Pra você que não tem preguiça de ler =)

quarta-feira, 30 de março de 2011

(continuação, cap 17)





A aula segue normalmente, com Breno se empenhando em sempre bater em Jéssica, quando se  emparelhavam durante o nado. Jéssica sempre fazia caretas de dor, e hesitava em contar à professora, pois Breno era o "queridinho" dela, já que era um nadador muito bom.
Jéssica (após levar outro soco nas costas, na borda, para si mesma)- Esse filho da mãe... vou dar uma lapada nele também!

Jéssica nada para o outro lado, prestando atenção em Breno, que está voltando. Ela levanta o braço bem alto, e senta um tapa no colega de turma. Ao contrário de Jéssica, ele grita e faz escândalo. Todos param.

Jéssica (baixo)- Cala a boca seu imbecil!

Breno- Ô, garota, será que dá pra chegar pra lá?

Jéssica- Como é?

Breno (alto)- Tem espaço pros dois aqui!

Professira (gritando, ao longe)- Que foi, hein?

Breno- É ela aqui!

Jéssica- Como foi? É você que tá baten...

Professora (se erguendo, indo até eles)- Vamo parar, certo? Todo mundo voltando...

Jéssica (pra Breno)- Pare de bater em mim...

Breno (igaulmente baixo)- Pode deixar, Marginal...

Jéssica (com raiva)- MARGINA...

Professora- Vamo Jéssica, nada de moleza!

A menina se vira, se desculpa e nada para o oposto de Breno.

(intervalo)

No resto da aula não houverão outros empecilhos, mas Jéssica se vingou dando uma voadora "subaquática" em Breno, e conseguiu disfarçar. Breno, rilhando de raiva, foi para o vestiário, porém, ouviu a conversa de Jéssica com a professora, quando esta chamou a aluna ao sair de piscina.
Professora- Eu tô impressionada com seu primeiro dia! Você nada muito bem!

Jéssica- Ah, obrigada!

Professora- Já tinha feito natação antes?

Jéssica- Sim, mas só por uns seis meses, no colégio.

Professora- Então é mais alguém com dom natural... aqui só o Breno e a Alice tem esse dom, é ótimo ter mais alguém!

Breno (pensando, ao arrumar o material)- Dom natural... desde quando marginal tem dom natural?

Jéssica- Obrigada...

Professora- Ótimo, queria que você guardasse seu material agora, e pode ir.

Jéssica- Certo, boa noite!

Ela rapidamente, pega a prancha e o flutuador e empilha com os outros materiais num canto. Breno estava ali, esperando pra provocá-la.

Breno- Eu achei lindo o discurso da professora pra você, Mary... dom natural...

Jéssica- Pois é, é melhor descer do seu trono.
Breno- Mas eu discordo. Marginais não tem dom natural.

Jéssica (perdendo a compostura e a paciência)- NÃO ME CHAMA DE MARGINAL!

Ela se joga contra Breno, e os dois caem na pilha de macarrões e pranchas. A professora nota a movimentação dos dois e vai até lá. Outros alunos saem do vestiário para ver.

(intervalo)

Jéssica se levanta e começa a bater em Breno com uma prancha, mas ele a chuta com os dois pés nos joelhos e ela cambaleia. Ele se levanta e, ainda de sunga, se joga na piscina, levando Jéssica junto. 

Alguns alunos gritaram "AEEEEEEE!", as meninas guincharam e a professora não sabia se pulava na água ou não, enquanto Breno e Jéssica se engalfinhavam embaixo d'água.

Professora- Parem! Parem! Não me façam ir até aí!

Breno, num determinado momento, agarrou os cabelos de Jéssica e, após se apoia numa borda, consegui fazer "banho chinês" em Jéssica, mergulhando a cabeça dela na água e tirando, várias vezes.

Breno (no meio da algazarra)- Cê gosta disso, marginal?

Jéssica (cuspindo, com uma careta de dor)- Pára...!

E ele enfiou a cabeça dela na água de novo.

A professora e outros dois alunos enfim pulam na água, e Breno solta Jéssica, chutando-a pra baixo, e ela afunda, com as mãos na cabeça. A professora mergulha para ajudá-la, e Breno sobe e vai pro vestiário.

Breno- Ela tinha que me agradecer pelos amigos que tem...

(fim do capítulo 17)


segunda-feira, 28 de março de 2011

Nos Sombreiros

Capítulo 17 - Natação
Naquela segunda feira, nada mais se falou. Nem a síndica reclamou da derrubada do parquinho, que já estava mais capenga do que tudo. Jéssica e o Clã ajudaram Edward a subir. Em sua casa Breno novamente não deu uma só palavra à mãe, e os outros ajudaram com os curativos.

Na terça feira todos estavam prontos pra outra.
Breno desce e encontra Duílio e Peruh nos arredores do antigo parquinho. Ambos acenam com a cabeça.
Duílio- Vai aonde?

Breno (andando)- Natação.
Peruh- Pensei que tu tivesse todo quebrado!

