Capítulo 47 - Refazendo os Planos
Breno solta Laura, finalmente, e a joga no chão. Ela cai com um ruído seco, entre algumas folhas mortas que estão ali no chão.
Breno (irônico)- Não sabia que a senhorita era tão esperta...
Laura- Não! Eu só... queria dar um susto em você, só isso...
Breno- Marcando a minha pele? - ele mostra o braço e os cortes.
Laura fecha os olhos quando o sangue pinga e cai na face dela.
Breno- Deixe de ser idiota, que eu te conheço. Você não é de susto, é de infarto. Você queria que eles acabassem comigo. Sorte que eu me fiz de vítima e acabei com eles primeiro. Mas agora é a sua vez de se ferrar, Laurinha...
Ele avança, e Laura se arrasta pra trás, pelas folhas secas; ela encosta num galho que está ali caído e o agarra. Breno não nota.
Laura (irônica)- Vai fazer o quê, me estuprar?
Breno (sorrindo com desdém)- Porque não? Ia só dar um sumiço em você na mata...
Nesse momento Laura age rápido, e bate o galho com toda força nas canelas de Breno, que grita de dor e cai no chão. Ela se levanta, ofegante, e limpa as roupas. Se afasta dele.
Laura- Você não perde por esperar, seu desgraçado. Eu ainda vou te matar.
Ela corre, sem olhar para trás. Breno ainda está massageando a perna onde foi atingido, e só consegue vislumbrar o vulto de Laura correndo quando levanta a cabeça.
Breno- Não, Laura... eu que vou te matar.
(intervalo)
Breno volta ao prédio, mancando. Passa pela portaria e chama a atenção de Aleff e Pedro Henrique, que estavam sentados no banco em frente ao bloco A.
Aleff (preocupado)- Ei, cara! Tá tudo bem, cê foi assalta...
Breno (interrompendo, irado)- NÃO É DA TUA CONTA, IDIOTA!
Pedro Henrique faz Aleff sentar quando este se levanta para responder.
Pedro H- Deixa... ele se cuida melhor quando sozinho quando se machuca.
Aleff (irritado)- Será que esse cara nunca vai entrar na linha?
Pedro H- Cara, "entrar na linha" não existe no vocabulário dele...
Aleff- Eu ainda acho que ele vai pedir penico.
Pedro Henrique sorri, e eles voltam a falar de música.
No bloco I, na área de lazer...
Breno vai andando pra casa e encontra Isabela sozinha. Os dois trocam olhares fulminantes, mas ela repara na perna dele e demonstra preocupação.
Isabela- Breno, que foi isso?
Breno (irritado, empurrando ela)- Me deixa! Sai!
Isabela- Cara, deixa eu ajudar!
Breno- Ajudar o quê! Aaaai, aquela vagabunda...
Isabela- Que vagabunda? Breno, fala direito!
Breno (irritado)- Sai, me deixa em paz! Aquela vagabunda é problema meu!
Ele sai, no momento em que Duílio desce e sai pelas portas do bloco I. Isabela balança a cabeça e Duílio percebe Breno mancando, ao longe.
Duílio- Que foi?
Isabela- Sei lá! Ele só disse de uma vagabunda...
Duílio (interrompendo)- Ah, saquei tudo.
E, puxando Isabela pro banco, começa a contar a antiga história de Breno e Laura.
(intervalo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário