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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Nos Sombreiros

Capítulo 44 - Sem Provas





Foi sorte de Breno ele ter subido no alçapão naquele instante; passos na escada simbolizava que tinha alguém subindo. Era Edward, que havia se despedido de Aleff no primeiro patamar, e agora já estava chegando em casa quando Cinara soltou um gemido, alto e agourento, que chamou a atenção do garoto, que levou um susto.

Edward- Que porra foi essa?
Ele anda, lentamente, até a escada que sobe, e se choca com a cena.

Cinara está deitada, jaz ao lado dos combogós. Uma área avermelhada neles indica o sangue do momento do impacto, e sai sangue pela boca dela. O menino assustado, mas a mãe dele sai, para saber o quê foi o grito de Cinara, e se espanta com a cena.

Edward (gritando)- Chama uma ambulância! Logo, anda!
Mãe de Edward- O quê aconteceu com ela?!

Edward- Não pergunta, porra! Chama uma ambulância!

Mãe de Edward-  Não fala assim comigo, menino! Cala a boca!

Ele parece se encolher, mas não baixa o tom.

Edward (mais calmo)- Chama uma ambulância, acho que ela caiu. Vou na casa de Alysson avisar pros pais dele!

Ele corre e pulas os 7 degraus do começo da escada, correndo, para avisar aos pais de Alysson, enquanto várias pessoas, alarmadas pelos gritos dos dois, começam a sair para o patamar do segundo andar.

Rayanne sai de sua casa, vizinha à Edward, vê Cinara. Lágrimas rolam e ela dá um grito desesperado.

(intervalo)

Chega a ambulância. A essa hora quase todos os condôminos estão na rua principal. Alysson chora no ombro da mãe. Jéssica e o Clã se reúnem no banco em frente ao bloco A. Jéssica chora em nome de Alysson, e todos respeitaram isso.

Cinara é imobilizada, e a síndica, junto dos zeladores, tentam impedir que os outros vejam o aspecto dela. O sangue pingou da cabeça dela durante todo o percusso, fazendo um rastro nas escadas e na área de lazer do bloco I.

Do alto do bloco I, escondido por uma antena parabólica, no telhado, Breno assiste a tudo, imóvel, sem piscar, um sorriso sádico preenchendo seu rosto. Breno pensa agora em como escapar.

Breno (para si mesmo)- Melhor ficar aqui. Minha mãe viajou... que graça foi essa viagem! Fico aqui até todo mundo desaparecer.

Outro dia...

Todos do Clã prometeram se encontrar depois da aula, para confortar Alysson. O menino foi o último a chegar, veio com a mãe, mas dispensou-a e correu para o Clã. Parou em frente a Jéssica, que se levantou, e os dois se abraçaram. Todos sabiam que Jéssica era doida por Alysson mas disfarçavam, e sabiam que Alysson sempre via Jéssica como "ombro amigo", apenas. Mas Wagner não segurou o sorrisinho quando os dois se abraçaram.

Alysson- Ela tá bem, eu sei que ninguém aqui gosta dela, acha ela um saco, mas é minha tia, gosta de mim... eu fiquei triste.

Jéssica (afagando os cabelos dele)- A gente entende, cara.

Alysson- Ela teve traumatismo craniano, e quebrou a bacia...

Todos fazem cara de dor; Edward solta uma lágrima e limpa rápido. Alysson e Jéssica se separam; ela, corando, respira fundo antes de se virar para o Clã.

Jéssica (para espanto de todos)- Tenho certeza que foi Breno.

(intervalo)

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