Breno (cara de desdém)- Vaso ruim não quebra, Peruh, já te disse.
Todos riem. Breno dá um sorrisinho e sai.

Já no bloco E...
Jéssica acaba de descer quando Wagner e Alysson vão chamá-la.

Wagner (sorrindo)- Opa, tá saindo?
Jéssica (excitada, sorrindo)- Sim, sim! Meu primeiro dia na natação! Espero que seja legal!

Alysson- Beleza! Boa sorte!
Jéssica (sorrindo, nervosa)- Ah, obrigada!

Ela dá um risinho e corre.
(intervalo)

Breno, que saiu antes e foi à pé, demorou mais que Jéssica pra chegar à natação. Jéssica foi dê ônibus e estava sendo apresentada à turma pela professora quando Breno chegou.
Professora- Oi, Breno, que bom que você veio! Essa aqui é uma novata na turma, é a Jéssica...

Os dois arquirivais não acreditam no que ouvem e se viram muito lentamente. Breno, mantendo as aparências, segura o sorriso no rosto e se aproxima.
Breno- Ah, mas a gente mora no mesmo prédio, somos velhos amigos!

Ele dá dois tapinhas "afetuosos" no ombro de Jéssica, que fica rilhando de raiva. A professora os manda se arrumar, e Breno e Jéssica voltam, com roupas de banho.
Jéssica (entre os dentes)- Quem mandou você entrar na minha natação, seu bosta...

Breno (no mesmo tom)- Sua nada, que eu tô aqui já tem anos... você que vai pegar descendo, sua marginal...
A professora os divide pelas raias da piscina, e coloca Breno e Jéssica juntos.

Jéssica (baixo)- Não sei como não tentou me atacar, seu homicida...
Breno- Calma, minha amiga, a aula começou agora!

A professora apita e Breno, dando um tchauzinho, dá um belo mergulho na piscina.
(intervalo)

sexta-feira, 25 de março de 2011

(continuação, cap 16)


A briga continua feia. Pedro Henrique dá uma bela pancada no pescoço de Edward que ele cai no ato. Pedro Henrique dá vários soquinhos nele depois, que se defende com a perna de cadeira. Ele se arrasta pra debaixo do passa-passa.

Welington e Peruh param um minuto, cansados, e se levantam. Alysson e Duílio estão quase num boxe, tendo as sandálias como luvas. Duílio acerta um "uppercut" em Alysson, fazendo o cair, e fica espantado com o próprio feito. Alysson também parece espantado. Ele sevanta e continua o boxe com Duílo, jogando-o contra a escada do parquinho, mas o outro não se abate e continua na briga.
Aleff desce, num instante, e ouve os gritos vindos do parquinho. Ele corre até lá e vê a cena toda. Isabela, armada com o galho de espinhos, tenta barrar ele. Brande o galho ameaçadora, e ele fica espantado.
Isabela- Você, não se meta! Só vai piorar tudo!

Aleff- Você é doida? Eles estão se autodestruindo!

Isabela (avançando)- Deixa de merda!

Aleff tenta tirar o galho das mãos dela; Isabela se abala, mais fraca, porém dá um puxão maior e acaba fazendo um corte no braço de Aleff, por causa dos afiados espinhos.

Aleff- AAU!

Isabela (após hesitar um minuto)- B-Bem feito... seu... marginal... pega descendo!

Aleff tenta estancar o sangue, mas o corte é profundo e ele decide subir.

(intervalo)

Isabela fica com medo de si mesma e decide jogar o galho de espinhos. As Pirralhas vão até ela, e Savanna a abraça, enquanto a luta rola atrás delas.

Savanna- Tá bem?

Isabela (trêmula)- eu.. não sabia que ia me s-sentir assim ao machucar alguém!

Savanna- Você não é disso!

Isabela- Eu sei...! Mas o Breno mandou...

Rayanne- E você sempre obedece à ele, querida?

Isabela-  Isso não é da tua conta, sua oferecida!

Ela se joga contra Rayanne, agarrando os cabelos dela. A loira grita, tentando se desvencilhar de Isabela e outra briga acontece.

Já no parquinho, Gangue e Clã demonstram sinais de selvageria. Welington sobe no parquinho, seguido por Peruh, que é acertado por um pontapé no rosto e grita de dor. Breno e Jéssica brigam em cima do passa-passa, quase caindo. Breno derruba ela, que cai entre as tábuas cilíndricas do passa-passa e dá um uivo. Breno chuta ela várias vezes, se desequilibra e cai por cima do passa-passa, quase pendurado.

Edward e Pedro Henrique ensaiam uma luta greco romana embaixo do passa-passa, com leve vantagem para o membro da Gangue, que é mais corpulento. Mas o Mago dá uma mordida de tirar sangue no braço esquedo do outro e consegue ficar de joelhos, virando tapas sobre ele.

De repente, todos os duelistas, exceto Pedro Henrique e Edward, estão brigando em pé em cima do parquinho. Breno e Jéssica, se atracando no passa-passa, e no patamar da casinha, Welington e Peruh estão se esganando, dividindo o espaço com Dúlio e Alysson que continuam o "boxe" de sandália. Os quatro vira e mexe se esbarram, balançando o parquinho intensamente, e o parquinho começa a gemer.
Savanna (tentando separar as outras duas que ainda brigam)- Pára! O parquinho vai cair!

