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sábado, 5 de março de 2011

Chuva de Vento, capítulo 8




8

As irmãs se ergueram, caladas, e ficaram cara a cara. Judite, enfurecida. Jane, mais tranquila; parecia gostar da situação.

- Você é mesmo venensosa.
- Acusações fortes, hein?
- Alguém lhe permitiu abrir a boca?
- Não preciso de permissão...
- Você não tinha nada que falar do meu filho!
- Minha querida, ele já ia contar mesmo...
- Mas ELE ia contar, Jane! Você consegue entender isso?
- Ah, tanto faz...
- Tanto faz?!
- É.
- Tanto faz pra você se a mamãe teve um infarto ou não?
- Tá insinuando o quê, Judite Regina? Que quero que a minha mãe parta dessa pra uma melhor?
- Você não tinha nada do que falar do meu filho! Você prejudicou ele! 
- Ah, é essa a sua visão dele?

Judite voou no pescoço da irmã, que gritou. Amélia e tio Geraldo correram para separar as duas, que se atracavam. Jane enfiou as unhas na cara da irmã, que gritou. Um menino próximo gritou "FIGHT!", e Amélia, como de costume, riu.

As duas tentaram se acalmar; Jane foi ao banheiro e Judite, comprar uma água na cantina. Mas, ao voltarem à sala de espera, mais briga. A discussão foi incessante. Judite, de um lado, falava que Jane não tinha nada de se meter na família dela. Já Jane bradava que a irmã não sabia tomar conta da própria família, que não soube segurar o marido em casa e nem o filho, onde levou um tapa da irmã. Após isso, irritada com os risos de Amélia, chamou-a de maconheira, fazendo com que a menina se revoltasse e gritasse "COBRA!", antes de derramar a água no rosto da tia.

Aí tudo se inverteu. Amélia protegeu a mãe, dizendo que ela não tinha culpa de nada, que ela e André estava muito bem de relacionamento, e quando se virou para ir embora, jogou propositalmente o longo rastafári no rosto da tia, que ficou revoltada. Depois disso, o médico liberou a entrada da família, mas Judite e Amélia resolveram ir para casa. 

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