranha o tom brincalhão e descontraído do líder da Gangue. Breno vê que a mãe desceu para levá-lo e, com um tchauzinho, se despede.
Duílio- Foi só eu que notei que ele tá mais alegre?
Peruh- Notei também... e desde quando ele sai de bom grado com a mãe dele?
Duílio- É.. estranho mesmo.
E Duílio, repondo os fones de ouvido, voltou à pensar na amada, com Pedro Henrique e Peruh iniciando uma partida de 8 Maluco.
(intervalo)
Na terça feira, nada de novo. A rotina de todos se manteve inalterada, exceto, novamente, do líder da Gangue. Breno foi para a psicóloga, uma senhora bondosa que usava óculos, chamada Fabrícia.
Duílio- Como assim, psicóloga?
Breno (irritado)- Psicóloga, Duílio, uma pessoa que se formou em psicologia.
Peruh- E desde quando você vai à psicóloga?
Breno- Desde hoje. (ele sorri; todos se entreolham espantados)- E tem mais uma coisa que eu quero avisar pra vocês.
Pedro H- Fala.
Breno- Eu vou dar um tempo com as brigas. Pelo menos, indiretamente. Se eu for tratar de vingança com a Marginal, vai ser só eu e ela.
Peruh- Cumequié?
Breno (sem mais)- É isso... eu não quero me ferrar mais.
Peruh- Você tem certeza que tá bem, Breno?
Breno- Tô.
Peruh- Tá doente? Doença terminal? Vai morrer?
Todos dão altas gargalhadas. Breno esboça um sorrisinho.
Breno- Se eu estivesse com uma doença terminal, eu me suicidava e levava a Marginal junto, muito prático. Se eu fosse morrer eu levava ela junto.
Duílio (virando-se pra Peruh)- É, ele não tá doente.
(intervalo)
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