Todas as pirralhas olham, e o parquinho solta um estalo, mas nenhum "lutador" parece notar, exceto Pedro Henrique, que chuta Edward (que cai, chorando) e corre pra baixo do passa -passa.

(intervalo)

Num segundo, ouve-se um estalo mais alto e o velho parquinho desmorona, caíndo quase em cima de Edward, que rola na areia mas ainda é atingido pelo passa-passa. Breno, que havia escorregado pelo lado do passa-passa, é atingido pela coluna de madeira e fica meio encoberto por tábuas e pelo escorrego quando o parquinho cai. Sobe uma poeirinha quando a madeira bate com toda na areia. Duílio, Peruh, Welington e Alysson conseguem pular ou cair sem se machucar,  e Jéssica se agarra com força ao passa-passa.

Isabela (gritando; correndo desesperada)- BRENINHO!

Duílio vai ajudá-la, cansado, a tirar as tábuas de cima de Breno, que está xingando, com a boca sangrando e um corte no começo dos cabelos. Ele tateia em busca dos óculos, ainda com um braço e as pernas presas, e acha os óculos intactos. Mary solta o passa-passa, devagar, e tenta tirá-lo de cima de Edward.

Ninguém falou nem fez objeção ao grupo oposto; Isabela contaram com a ajuda de Pedro Henrique para tirar as tábuas e Breno, sangrando, foi com eles pra sede da Gangue. Peruh, por sua vez, tinha se esquecido do corte provocado pelo cano de PVC e subiu, pois estava sangrando muito. Todos muito cheios de areia.

Edward tinha a cara cheia de areia, o que provocou risos em Rayanne (ele jogou areia nela depois), e ficou massageando o corcuto da cabeça, que foi atingido pelo passa-passa.

Jéssica- Tá bem?

Edward (com lágrimas nos olhos)- Tô.. tô sim.

Wagner, que havia saído com a avó, aparece naquela hora e se espanta com o parquinho caído. Vários adultos cercam o Clã, que ainda está no parquinho.

Jéssica- Vem, vamos te ajudar.
(fim do capítulo 16)

Nos Sombreiros

Capítulo 16 - Duelo de Grupos




Naquele fim de semana não rolou mais nada. Jéssica estava decidida a vingar Aleff, mesmo ele não sendo do Clã. Os membros do Clã sacaram a intenção de elevar a guerra à níveis "mais tentos", e Jéssica mandou eles fazerem "atentados" quando desse.

Por exemplo, Edwrad jogou um balde de água fria, da varanda dele, em Duílio, que estava na parque. Duílio jurou vingança. No dia seguinte ele pôs uma aranha na camisa de Edward, quando ele passou. O garoto se debateu louamente, chorando, e só pela mãe foi acalmado.

Na segunda feira, nada demais. Todos na escola, e Aleff se matriculou no mesmo colégio de Pedro Henrique , Duílio e Peruh (que ficou ultrajado). De noite, Gangue e Clã desçeram. Savanna foi conversar com Peruh, que saiu todo feliz. Duílio parecia incomodado com Isabela e Breno se beijando, quando ele e Pedro Henrique estavam jogando Uno com os dois.

Duílio (após meia hora)- Vocês querem parar? Não tô afim de segurar vela!

Breno (rindo)- Então saia =D

Isabela- Sai não, Dudu, a gente dá um tempo...

Ela e Breno sorriram e se separaram um pouco. Breno roçava o pé na cintura dela, que ria. Pedro Henrique se virou de repente. Olhando o povo do Clã, que estava reunido no parquinho.

Pedro H- Eles não param de dar dedo pra mim...

Breno- Lógico, pessoas sem noção não saberm puxar briga.

Duílio ri.

Duílio- Até que seria bom uma briga no parquinho, lembra da última vez?
Breno- Lembro... (ele dá um risada) Eu derrubei a marginal lá da casinha, ainda tinha aquela lona... ela caiu no balanço e ele arrebentou! HAHAHAHAHAHA!

Todos riem. Isabela se levanta.

Isabela- Porque não faz isso de novo?

Breno- Tá insinuando que quer fazer uma guerrinha?

Duílio- Bora! 

Breno- Vamo sim! Levanta, Pepê! (o outro se levanta, com susto)- Vai chamar Peruh no bloco G e pede pra ele pegar o cabo de vassoura que eu escondi no terceiro andar!

Pedro Henrique vai, aos tropeços.

Duílio- Quer baixar o nível mesmo?

Breno- É... se é pra ser sem noção... Isabela, pega aquele galho cheio de espinhos, ali, embaixo do arbusto, servindo de armadilha... vai ser sua arma.

Duílio (enquanto Isabela assente e sai)- Vamos todos armados?

Breno- Sim. Com a marginal, eu vou só no muque mesmo. E aí do maginal nº 2 se ele aparecer lá...

