(continuação, cap 13)
Breno janta com a mãe, num silêncio absoluto, e quando o jantar se encerra diz que vai descer. A mãe nã ofaz nenhuma objeção e ele desce.
Encontra Pedro Henrique lá embaixo, sozinho. Ele faz um sinal e se senta ao lado do amigo. Está tranquilo e não tem muita gente lá embaixo.
Breno- Você acha que eu sou doido?
Pedro H- Por que isso agora?
Breno- Porque até a minha mãe acha que sim. Por favor, seja sincero.
Pedro H (com medo)- Não... não acho. Você sempre foi esquentado, só isso.
Breno parece aliviado.
Breno- Minha mãe disse que quer me mandar prum sanatório.
Ele ri, alto, e Isabela aparece na varanda.
Isabela (gritando)- EEEEI, desce e nem me chama, né?
Breno (alto)- Desce agora!
Ela concorda e entra pra sala.
Pedro H- Sua mãe não faria isso.
Breno- Eu sei que não. Ela me ama, nunca desistiria de mim.
Pedro Henrique nota o sarcasmo na última frase dita por Breno.
Breno- Mas ela tá aqui (ele abre a mãe e dá um tapinha com a outra)... ela nunca faria algo contra mim.
Pedro H- Se assim você diz...
Os dois se entreolham, e Isabela aparece.
(intervalo)
Isabela, Breno e Pedro Henrique ficaram conversando até tarde naquele domingo atormentado. Os três subiram rindo, no fim das contas.
Segunda feira, dia sem folga. Todos no colégio. Pedro Henrique e Peruh chegam primeiro no prédio. Depois chega Duílio. Os três almoçam e descem pra conversar. Nesse meio termo chega o pessoal do Clã e Aleff, que vem conversando com Jéssica calmamente, sobre assuntos de escola. Aleff também desce, e ao ver Pedro Henrique no parquinho se dirige até lá. Peruh tenta recomeçar o plano de Breno, mas Aleff agora responde de igual pra igual, e por pouco não sai uma briga. Nesse momento, chega Breno. Irritado pela demora do ônibus.
Duílio- Oê!
Breno dá um aceno.
Peruh- Não vem aqui, tá infestado!
Breno- Por que?
Peruh- Por quem, você quer dizer...
Aleff faz uma cara irônica para ele.
Aleff (pra Breno)- É que eu tô aqui.
Breno (dando de ombros)- Então pode ficar aí se pendurando nos galhos do parquinho, habitante da floresta...
Aleff- Como é? (e se levanta)
Breno- Além de selvagem ficou surdo agora?
Breno continua seu caminho. Passa a mão na barriga.
Breno- Tô com fome, vou almoçar e depois venho te domesticar, seu selvagem.
Peruh e Duíio dão altas risadas. Aleff se senta. Pedro Henrique fica sem saber o quê fazer.
Pedro H- Tenha calma, ele só quer te ...
Aleff- Provocar? Ele é um imbecil, não tem nada pra fazer e fica tirando onda.
Peruh- É que ele não quer que a Gangue ande com pessoas selvagens, só isso...
Aleff vira um tapinha rápido que pega na orelha de Peruh, que quase cai pra trás, no parquinho. Aleff se levanta, com raiva, e vai saindo.
Pedro H- Aleff, volta aqui! Ele não fez...
Peruh- Por mal!? (furioso)- Falei por mal sim, não gosto de você, sua criatura da floresta!
Aleff não diz nada, apenas sobe.
(intervalo)
Pedro H- Será que vocês podem parar?
Peruh e Duílio apenas riem.
Pedro H- Ele é legal, vocês ficam tirando onda com o nome da cidade dele...
Duílio- Eu não fiz nada, apenas ri.
E voltam a rir. Pedro Henrique levanta e vai embora.
Pedro H (falando, saíndo)- Vocês tinham que crescer...
Duílio (gritando)- E você tinha que rir mais!
Peruh quase chora de rir.
Depois de uns quinze minutos, Breno desce. Ele faz uma cara de espanto e um sorrisinho.
Breno- Ué, cadê o marginal dois?
Peruh (rindo)- Voltou pra floresta dele!
Os três riem. De repente, Peruh puxa um baralho e eles jogam 8 Maluco.
Breno- Mas aguardem!
Duílio- O quê?
Breno- A criatura da floresta ainda vai ser domesticada! Eu acho que uma pancada na cabeça foi pouco!
Duílio e Peruh trocam olhares de assombro.
Peruh- Então manda ver!
(fim do capítulo 13)
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