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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Nos Sombreiros

Capítulo 41 - Desprezado e Isolado





Domingo. Assembléia única e extraordinária. Nunca tinha assembléia no Domingo. Os meninos adoravam assembléias, porque sempre haviam brigas, mas essa parecia ser diferente.
Mães e pais, de Clã e de Gangue (ou ex-Gangue), ou apenas moradores furiosos, se reuniram na área de lazer do bloco B, pontualmente às 7 da noite. Jéssica e o Clã se reuniram nas cadeiras do fundo. Ex-Gangue, apenas Duílio compareceu. Jéssica fez um gesto e ele sentou perto do Clã, pra desgosto de Edward e Alysson.

Alysson (cochichando)- O quê ele tá fazendo aqui?!
Jéssica- Deixa! Ele é útil. Cala a boca que vai começar.

A síndica se aproximou das mesas colocadas em frente ao montante de cadeiras, onde os condôminos já se encontravam. Ao lado da síndica, estava a mãe de Jéssica, e em torno delas os membros do conselho fiscal. A síndica se levantou e se fez silêncio.
Síndica- Muito bem... boa noite a todos (ouve-se um massivo boa-noite entoado pelos condôminos)- Estamos aqui pra resolver majoritariamente um problema, na verdade um problema bem grande.

Jéssica e o Clã sorriem. Duílio está apreensivo e sério, ouvindo tudo.

Síndica- Vamos resolver de uma vez por todas as maluquices do tal do Breno.

(intervalo)

Síndica (se sentando)- Muito bem. Ontem à noite houve um incidente do bloco A, onde o Breno se descontrolou totalmente, agrediu alguns dos garotos, que inclusive estão aqui presentes... (ela aponta para o Clã)e causou danos materiais ao condomínio e a vários moradores do bloco A.

Ela faz uma pausa, e alguns moradores mais revoltados cochicharam entre si, furiosos. Jéssica abriu um sorriso grande para Alysson.

Síndica (continuando)- Depois do tal incidente, chamei os membros do conselho e a Sra. Subsíndica em minha casa e, entre algumas punições, chegamos a um veredicto.
Moradora (irritada)- Que veredicto?

Síndica- Nossa ideia é: banir o menino do prédio. Como ele não é maior de idade, sugerimos restrigir os movimentos dele, além dele indenizar todos os moradores que foram lesados durante o incidente.

Vários murmurros de concordância surgem, e a síndica sorri satisfeita.

Morador do bloco B- Como seria isso, restrigir os movimentos dele?

Síndica (calmamente)- Ele não poderá adentrar a quadra, o parquinho, nem portar nenhum objeto que possa usar como arma que pertença ao condomínio. - uns moradores concordam. Cinara, a tia de Alysson, se levanta, irritada.

Cinara- Mas esse menino tinha que ir embora! A gente não pode mudar por ele!

Síndica- Não podemos expulsá-lo com a mãe, Cinara... a mãe dele paga o condomínio em dia, é um ótima pessoa... (ela balança a cabeça), mas podemos contar com a compreensão dela. Enfim! (ela se levanta, triunfante)- Vamos iniciar a votação! Quem concorda com o nosso veredicto, por favor, levante a mão.

A reação é imediata. Todos os condôminos presentes levantam a mão. Um carro prateado havia acabado de entrar no prédio; o da mãe de Breno. Ele pede para que a mãe pare o carro e salta, correndo, fazendo todos na assembléia silenciarem.

(intervalo)

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