(intervalo)

Jéssica (do alto do parquinho)- Eita, eles estão armados... anda, pega o cano de PVC que tá solto no bloco I. Tirem as sandálias porque o pau vai comer...

Todos obedecem. Jéssica, igual a Breno, não se arma. Alysson se arma com sandálias, Edward, idem. Welington pega o cano de PVC e olha feio para Peruh, que desce com o cabo de vassoura. Edward acha uma perna de cadeira de plástico, quebrada, e se arma. Jéssica ordena que todos se alinhem de um lado do parquinho.

Alysson- Eita, vai ser guerra estruturada mesmo!

Breno, ao longe, vê todos enfileirados e sorri.

Breno- Ok, galera, vamos imitar o jeito sem noção da marginal.

Jéssica (ao ouvir "marginal")- Tá falando de mim? 

Ela "escala" o parquinho. Breno se adianta e fica em pé no banco.

Breno- Hum, pode ser.

Todos os da Gangue se alinham de frente ao Clã. Todos brandem suas "armas" ameaçando o lado oposto.

Breno- Pronta?

Jéssica- PRONTA!

E ela se joga contra Breno, que se abaixa, e ela rola o escorregador. Ele cai junto dela, involuntariamente, enquanto todos os membros de Clã e Gangue se atracam. Alysson dispara quase todas as sandálias contra Duílio, que se defende com o seu próprio par. Os dois entram numa luta corportal e caem no chão.

As Pirralhas e Savanna se aproximam. De longe Savanna vê Peruh e Welington brandindo suas armas um contra o outro. O cano de PVC é menos resistente que o cabo de vassoura e começa a rachar.

Pedro Henrique quase que apanha de Edward, porque está armado apenas com seu par de sandálias. Ele as encaixa nas mãos e se defende dos golpes, acertando o rosto de Edward, que uiva de dor e raiva.

Jéssica e Breno são os mais brutos. Breno dá um cruzado de direita no rosto de Mary, que revida com um de esquerda. Ela dá uma joelhada nas costelas dele, que cai, mas dá um chute rápido em Jéssica, que grita e cai também. Ele se levanta e escala o parquinho para pular em cima dela, mas ela é rápida e sobe também, mudando os planos dele, que derruba ela com uma rasteira, caindo também, e tenta sufocá-la, igaul fez com Aleff.

Ouve-se um estalo quando o cano de PVC estoura; Peruh aproveita para golpear Welington nas costas, e esse cai. Ele pega um pedaço afiado de cano e tenta perfurar Peruh, que grita, ferido. Peruh larga o cabo de vassoura, dá um rasgo (ARIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!) e chuta o joeho de Welington, por trás, com toda força, fazendo ele cair. 

(intervalo)


terça-feira, 22 de março de 2011

(continuação, cap 15)

A Gangue não fez nenhuma programação pro sábado. Alguns resolveram ir pra Praça da Paz, Isabela e Breno quiseram suber de noite no telhado do prédio, mas ninguém acompanhou. Pedro Henrique foi ver como Aleff estava, levando Peruh, que foi à contragosto. Duílio subiu pra casa, fugindo das investidas doentias de Rayanne, que insinuava abertamente que adoraria ficar numa ilha deserta com ele.

O Clã, por sua vez, marcou de ir pruma pizzaria, pro rodízio. Jéssica estava se arrumando quando Savanna bateu na sua porta, já arrumada (Welington tinha chamado ela).
Jéssica- Oi Bondo... quer dizer, Savanna!

Savanna- Oi Mary! (deu um beijinho no rosto dela)
Jéssica- Eu não tô pronta ainda, me ajuda a escolher outra camisa... essa não combinou com a saia...

As duas foram pro quarto de Jéssica. Jéssica apreciando a ajuda da amiga; Savanna, por sua vez, parecia confusa.
Savanna- Essa aqui...

Jéssica- Ah, obrigada! (olha no espelho, põe por cima)- Vou trocar ali, senta aí.

Savanna se senta e fica se encarando no espelho. Jéssica volta, pouco depois, com a outra blusa, a saia marcando bem seu corpo. De repente ela olha pra Savanna.

Jéssica- Que foi?

Savanna- Nada demais?

Jéssica (sentando, na cama)- Me diz... acho que eu já sei...

Savanna- Eu tô confusa com os dois!

Jéssica apenas olha, tentando ser compreensiva.

Savanna- Eu acho o Peruh tão... legalzinho... tão gente boa.

Jéssica apenas faz uma cara de insatisfação.

Savanna- Mas o Welington é tão... mais... homem, sabe? Não é julgando o Peruh, só acho ele um pouco criança ainda...

Jéssica- Nisso concordamos. Ô pirralho chato.

Savanna ri, e Jéssica dá um sorrisinho.

Jéssica (se erguendo)- Vamos. (ela puxa Savanna, que ri)- A gente decide no caminho.

(intervalo)

As duas continuaram falando de Peruh e Welington, até se encontram com Alysson lá embaixo. Welignton desceu também, já arrumado, e Savanna foi até ele.

