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domingo, 13 de março de 2011

Nos Sombreiros

Capítulo 8 - Choque em Salvador




Jéssica sente o choque imediatemente; treme descontrolada, grita e arregala os olhos. Alguns correm pra ela. Breno se dobra de rir à um canto.

Síndica- Solta o microfone, menina!
Ela solta, caindo no chão, desacordada. Um dos guias põe um pano de algodão na mão e se aproxima para examiná-la. Todos agora olham para Breno. Wagner parece às lágrimas.

Wagner (chorando)- Seu horroroso... sem coração...
Breno (desdenhando)- Ah, cala a boca, seu imbecil que só faz chorar...

Síndica (cortando)- Cala a boca.
Ele se cala, pois o tom dela foi mortal. Ela apanha um porrete equilibrado na balaustrada e o apóia nas duas mãos.

Síndica (muito séria; falando devagar)- Se você falar mais alguma palavra, nem que seja um "ui", eu meto isso na sua cabeça, juro.
Breno sorri para ela; faz um gesto de zíper na boca e se deita, de bermudas, no sol. Isabela se aproxima e ele faz um gesto, repelindo-a. Um dos guias liga prum paramédico amigo que trabalha na marina, e, pouco tempo depois, ao chegarem lá, levam Jéssica, agora acordada porém muito fraca, pra ser examinada. A síndica leva Breno pelo braço, junto do segurança do prédio, que foi junto. São os últimos à sair; os outros estão à frente com os guias, que tentam manter o passeio o mais natural possível.

Síndica- Não tenho mais dúvidas de que você é louco.
Breno (baixo)- Doido... é mais bonito.
Síndica (sem paciência)- Você queria matar aquela menina? É isso?

Breno- Digamos que não seria nada incômodo se ela morresse.
A síndica leva uma mão ao coração, contraíndo o rosto. Está horrorizada. O segurança lhe dá uma garrafinha d'água e ela bebe.

(intervalo)
Ao chegar no hotel, Breno perdeu todos os benefícios. A síndica manteve sua "promessa do porrete", mudando os termos de condição, que o proibiam de sair do quarto. Lá ele estava, de sunga, esperando Isabela tomar banho e se trocar.

Breno (alto, com raiva)- Droga! A desgraçada não morreu!
Isabela (saindo, finalmente)- CÊ tá louco, mozinho? Você ia estar preso, indo pra FEBEM!

Ele apenas a abraça, levemente, e vai tomar banho. A síndica disse que ele poderia ir pro shopping, mas vigiado pelo segurança. Ao chegar no ônibus, entrou silenciosamente. Apenas o Clã o ocupa; a síndica estava acertando algumas coisas com o gerente do hotel.
Edward- Olha quem chegou, o imbecil assasino.

Breno sorri e lhe dá uma reverência. Isabela fica morrendo de raiva e Breno a contem.
Edward (com profundo desprezo)- Por sua causa a Jéssica tem que ficar em repouso, quase teve uma parada cardíaca. Nem vai poder sair amanhã! Por sua causa!

Isabela ergue a mão pra responder, mas Breno solta um "pode deixar" e se vira pro Mago.
Breno- Acho muito bom, se ela saísse poderia, como podemos dizer... piorar, você não acha?

Ele sorri, e se vira pros membros da Gangue, que acabaram de entrar. Peruh já ia reclamar que eles não pegaram o fundão do busão, mas é interrompido ao ver o rosto de Breno, que levou um murro de Edward pelas costas.
Edward- Vem! Vem pro pau, seu porra!

Breno- Não me faça te quebrar também, Edward...
Edward- Vem, medroso!

Breno- Tá, eu vou...
Ele vira um tapa rápido que Edward não consegue se esquivar. Breno se vira rindo pra Gangue, e leva, pelas costas, um tapa na cara, de Edward.

Breno (baixo)- Ah, desgraçado...
Duílio (para si)- Lá vem confusão...

Breno se levanta lentamente, e estrala os dedos.
PAF!

Um murro no rosto e os óculos do mago saem voando.
POF!

Um soco na boca do estômado e o outro geme.
PÁ!

Um chute bem "kung-fu" no mesmo lugar, fazendo Edward cair no chão, mas batendo antes a cabeça no braço de ferro de um poltrona, abrindo um corte feio na cabeça do mago. Ele grita de dor e leva as mãos à cabeça, no mesmo tempo em que a Gangue ri mas silencia, pela presença de Cilene, a síndica. Breno continua rindo e até sorri quando se vira e vê a síndica, furiosa.
(intervalo)

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