Pra você que não tem preguiça de ler =)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Os Amantes da Sexta

Capítulo 5 - Ciúmes e Outras Coisas





 Nem Leandro nem Gabriela escaparam das piadinahs e risadas de Rodrigo e Henrique, que ficaram anunciando ao bar inteiro "o quê será" que eles estavam fazendo no apartamento de Rodrigo. Ficaram tirando onda pela semana inteira. Até quem não queria saber acabou sabendo do que rolou no T.G.I.F. na sexta anterior. 

Sarah, por sua vez, ficou sabendo por ninguém menos que Marcela, enquanto estava sentada lendo, num corredor. A morena estava passeando com uma amiga e se surpreendeu quando a patricinha agarrou seu braço, incrédula.

- Leandro? De Contabilidade?
- Esse mesmo, queridinha... - disse ela, soltado-se das garras de Sarah. - E você, o quê tem a ver?
- É mais uma afim dele! - disse a colega de Marcela, sorrindo, e saindo dali, vigiada pelos olhos rancorosos de Sarah.
- Mas, então... conte! Conte mais! - disse Sarah, arrastando a recém-amiga para a cafeteria, próxima.

Alguns minutos depois, pareciam velhas amigas. Davam risadinhas, contavam de suas conquistas, e do tão desejado Leandro.

- Mas sabia que ela é minha prima! - soltou Sarah.
- Não diga, querida! E esse veneno todo?
- Ela é uma vagabunda, só porque ainda é gostosa fica se metendo com garoto de 20 e poucos! Ela é uma miserável mãe solteira (Marcela faz cara de choque) que quer se divertir com um riquinho que pague as contas dela e do filho. Minha prima não presta mesmo. 
- Amiga, que crueldade...
- Nada disso, eu que tava na vez dele...
- Ah, querida, eu vivo na vez dele, mas ele não me quer...
- E qual é sua história com ele? - quis saber a patricinha.
- A gente transou na primeira festa que o povo de Contábeis fez... amiga, é o que todos falam...
- É rico mesmo?
- Querida, quem pensa em dinheiro é pobre. - soltou Marcela, rindo. - Eu tô falando é de carne...
-  E eu de dinheiro... nunca é demais.
- A gente pode... rachar ele... o quê você acha? - disse Marcela, rindo.
- Se for só pelo sexo, queridinha... nem me importarei com um par de chifres!

As duas, então, erguem as xícaras de café e brindam, às gargalhadas.

- - -

O novo casal feliz da UFI resolveu passar rapidinho no T.G.I.F, assim que chegaram, pra pegar o óculos de sol de Gabriela que, segundo ela, "caiu da bolsa quando houve o vuco-vuco". Encontraram Henrique no bar, com Maria, uma colega de curso, fazendo um trabalho.

- Oi, vocês!
- Oi, Henrique. O Rodrigo tá aí?
- Tá empilhando umas caixas com o garçom lá atrás.
- Se importa de me deixar subir lá no apê? - disse Gabriela - pra pegar o...
- Ah, o óculso que caiu quando houve o vuco-vuco, sei! - falou Henrique rindo, junto de Maria, que olhava sem parar para Gabriela. - Pode ir lá, a porta tá só escorada...

 Quando ela foi, Maria soltou o verbo pra Leandro.

- Boa ela, hein? Sortudo você.
- Ah, obrigado! - Disse Leandro no meio das gargalhadas de Henrique.
- Tão fazendo trabalho?
- Sim - falou Maria. - sobre hotelaria.
- Bacana...
- E então, fala de vocês... - disse Maria. - Cês tão se amando, né?
- Tô... tô aproveitando a chance... faz tempo que não me aparece alguém feito ela, assim...
- Gostosa? - soltou Maria.

Mais risadas.

- Isso também... - Leandro deu uma piscadela pra Maria. - Mas, assim... sincera. Tava precisando disso.
- Eu também acho. Sinceridade é tudo, né amor? - Fala Henrique pra Rodrigo, que acaba de entrar. Os dois sorriem e Rodrigo, após falar com Leandro, volta pro interior do bar, no mesmo tempo em que Gabriela desce.
- Ah, era você lá em cima! - diz Rodrigo, sorrindo para ela. - Da próxima vez, vê se você e o seu macho não desarrumam tanto a sala!

Todos riem. Gabriela põe as mãos no rosto e sai, sorrindo, junto de Leandro.

- - -

Após se despedir da namorada, Leandro foi até o armário que possuía na UFI, e lá encontrou Renato. Os dois já estavam de boa. Renato apenas acenou com a cabeça quando ele chegou.

- Oi... vai pra lado agora?
- Vou pra casa, minha última aula foi cancelada... vi você chegando, tem uma coisa pendurada no seu armário.
- Como assim? - disse Leandro curioso. Ao chegar perto, viu que era uma carta, assinada com "Miss Passion".

- Miss Passion?
- Melhor ler, não acha?
- É...
- Vou indo, a gente se vê. - disse Renato se afastando.

Leandro, intrigado, caminha até a frente do bloco de Contábeis, onde há uma árvore e um banco de madeira, vazio no momento. Ele se senta, e abre o envelope. Dentro, há uma chave com uma longa correntinha prateada, e um bilhete. Leandro o lê.

Você sempre me encantou, nunca me falou
Nunca me olhou.
Agora te forço a olhar pra mim
E a saber quem eu sou.
Miss Passion

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