Alysson- Muito bonita! (pra Jéssica)

Ela deu um sorrisinho.

Jéssica (tentando disfarçar a vergonha)- Wagner... já desceu?

Alysson- Já, já, só faltava vocês duas. Wagner tá ali na portaria, com a avó. Tá pegando dinheiro pra ir.

Jéssica dá uma risadinha nervosa. Os dois começam a caminhar para a portaria. Edward quebra o clima entre Savanna e Welington ao falar de jogos pro amigo, que parece levemente desconcertado.

Eles vão caminhando juntos à pizzaria, uma das muitas do bairro. O clima está menos tenso agora. Wagner e Edward vão conversando sobre um jogo de PS2, enquanto Welington, Savanna, Jéssica e Alysson conversam sobre filmes.

Na pizzaria, nenhuma surpresa. Todos entraram pro rodízio e Edward e Alysson fizeram uma aposta pra ver quem comia mais. Acabou que Wagner comeu mais que os dois juntos.

Na volta, alguns tontos de tanto comer (Wagner, em específico), escutaram alguns gritos quando passaram pelos muros do prédio.

Jéssica- De novo? Quem tá brigando agora?

Eles caminharam com um pouco mais de pressa e descobriram, sem surpresa nenhum, que se tratava de Breno. Ao lado de Isabela, ele esbravejava com a mãe de Aleff.

(intervalo)

Ele dizia que agiu em legítima defesa, mas num tom tão forte quanto o da mãe de Aleff, que não acreditava em uma só palavra do que ele dizia.

Mãe de Aleff- Ele quase quebrou um osso, seu bruto! Você diz que tava se defendendo!

Breno- Eu não falei isso, analfabeta, eu falei "legítima defesa"! Seu filho querido me atacou primeiro, e eu fiz aquilo pra não me machucar!

Mãe de Aleff- Mas é muito petulante mesmo!

Breno (se virando)- Olha, eu tenho coisas melhores pra fazer do que discutir com a Sra. Se não se importa eu vou pegar descendo...

Ele sai, puxando Isabela. A mãe de Aleff fica no mesmo lugar, respirando fundo, parece que vai explodir de raiva. Jéssica, o Clã e Savanna chegam.

Mãe de Aleff (para si)- Eu vou acabar ficando louca...

Jéssica- Moça, calma... não dê bola pra ele.

Mãe de Aleff- "Não dê bola pra ele"?! Como assim? Ele quase destroça a cara do meu filho e eu não vou dar bola pra ele? Ele vai pagar tudo que fez ao meu filho, eu vou acabar rogando praga, e praga de mãe pega!

Edward (comentando pra ninguém em particular)- Um praga pra ele até que não cairia mal...

Savanna olha feio pra ele e vai andando. Welington a segue. Jéssica sai de perto da mulher, que parece transloucada,  e vai pro banco do bloco B. Edward sobe, e Wagner e Alysson sentam com ela.

Jéssica (suspirando)- É... vamos elevar a guerra à níveis mais tensos agora...

(fim do capítulo 15)

Nos Sombreiros

Capítulo 15 - Força Bruta




Tudo aconteceu muito rápido. Breno correu em direção a Aleff, e quando este se preparava para segurá-lo, Breno deu um pulo e uma chave de perna em Aleff, fazendo os dois cair.

Peruh- WOOHOO!
Todos gritaram; alguns, pedindo socorro, outros, incentivando. Breno tentava agora sufocar Aleff, pois além da chave de perna na boca do estômago ele dava um mata-leão em Aleff. Aleff, no limite de suas forças, deu uma cotovelada nas costelas de Breno, que deu um gemido de dor e afroxou o mata-leão. Aleff tentou sair de cima de Breno, mas este foi mais rápido, e, aproveitando que Aleff estava caído de costas, montou em cima dele, prendendo os braços com os joelhos e começou a virar tapas em Aleff, que, imobilizado, só podia gritar.

Jéssica gritou e correu pros seguranças, pedindo ajuda. Ninguém teve coragem de ir separá-los, com medo de Breno. Num impulso que deixou todos de boca aberta, Pedro Henrique tomou coragem e correu para tentar separa-los, tentando puxar Breno, que ainda virava tapas furiosos em Aleff, que sangrava.
Jéssica chegou com os seguranças, e foram precisos dois para tirar Breno de cima de Aleff, pois ele resistia, segurando na cabeça e no pescoço do outro, as mãos cobertas do sangue de Aleff. Pedro Henrique foi afastá-lo de Aleff e levou um chute no rosto que preocupou até Jéssica. Peruh e Duílio foram lá, ajudá-lo, quando Isabela chegou. Várias pessoas já rodeavam o parquinho.

Pedro H (massageando a face; falando pros amigos)- Vai ajudar Aleff...
Ele se sentou, e Isabela, Peruh e Duílio se ajoelharam ao lado de Aleff, que parecia estar desacordado. Ao longe ainda se ouviam os gritos de fúria de Breno, que parecia alucinado. Os seguranças levaram ele pra casa. Peruh, Pedro Henrique, Isabela e Duílio conseguiram carregar Aleff até em casa, e a mãe deste ficou desesperada. Aleff acabou parando no hospital.

