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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nos Sombreiros


Capítulo 29 - Seria uma Trégua?





Amanhece a segunda-feira. Dia de colégio. Duílio encontra os imãos Pedro Henrique e Peruh, mas decide omitir a "traição". Afinal, era coisa dele.

Do mesmo jeito aconteceu com Isabela, ao vislumbrar o amado no ponto de ônibus. Breno sorriu e se despediu, pois o ônibus dele passou primeiro.

O dia se seguiu tranquilo, e a noite prosseguiu, estranhamente, sem conflitos. Os grupos se reuníram em suas respectivas sedes e não se enfrentaram. Breno apenas deu uma passada rápida na sede da Gangue, dizendo que estava indo tirar os pontos.

Peruh- Já?

Breno (tranquilamente)- Já... não quero que fiquem de estimação.

Todos riem. Duílio estranha o tom brincalhão e descontraído do líder da Gangue. Breno vê que a mãe desceu para levá-lo e, com um tchauzinho, se despede.

Duílio- Foi só eu que notei que ele tá mais alegre?
Peruh- Notei também... e desde quando ele sai de bom grado com a mãe dele?

Duílio- É.. estranho mesmo.

E Duílio, repondo os fones de ouvido, voltou à pensar na amada, com Pedro Henrique e Peruh iniciando uma partida de 8 Maluco.

(intervalo)

Na terça feira, nada de novo. A rotina de todos se manteve inalterada, exceto, novamente, do líder da Gangue. Breno foi para a psicóloga, uma senhora bondosa que usava óculos, chamada Fabrícia.

Duílio- Como assim, psicóloga?

Breno (irritado)- Psicóloga, Duílio, uma pessoa que se formou em psicologia.

Peruh- E desde quando você vai à psicóloga?

Breno- Desde hoje. (ele sorri; todos se entreolham espantados)- E tem mais uma coisa que eu quero avisar pra vocês.

Pedro H- Fala.

Breno- Eu vou dar um tempo com as brigas. Pelo menos, indiretamente. Se eu for tratar de vingança com a Marginal, vai ser só eu e ela.

Peruh- Cumequié?

Breno (sem mais)- É isso... eu não quero me ferrar mais.

Peruh- Você tem certeza que tá bem, Breno?

Breno- Tô.

Peruh- Tá doente? Doença terminal? Vai morrer?

Todos dão altas gargalhadas. Breno esboça um sorrisinho.

Breno- Se eu estivesse com uma doença terminal, eu me suicidava e levava a Marginal junto, muito prático. Se eu fosse morrer eu levava ela junto.

Duílio (virando-se pra Peruh)- É, ele não tá doente.

(intervalo)

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