(intervalo)
Breno não deu as caras lá embaixo até o sábado, quando todos desceram. Agora não só os jovens comentavam da briga, mas também as "velhas", alguns adultos e os porteiros. Em pouco tempo todos souberam do ocorrido. 

Breno era evitado por todos, que lhe respondiam com monossílabos e olhares esquivos. Quando ele, muito irritado, chegou à sede da Gangue, todos estavam presentes, mas nenhum teve coragem de encarar Breno. Ele se sentou ao lado de Isabela, pegando na mão dela, e ficou como se esperasse comentários. De repente Pedro Henrique tomou a palavra.
Pedro H (voz fraca, com medo)- Precisava daquilo tudo?

Breno- Você acha que não?
Pedro H (arregala os olhos)- Eu... acho que...

Peruh (interrompendo)- Achei aquele golpe da chave de pernas bem massa!
Breno (sorrindo)- Assista 007 contra GoldenEye que você aprende!

Todos riram, menos Pedro Henrique.
Breno (notando a indiferença dele)- Que foi, Pepê, tá comovido?

Pedro H (se levantando, falando alto)- O cara quebrou o nariz, um dente de leite... quase deslocasse a retina dele! Você acha que eu não me comoveria com um amigo machucado?
Todos ficam em silêncio. Breno fica igualmente de pé; o efeito é bem mais perceptível; era bem mais alto que Pedro Henrique.

Breno (bem suave)- Então se comova. Fique com raiva. Fique irritado. E se acostume. Vai ter mais porrada. Você vai ver. Agora corra pro seu amiguinho da floresta. Vá ouvir músicas japonesas com ele. Já basta todo mundo me olhar de lado, lá vem você tambpem falando merda. Não vou bater em você, Pedro Henrique, você é meu amigo. Mas não hesitaria em fazer você sofrer vendo seu amigo apanhar novamente.
Isabela solta um exclamação mínima. Duílio e Peruh se entreolham. Pedro Henrique fica mudo, com cara de terror, e se senta.

Breno (sorrindo)- Melhor assim.
(intervalo)

segunda-feira, 21 de março de 2011

(continuação, capítulo 14)


O resto da segunda feira foi normal. Breno não quis ir atrás de Aleff pelos Bancários e nem quis esperar pela volta deste. Resolveu subir. Peruh e Duílio ficaram observando o "chefe" desaparecer para falar entre si.

Duílio- Ele tá estranho...
Peruh- Como assim? É o mesmo serial killer de sempre (e sorri).
Duílio- Sei lá... tá mais seco, mais rude, mais vingativo.

Peruh- Mais ainda?
Duílio- É. Ele tá descontando raiva até na gente agora.

Peruh- Ele sempre fez isso.
Duílio- Não, ele apenas fazia todo mundo pagar pelo erro, quando a culpa era de toda a Gangue. Agora tá prejudicando a gente, tá falando mal da gente, tá depreciando a gente.

Peruh- Comigo ele não faz isso...
Duílio- E as várias vezes, na viagem de volta, que ele frescou da sua cara em relação à Bondosa?

Peruh (ficando vermelho)- Não gosto quando falam de mim e de Savanna!
Duílio (rindo)- Que foi? Vai dar pití?

Peruh (se levantando)- Não! Apenas... não quero falar nisso.
Ele recolhe o baralho das mãos de Duílio e sai, sem dizer mais nada.

Duílio (para si)- Ô povo doido...
(intervalo)

A noite da segunda-feira foi tranquila. O Clã apenas jogou bola, enquanto os membros da Gangue não deram as caras pelos jardins dos Sombreiros. Alguns tinham prova e resolveram ficar estudando.

A terça feira foi igualmente monótona: poucos desceram, provas para alguns e Clã jogando bola com uns garotos mais velhos.

Na quarta feira, a Gangue resolveu descer pra jogar "Três cortes"...

Breno (correndo pro bloco F, com a bola de volley)- Voltei! Vamo! Três cortes ou cinco?

Pedro H- Três!

Duílio- Nada disso, cinco é mais emocionante!

Peruh- Cinco dá pra escapar!

Breno -É, cinco é melhor que dá pra todo mundo dar um toque...

Pedro H- Eu chamei Aleff pra jogar...

Breno (estreitando os olhos, dá uma respirada)- Hum... ótimo.

Peruh- Já saquei...

Duílio- Então... chamaremos o Clã também?

Breno- Porque não? O outro nome de três cortes é " maneira fácil de dar porrada"!

Todos riem e se dirigem para o bloco A. É tardinha. O Clã está jogando "Jogo da Vida".

Jéssica (se erguendo)- Que é agora?

Breno (com a bola de volley nas mãos)- Vamos jogar cinco cortes? Quer vir? Você e seu bando?

Jéssica (sorrindo)- Ah, ótimo! Vamos fazer do tipo "coexistência pacífica", é?

Breno (rindo)- Ou quase isso... vamos?

A Gangue sai, e os membros do Clã se apressam em guarda o jogo da Vida para segui-los.

(intervalo)

Gangue e Clã jogando três cortes juntos. Clã de um lado da roda, Gangue do outro. Na primeira rodada, ganharam vida Breno, Duílio e Jéssica. Breno, inclusive, deu um corte fortíssimo nas costas de Alysson, que disse que ainda revidaria.

Durante a segunda rodada, tanto Breno quanto Jéssica perderam as vidas, e Duílio cortou Jéssica, que saiu do jogo com raiva. Desta vez, Alysson ganhou vida com Breno, e Duílio manteve duas.

Quando iam começar a terceira rodada, Aleff chegou. Os olhos de Breno brilharam de felicidade... ia baixar mais porrada no marginal nº 2...

Breno- Ok, organiza...

Aleff ficou, involuntariamente, de frente para Breno. Este, por sua vez, mandou um olhar para Duílio para mandar o 5º corte para ele, quando pudesse. 

O jogo continuou. O primeiro cortado foi Pedro Henrique, que se descuidou. Depois, Alysson perdeu a vida e foi cortado de novo por Duílio. Jéssica tirou a vida de Duílio. Edward resistiu mas foi cortado por Aleff, que se desculpou pela força do corte. Restaram Breno, Peruh, Duílio, Jéssica, Welington e Wagner, além de Alysson e Aleff.

Alyssom levantou o quinto corte pra Aleff, e Breno foi disputar com ele o corte.

PAF!

Aleff bate primeiro e a bola quica na cabeça de Breno, tirando uma vida. Breno apenas rilhou os dentes com raiva, mas agarrou a bola e se colocou no seu lugar. Seguiu o jogo.

Welington cortou Duílio, tirando a segunda vida dele. Breno revidou com força e cortou Welington, que ficou momentaneamente sem ar. Edward fez menção de avançar contra Breno mas foi desestimulado por um olhar de Jéssica. Jéssica cortou Peruh, que deu um rasgo (ARIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!) e saiu reclamando. Breno e Duílio combinaram entre si em duas jogadas e tiraram Wagner. 

Jéssica (gritando)- A gente já disse que não vale combinar!

Breno não se deu ao trabalho de responder e mandou o segundo corte pra Jéssica combinar, calando a boca dela. Alysson levantou o quarto e Aleff mandou o quinto nas costas de Duílio, que saiu. Restaram Alysson, Breno, Jéssica e Aleff. 

Breno- Ok, pode cortar o levantador agora...

Na primeira oportunidade, Aleff levanta ingenuamente a bola para Breno, que, sem dúvidas, corta com toda a força no rosto dele. Sai sangue do nariz, e a bola quica na direção de Breno, que corta novamente contra Aleff, que havia virado de costas.

Jéssica (com raiva)- TU JÁ CORTOU ELE, MALDITO!

Breno- Cala a boca que o negócio aqui vai esquentar agora!

Aleff (gritando, pra Breno)- Seu porra, quebrou meu nariz.

Ele se joga contra Breno, que é desequilibrado e cai sobre o escorrego, levando as mãos às costas pela dor.

Peruh- Ih, Aleff vai se lascar...

Ele faz cara de excitação quando Breno levanta, estrala os dedos e o pescoço, vira pra Aleff e diz "Você pediu..."
(fim do capítulo 14)

Nos Sombreiros

Capítulo 14 - Nova Briga




Breno, Duílio e Peruh até as três da tarde jogando 8 Maluco, quando Aleff desceu. Ele encarou Breno duramente, e se dirigiu à portaria do prédio.

Breno (para os amigos)- Olha, fugindo...
Duílio e Peruh riem, chamando a atenção de Aleff, que se vira mas vai embora. Duílio se vira para Breno.

Duílio- Mas tá pensando em fazer o quê?

Breno- Ah, um simples atentado.
Peruh- Simples?

Breno- É!

Duílio- E sua mãe, falou o quê de você? Ela ficou sabendo?

Breno (friamente)- O porteiro contou pra ela, aquele fofoqueiro...

Peruh dá uma risadinha, mas Duílio permanece sério.

Duílio- Ela esquentou contigo?

Breno- Não. Eu tenho ela na minha mão, vocês esqueceram?

Peruh sacode a cabeça negativamente. Duílio encara Breno.

Duílio- Só queria saber se você tinha se lascado.

Breno- Pode cuidar da sua vida, Duílio. Deixa que eu tomo conta da minha.

Peruh se espanta com a frieza de Breno e Duílio se levanta, para respirar.

(intervalo)

Jéssica, Welington e Wagner se reúnem na sede do Clã. De lá, observam Breno no parquinho com Peruh e Duílio.

Wagner- Estão lá faz um tempinho... devem estar planejando algo.

Jéssica- Breno não planeja, ele apenas age. Sempre foi assim.

Welington- Você não notou que ele voltou meio mudado?

Wagner- De Salvador, não é? Mais sério, mais sombrio.

Jéssica- Eita, Wagner, não é um personagem de jogo não, é só um louco qualquer.

Welington ri. 

Pouco depois, chegam Alysson e Edward. 

Edward- E aí, ninguém jogando bola?

Wagner- Não, você quem tem bola...

Jéssica- É, e eu to pensando em subir pra fazer tarefa.

Alysson- Eeeeita, acabou com o ânimo da geral aqui!

Jéssica- A gente tem que fazer tarefa de vez em quando, né?

Todos riem. Jéssica se encaminha ao bloco E, enquanto os outros vão pra casa de Edward atrás das bloas para jogar.

(intervalo)

sábado, 19 de março de 2011

(continuação, cap 13)


Breno janta com a mãe, num silêncio absoluto, e quando o jantar se encerra diz que vai descer. A mãe nã ofaz nenhuma objeção e ele desce.
Encontra Pedro Henrique lá embaixo, sozinho. Ele faz um sinal e se senta ao lado do amigo. Está tranquilo e não tem muita gente lá embaixo.

Breno- Você acha que eu sou doido?
Pedro H- Por que isso agora?

Breno- Porque até a minha mãe acha que sim. Por favor, seja sincero.
Pedro H (com medo)- Não... não acho. Você sempre foi esquentado, só isso.

Breno parece aliviado.
Breno- Minha mãe disse que quer me mandar prum sanatório.

Ele ri, alto,  e Isabela aparece na varanda.
Isabela (gritando)- EEEEI, desce e nem me chama, né?

Breno (alto)- Desce agora!
Ela concorda e entra pra sala.

Pedro H- Sua mãe não faria isso.
Breno- Eu sei que não. Ela me ama, nunca desistiria de mim.

Pedro Henrique nota o sarcasmo na última frase dita por Breno.
Breno- Mas ela tá aqui (ele abre a mãe e dá um tapinha com a outra)... ela nunca faria algo contra mim.

Pedro H- Se assim você diz...
Os dois se entreolham, e Isabela aparece.

(intervalo)
Isabela, Breno e Pedro Henrique ficaram conversando até tarde naquele domingo atormentado. Os três subiram rindo, no fim das contas.

Segunda feira, dia sem folga. Todos no colégio. Pedro Henrique e Peruh chegam primeiro no prédio. Depois chega Duílio. Os três almoçam e descem pra conversar. Nesse meio termo chega o pessoal do Clã e Aleff, que vem conversando com Jéssica calmamente, sobre assuntos de escola. Aleff também desce, e ao ver Pedro Henrique no parquinho se dirige até lá. Peruh tenta recomeçar o plano de Breno, mas Aleff agora responde de igual pra igual, e por pouco não sai uma briga. Nesse momento, chega Breno. Irritado pela demora do ônibus.
Duílio- Oê!

Breno dá um aceno. 
Peruh- Não vem aqui, tá infestado!

Breno- Por que?
Peruh- Por quem, você quer dizer...

Aleff faz uma cara irônica para ele.
Aleff (pra Breno)- É que eu tô aqui.

Breno (dando de ombros)- Então pode ficar aí se pendurando nos galhos do parquinho, habitante da floresta...
Aleff- Como é? (e se levanta)

Breno- Além de selvagem ficou surdo agora?
Breno continua seu caminho. Passa a mão na barriga.

Breno- Tô com fome, vou almoçar e depois venho te domesticar, seu selvagem.
Peruh e Duíio dão altas risadas. Aleff se senta. Pedro Henrique fica sem saber o quê fazer.

Pedro H- Tenha calma, ele só quer te ...
Aleff- Provocar? Ele é um imbecil, não tem nada pra fazer e fica tirando onda.
Peruh- É que ele não quer que a Gangue ande com pessoas selvagens, só isso...

Aleff vira um tapinha rápido que pega na orelha de Peruh, que quase cai pra trás, no parquinho. Aleff se levanta, com raiva, e vai saindo.
Pedro H- Aleff, volta aqui! Ele não fez...

Peruh- Por mal!? (furioso)- Falei por mal sim, não gosto de você, sua criatura da floresta!
Aleff não diz nada, apenas sobe.

(intervalo)
Pedro H- Será que vocês podem parar?

Peruh e Duílio apenas riem.
Pedro H- Ele é legal, vocês ficam tirando onda com o nome da cidade dele...

Duílio- Eu não fiz nada, apenas ri.
E voltam a rir. Pedro Henrique levanta e vai embora.

Pedro H (falando, saíndo)- Vocês tinham que crescer...
Duílio (gritando)- E você tinha que rir mais!

Peruh quase chora de rir.
Depois de uns quinze minutos, Breno desce. Ele faz uma cara de espanto e um sorrisinho.

Breno- Ué, cadê o marginal dois?
Peruh (rindo)- Voltou pra floresta dele!

Os três riem. De repente, Peruh puxa um baralho e eles jogam 8 Maluco.
Breno- Mas aguardem!

Duílio- O quê?
Breno- A criatura da floresta ainda vai ser domesticada! Eu acho que uma pancada na cabeça foi pouco!

Duílio e Peruh trocam olhares de assombro.
Peruh- Então manda ver!

(fim do capítulo 13)